Rei da Jordânia inicia primeira visita em cinco anos à presidência palestina
Ramallah, Territórios palestinos, 7 Ago 2017 (AFP) - O rei Abdullah II da Jordânia chegou nesta segunda-feira (7) a Ramallah para a primeira visita em cinco anos à Autoridade Palestina, na Cisjordânia ocupada, após um episódio de tensão com Israel.
Pela primeira vez desde uma curta estada em Ramallah em dezembro de 2012 é o soberano jordaniano que se desloca até a Cisjordânia ocupada, e não os dirigentes palestinos que percorrem os 70 quilômetros até Amã.
Abdullah II foi recebido pelo presidente palestino, Mahmud Abbas, ao desembarcar de seu helicóptero.
A Jordânia é um personagem inevitável no conflito israelense-palestino: apoio dos palestinos, único país árabe - ao lado do Egito - a ter assinado um tratado de paz com Israel, administrador histórico da Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, interlocutor respeitado por Washington.
A visita de Abdullah II acontece menos de duas semanas após um novo episódio de tensão na região, extremante sensível, com atos de confronto quase diários entre muçulmanos e as forças israelenses.
A tensão provocada pela crise na Esplanada, símbolo nacional e religioso para os palestinos, afetou Jordânia e Israel por um incidente fatal em 23 de julho na embaixada israelense em Amã, onde um segurança matou dois jordanianos.
A situação ficou mais calma em Jerusalém quando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recuou e desistiu de instalar novos dispositivos de segurança nos acessos à Esplanada. Para os palestinos, as medidas significavam uma usurpação adicional de Israel no terceiro local sagrado do Islã.
A Esplanada fica em Jerusalém Oriental, zona palestina da cidade ocupada e anexada por Israel. A Jordânia controlava o local até 1967 e conserva a gestão desde o acordo de paz de 1994 com Israel, que supervisiona os acessos.
As promessas israelenses de investigar o incidente na embaixada - resultado de uma agressão prévia, segundo as autoridades israelenses - não dissiparam o ressentimento jordaniano, exacerbado pela recepção calorosa de Netanyahu ao segurança em seu retorno a Israel.
Quase metade da população jordaniana (9,5 milhões de pessoas) tem origem palestina.
Como os jordanianos, o rei "está furioso com os israelenses, que foram muito longe em seus erros nas relações com palestinos e jordanianos", disse o analista palestino Abdel Majid Sweilem.
A presença de Abdullah em Ramallah, ao lado dos palestinos, que reivindicam uma defesa vitoriosa da Esplanada das Mesquitas, teria como objetivo recordar o status jordaniano de guardião da área.
"Sem a guarda do reino haxemita e sem a tenacidade dos habitantes de Jerusalém, os locais sagrados teriam sido perdidos há algum tempo", declarou o rei, antes de viajar, à agência oficial jordaniana Petra.
"Nosso êxito reclama uma posição unida com nossos irmãos palestinos", completou.
he-msh-lal/feb/age/eg/fp
Pela primeira vez desde uma curta estada em Ramallah em dezembro de 2012 é o soberano jordaniano que se desloca até a Cisjordânia ocupada, e não os dirigentes palestinos que percorrem os 70 quilômetros até Amã.
Abdullah II foi recebido pelo presidente palestino, Mahmud Abbas, ao desembarcar de seu helicóptero.
A Jordânia é um personagem inevitável no conflito israelense-palestino: apoio dos palestinos, único país árabe - ao lado do Egito - a ter assinado um tratado de paz com Israel, administrador histórico da Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, interlocutor respeitado por Washington.
A visita de Abdullah II acontece menos de duas semanas após um novo episódio de tensão na região, extremante sensível, com atos de confronto quase diários entre muçulmanos e as forças israelenses.
A tensão provocada pela crise na Esplanada, símbolo nacional e religioso para os palestinos, afetou Jordânia e Israel por um incidente fatal em 23 de julho na embaixada israelense em Amã, onde um segurança matou dois jordanianos.
A situação ficou mais calma em Jerusalém quando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recuou e desistiu de instalar novos dispositivos de segurança nos acessos à Esplanada. Para os palestinos, as medidas significavam uma usurpação adicional de Israel no terceiro local sagrado do Islã.
A Esplanada fica em Jerusalém Oriental, zona palestina da cidade ocupada e anexada por Israel. A Jordânia controlava o local até 1967 e conserva a gestão desde o acordo de paz de 1994 com Israel, que supervisiona os acessos.
As promessas israelenses de investigar o incidente na embaixada - resultado de uma agressão prévia, segundo as autoridades israelenses - não dissiparam o ressentimento jordaniano, exacerbado pela recepção calorosa de Netanyahu ao segurança em seu retorno a Israel.
Quase metade da população jordaniana (9,5 milhões de pessoas) tem origem palestina.
Como os jordanianos, o rei "está furioso com os israelenses, que foram muito longe em seus erros nas relações com palestinos e jordanianos", disse o analista palestino Abdel Majid Sweilem.
A presença de Abdullah em Ramallah, ao lado dos palestinos, que reivindicam uma defesa vitoriosa da Esplanada das Mesquitas, teria como objetivo recordar o status jordaniano de guardião da área.
"Sem a guarda do reino haxemita e sem a tenacidade dos habitantes de Jerusalém, os locais sagrados teriam sido perdidos há algum tempo", declarou o rei, antes de viajar, à agência oficial jordaniana Petra.
"Nosso êxito reclama uma posição unida com nossos irmãos palestinos", completou.
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