Tripulação de barco chinês retido em Galápagos é condenada à prisão
Quito, 28 Ago 2017 (AFP) - A Justiça do Equador condenou a até quatro anos de prisão e a uma multa milionária, no domingo (27), os 20 tripulantes de um navio cargueiro chinês capturado na reserva marinha de Galápagos.
Retido em 13 de agosto dentro do arquipélago, o navio "Fu Yuan Yu Leng 999" levava 300 toneladas de pescado, incluindo 6.623 tubarões - alguns deles, espécies ameaçadas.
No terceiro e último dia do julgamento, a Justiça equatoriana aplicou a pena máxima para o capitão do barco, sentenciado a quatro anos de reclusão como autor de um crime ambiental com agravante. Seus três ajudantes foram condenados a três anos de prisão, e o restante da tripulação, a um ano.
"Depois da indignação enorme que sentimos, isso definitivamente ressarce, em grande parte, o dano causado, porque se estabelece um precedente histórico", disse à AFP o diretor do Parque Nacional Galápagos (PNG), Walter Bustos, após saber da sentença.
Ainda cabe recurso, porém.
A Justiça também condenou os tripulantes a pagarem 5,9 milhões de dólares em indenização ao PNG.
"Derrotou-se nesta instância uma transnacional que vinha destruindo oceanos por todo Pacífico", celebrou Bustos.
O montante estabelecido, acrescentou, "permite ressarcir em alguma coisa os danos causados" a essa reserva marinha de 138.000 quilômetros quadrados, considerada um santuário de tubarões.
- 'Um grande passo' -De acordo com o PNG, o navio chinês recebeu a carga de pesca "de dois navios taiwaneses" entre 5 e 7 de agosto, "a mais de mil quilômetros ao noroeste de Galápagos" em águas internacionais. A embarcação pretendia atravessar a reserva rumo ao Peru e, depois, retornar para a China.
Entre os tubarões que transportava, havia espécies vulneráveis como tubarões-martelo, tubarões-raposa-olhudo e tubarões Raposa do Índico.
O ministro do Meio Ambiente do Equador, Tarcisio Granizo, celebrou a decisão da Justiça com uma mensagem no Twitter: "Zero tolerância a crimes ambientais!". Segundo ele, o barco ficará a serviço do Parque.
A chanceler María Fernanda Espinosa classificou a decisão do tribunal de Galápagos como um "grande passo".
"É nosso firme compromisso lutar pela preservação e pela soberania em nossos mares", ressaltou.
O julgamento contra a tripulação desse navio de bandeira chinesa começou na sexta-feira por crimes contra a flora e a fauna silvestres e contra o tráfico de espécies.
O processo foi realizado em meio a protestos dos habitantes de Galápagos contra a pesca de espécies protegidas e contra a presença de uma frota de 300 embarcações pesqueiras chinesas em águas internacionais perto do arquipélago, mas que ameaça sua sensível reserva marinha.
As ilhas são Patrimônio Natural da Humanidade e ficam a 1.000 quilômetros da costa equatoriana. Com cerca de 27.000 habitantes, fazem parte de um dos mais frágeis ecossistemas do planeta.
Galápagos leva o nome das gigantes tartarugas que a habitam e serviu de laboratório para o naturalista inglês Charles Darwin no desenvolvimento da teoria sobre a evolução das espécies.
Retido em 13 de agosto dentro do arquipélago, o navio "Fu Yuan Yu Leng 999" levava 300 toneladas de pescado, incluindo 6.623 tubarões - alguns deles, espécies ameaçadas.
No terceiro e último dia do julgamento, a Justiça equatoriana aplicou a pena máxima para o capitão do barco, sentenciado a quatro anos de reclusão como autor de um crime ambiental com agravante. Seus três ajudantes foram condenados a três anos de prisão, e o restante da tripulação, a um ano.
"Depois da indignação enorme que sentimos, isso definitivamente ressarce, em grande parte, o dano causado, porque se estabelece um precedente histórico", disse à AFP o diretor do Parque Nacional Galápagos (PNG), Walter Bustos, após saber da sentença.
Ainda cabe recurso, porém.
A Justiça também condenou os tripulantes a pagarem 5,9 milhões de dólares em indenização ao PNG.
"Derrotou-se nesta instância uma transnacional que vinha destruindo oceanos por todo Pacífico", celebrou Bustos.
O montante estabelecido, acrescentou, "permite ressarcir em alguma coisa os danos causados" a essa reserva marinha de 138.000 quilômetros quadrados, considerada um santuário de tubarões.
- 'Um grande passo' -De acordo com o PNG, o navio chinês recebeu a carga de pesca "de dois navios taiwaneses" entre 5 e 7 de agosto, "a mais de mil quilômetros ao noroeste de Galápagos" em águas internacionais. A embarcação pretendia atravessar a reserva rumo ao Peru e, depois, retornar para a China.
Entre os tubarões que transportava, havia espécies vulneráveis como tubarões-martelo, tubarões-raposa-olhudo e tubarões Raposa do Índico.
O ministro do Meio Ambiente do Equador, Tarcisio Granizo, celebrou a decisão da Justiça com uma mensagem no Twitter: "Zero tolerância a crimes ambientais!". Segundo ele, o barco ficará a serviço do Parque.
A chanceler María Fernanda Espinosa classificou a decisão do tribunal de Galápagos como um "grande passo".
"É nosso firme compromisso lutar pela preservação e pela soberania em nossos mares", ressaltou.
O julgamento contra a tripulação desse navio de bandeira chinesa começou na sexta-feira por crimes contra a flora e a fauna silvestres e contra o tráfico de espécies.
O processo foi realizado em meio a protestos dos habitantes de Galápagos contra a pesca de espécies protegidas e contra a presença de uma frota de 300 embarcações pesqueiras chinesas em águas internacionais perto do arquipélago, mas que ameaça sua sensível reserva marinha.
As ilhas são Patrimônio Natural da Humanidade e ficam a 1.000 quilômetros da costa equatoriana. Com cerca de 27.000 habitantes, fazem parte de um dos mais frágeis ecossistemas do planeta.
Galápagos leva o nome das gigantes tartarugas que a habitam e serviu de laboratório para o naturalista inglês Charles Darwin no desenvolvimento da teoria sobre a evolução das espécies.
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