Macron critica que a Polônia fica 'à margem da UE" em vários temas
Varna, Bulgária, 25 Ago 2017 (AFP) - O presidente francês Emmanuel Macron criticou nesta sexta-feira com dureza a rejeição polonesa a endurecer a diretriz sobre os trabalhadores deslocados, classificando de "novo erro" de Varsóvia, que se coloca "à margem" da Europa em "vários temas".
"A Polônia não é em absoluto o que define o rumo da Europa" afirmou Macron em encontro com a imprensa em Varna (Bulgária), no último dia de uma viagem pelo Leste europeu para angariar apoio para uma reforma da diretriz.
"O povo polonês merece algo melhor", acrescentou em resposta à posição da primeira-ministra nacionalista Beata Szydlo.
Szydlo afirmou nesta quinta-feira que Varsóvia rejeitaria "até o final" uma reforma da diretriz, "em interesse dos trabalhadores poloneses".
Macron disse que a Polônia se coloca "à margem" e "decidiu ir contra os interesses europeus em vários temas".
"A Europa foi construída para criar convergência, e esse é o sentido dos fundos de convergência que a Polônia recebe", disse o presidente francês.
"A Europa foi construída sobre liberdades públicas que hoje a Polônia infringe". Este Estado "decidiu isolar-se", acrescentou.
Macron, entretanto, se disse convencido de que a França conseguiria a maioria necessária para reformar e endurecer esta diretriz, para assim lutar contra o dumping social, como se comprometeu um sua campanha eleitoral.
Szydlo qualificou as críticas de "arrogantes", atribuindo a elas uma falta de experiência política. A um site conservador, ela ressaltou que a Polônia tem os mesmos direitos que a França na UE.
"Essas declarações arrogantes talvez sejam devido à sua falta de experiência e de prática política", disse Szydlo ao portal wpolityce.pl. A primeira-ministra pediu a Macron que "no futuro seja mais reservado".
"Aconselho ao presidente que se ocupe dos assuntos de seu país, assim conseguirá obter os mesmos resultados econômicos e o mesmo nível de segurança para seus cidadãos que a Polônia garante", afirmou Szydlo, lembrando que "a Polônia é tão membro da União Europeia como a França".
Macron reagiu à declaração da primeira-ministra, na última quinta-feira, de manter sua posição sobre a diretriz europeia referente à atuação de trabalhadores no exterior.
"Vamos defender nossa posição até o final, porque é uma posição que está em sintonia com os interesses dos trabalhadores poloneses", disse Szydlo aos jornalistas em Varsóvia.
Os comentários ocorrem no momento em que o presidente francês, Emmanuel Macron, tenta reunir apoio para um possível endurecimento da posição europeia sobre o trabalho no exterior.
Para Macron, este sistema é um "dumping social", que pode provocar "o desmantelamento da UE".
A Polônia é o país que mais se beneficia desta diretiva e quer manter o sistema inalterado.
Atualmente, cerca de 500 mil poloneses trabalham em empresas de seu país mas executam funções em outros Estados da UE.
O objetivo da França é obter um acordo majoritário dentro da UE até outubro, para uma cúpula europeia que permita reduzir a duração deste trabalho no exterior e reforçar os controles contra fraude.
leb-phs/roc/me.
"A Polônia não é em absoluto o que define o rumo da Europa" afirmou Macron em encontro com a imprensa em Varna (Bulgária), no último dia de uma viagem pelo Leste europeu para angariar apoio para uma reforma da diretriz.
"O povo polonês merece algo melhor", acrescentou em resposta à posição da primeira-ministra nacionalista Beata Szydlo.
Szydlo afirmou nesta quinta-feira que Varsóvia rejeitaria "até o final" uma reforma da diretriz, "em interesse dos trabalhadores poloneses".
Macron disse que a Polônia se coloca "à margem" e "decidiu ir contra os interesses europeus em vários temas".
"A Europa foi construída para criar convergência, e esse é o sentido dos fundos de convergência que a Polônia recebe", disse o presidente francês.
"A Europa foi construída sobre liberdades públicas que hoje a Polônia infringe". Este Estado "decidiu isolar-se", acrescentou.
Macron, entretanto, se disse convencido de que a França conseguiria a maioria necessária para reformar e endurecer esta diretriz, para assim lutar contra o dumping social, como se comprometeu um sua campanha eleitoral.
Szydlo qualificou as críticas de "arrogantes", atribuindo a elas uma falta de experiência política. A um site conservador, ela ressaltou que a Polônia tem os mesmos direitos que a França na UE.
"Essas declarações arrogantes talvez sejam devido à sua falta de experiência e de prática política", disse Szydlo ao portal wpolityce.pl. A primeira-ministra pediu a Macron que "no futuro seja mais reservado".
"Aconselho ao presidente que se ocupe dos assuntos de seu país, assim conseguirá obter os mesmos resultados econômicos e o mesmo nível de segurança para seus cidadãos que a Polônia garante", afirmou Szydlo, lembrando que "a Polônia é tão membro da União Europeia como a França".
Macron reagiu à declaração da primeira-ministra, na última quinta-feira, de manter sua posição sobre a diretriz europeia referente à atuação de trabalhadores no exterior.
"Vamos defender nossa posição até o final, porque é uma posição que está em sintonia com os interesses dos trabalhadores poloneses", disse Szydlo aos jornalistas em Varsóvia.
Os comentários ocorrem no momento em que o presidente francês, Emmanuel Macron, tenta reunir apoio para um possível endurecimento da posição europeia sobre o trabalho no exterior.
Para Macron, este sistema é um "dumping social", que pode provocar "o desmantelamento da UE".
A Polônia é o país que mais se beneficia desta diretiva e quer manter o sistema inalterado.
Atualmente, cerca de 500 mil poloneses trabalham em empresas de seu país mas executam funções em outros Estados da UE.
O objetivo da França é obter um acordo majoritário dentro da UE até outubro, para uma cúpula europeia que permita reduzir a duração deste trabalho no exterior e reforçar os controles contra fraude.
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