Secretário de Estado mantém distância de Trump sobre violência racista
Washington, 27 Ago 2017 (AFP) - O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, defendeu os "valores americanos" neste domingo (27), depois que um comitê das Nações Unidas criticou a resposta oficial dos Estados Unidos à violência racista, mas se negou a falar por Donald Trump.
No início do mês, o presidente dos Estados Unidos despertou indignação ao sugerir que as duas partes eram culpadas pela violência surgida em um protesto em Charlottesville, na Virgínia. No episódio, uma mulher morreu atropelada por um supremacista branco, que lançou seu carro contra uma multidão de ativistas antirracismo.
Trump disse que havia "gente muito boa" em "ambos os lados" do protesto, que começou quando um grupo de jovens neonazistas se reuniu para proteger a estátua de um general confederado - facção que defendeu a escravidão durante a guerra civil americana.
A resposta de Trump foi celebrada por grupos nacionalistas, mas também recebeu duras críticas no espectro político local e em outras partes do mundo. O Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial das Nações Unidas chegou a lançar uma "primeira advertência" sobre a situação nos EUA.
Ao ser questionado na rede Fox News neste domingo sobre se a posição de Trump tornou mais difícil para a diplomacia americana promover seus valores no mundo, Tillerson se limitou a falar pelo Departamento de Estado.
"Representamos o povo americano, seu compromisso com a liberdade e com o tratamento igualitário das pessoas no mundo inteiro. Essa mensagem não mudou", garantiu.
Pressionado a responder se Trump havia deixado essa mensagem de lado, Tillerson afirmou: "Não acredito que alguém duvide dos valores do povo americano, ou do compromisso do governo dos Estados Unidos, ou das agências do governo em defender esses valores".
Mas, diante da pergunta "E os valores do presidente?", Tillerson respondeu: "O presidente fala por si mesmo".
Na mesma entrevista, o secretário de Estado foi consultado sobre a crise com a Coreia do Norte. No sábado, Pyongyang havia disparado três mísseis de curto alcance no mar do Japão em meio às crescentes tensões entre americanos e norte-coreanos.
Tillerson considerou que foi "um ato provocador contra os Estados Unidos e contra nossos aliados". Além disso, "constitui uma violação às resoluções do Conselho de Segurança da ONU".
O secretário afirmou, contudo, que Washington continuará sua campanha de "pressão pacífica" sobre o regime de Kim Jong-un.
"Trabalhar com aliados, trabalhar com a China também, para ver se podemos levar o governo de Pyongyang à mesa de negociação para começar um diálogo sobre um futuro diferente para a península da Coreia e para a Coreia do Norte", insistiu.
dc-fff/jm/lda/ja/tt
No início do mês, o presidente dos Estados Unidos despertou indignação ao sugerir que as duas partes eram culpadas pela violência surgida em um protesto em Charlottesville, na Virgínia. No episódio, uma mulher morreu atropelada por um supremacista branco, que lançou seu carro contra uma multidão de ativistas antirracismo.
Trump disse que havia "gente muito boa" em "ambos os lados" do protesto, que começou quando um grupo de jovens neonazistas se reuniu para proteger a estátua de um general confederado - facção que defendeu a escravidão durante a guerra civil americana.
A resposta de Trump foi celebrada por grupos nacionalistas, mas também recebeu duras críticas no espectro político local e em outras partes do mundo. O Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial das Nações Unidas chegou a lançar uma "primeira advertência" sobre a situação nos EUA.
Ao ser questionado na rede Fox News neste domingo sobre se a posição de Trump tornou mais difícil para a diplomacia americana promover seus valores no mundo, Tillerson se limitou a falar pelo Departamento de Estado.
"Representamos o povo americano, seu compromisso com a liberdade e com o tratamento igualitário das pessoas no mundo inteiro. Essa mensagem não mudou", garantiu.
Pressionado a responder se Trump havia deixado essa mensagem de lado, Tillerson afirmou: "Não acredito que alguém duvide dos valores do povo americano, ou do compromisso do governo dos Estados Unidos, ou das agências do governo em defender esses valores".
Mas, diante da pergunta "E os valores do presidente?", Tillerson respondeu: "O presidente fala por si mesmo".
Na mesma entrevista, o secretário de Estado foi consultado sobre a crise com a Coreia do Norte. No sábado, Pyongyang havia disparado três mísseis de curto alcance no mar do Japão em meio às crescentes tensões entre americanos e norte-coreanos.
Tillerson considerou que foi "um ato provocador contra os Estados Unidos e contra nossos aliados". Além disso, "constitui uma violação às resoluções do Conselho de Segurança da ONU".
O secretário afirmou, contudo, que Washington continuará sua campanha de "pressão pacífica" sobre o regime de Kim Jong-un.
"Trabalhar com aliados, trabalhar com a China também, para ver se podemos levar o governo de Pyongyang à mesa de negociação para começar um diálogo sobre um futuro diferente para a península da Coreia e para a Coreia do Norte", insistiu.
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