Signatários confirmam que acordo nuclear iraniano é respeitado
Nações Unidas, Estados Unidos, 21 Set 2017 (AFP) - Todos os países que aprovaram o acordo sobre o programa nuclear iraniano acreditam que o mesmo está sendo respeitado, apesar dos apelos de Estados Unidos para que seja renegociado, declarou nesta quarta-feira a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini.
"Todos concordamos em que todas as partes estão cumprindo com seus compromissos", disse Mogherini a jornalistas na ONU, após os países signatários - Irã, Estados Unidos, China, Rússia, França, Grã-Bretanha e Alemanha - celebrarem uma reunião em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU.
Na opinião de Mogherini, "não é necessário renegociar partes do acordo porque se refere a um programa nuclear e, neste sentido, está funcionando".
Mogherini recordou que a comunidade internacional já está preocupada com as ameaças nucleares da Coreia do Norte e que seria perigoso abrir outra frente de conflito. "Já temos uma potencial crise nuclear e não precisamos iniciar outra".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considera que o acordo - firmado por seu antecessor, Barack Obama - não funciona e o qualificou de "vergonhoso" na véspera, ao discursar na Assembleia Geral da ONU.
Nesta quarta-feira, o secretário americano de Estado, Rex Tillerson, se encontrou com o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, também na ONU, para discutir o acordo nuclear.
Após a reunião bilateral, Tillerson declarou aos jornalistas que os Estados Unidos continuam tendo "problemas significativos" em relação ao acordo nuclear com o Irã.
"Foi uma boa oportunidade para nos reunirmos, apertar as mãos. O tom foi muito concreto. Não houve gritos, não lançamos sapatos um no outro", disse Tillerson após o encontro. "Não houve um tom raivoso. Foi uma troca muito, muito concreta sobre como vemos este acordo de modo muito diferente".
O presidente francês, Emmanuel Macron, avaliou nesta quarta que o acordo firmado em 2015 já não é suficiente diante da "evolução regional" e da "crescente pressão que o Irã exerce na região".
Há dois dias, Washington e Teerã trocam acusações sobre o acordo, que garante a natureza civil do programa nuclear iraniano em troca do levantamento de sanções que sufocam a economia iraniana.
O presidente do Irã, Hassan Rohani, advertiu nesta quarta-feira, diante da Assembleia Geral, que seu país reagirá com determinação a qualquer violação do acordo assinado em 2015.
"Será uma grande lástima se este acordo for destruído por párias recém-chegados ao mundo da política. O mundo perderia uma grande oportunidade", ressaltou o líder iraniano, lembrando que o acordo "é o resultado de dois anos de intensas negociações multilaterais".
Rohani afirmou que seu país não será "o primeiro" a violar o acordo, "mas responderá com determinação sua violação por qualquer das partes".
A continuidade desses histórico acordo, elaborado para impedir o Irã de se dotar de arma atômica, se tornou um dos temas centrais da 72ª Assembleia Geral da ONU.
"Todos concordamos em que todas as partes estão cumprindo com seus compromissos", disse Mogherini a jornalistas na ONU, após os países signatários - Irã, Estados Unidos, China, Rússia, França, Grã-Bretanha e Alemanha - celebrarem uma reunião em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU.
Na opinião de Mogherini, "não é necessário renegociar partes do acordo porque se refere a um programa nuclear e, neste sentido, está funcionando".
Mogherini recordou que a comunidade internacional já está preocupada com as ameaças nucleares da Coreia do Norte e que seria perigoso abrir outra frente de conflito. "Já temos uma potencial crise nuclear e não precisamos iniciar outra".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considera que o acordo - firmado por seu antecessor, Barack Obama - não funciona e o qualificou de "vergonhoso" na véspera, ao discursar na Assembleia Geral da ONU.
Nesta quarta-feira, o secretário americano de Estado, Rex Tillerson, se encontrou com o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, também na ONU, para discutir o acordo nuclear.
Após a reunião bilateral, Tillerson declarou aos jornalistas que os Estados Unidos continuam tendo "problemas significativos" em relação ao acordo nuclear com o Irã.
"Foi uma boa oportunidade para nos reunirmos, apertar as mãos. O tom foi muito concreto. Não houve gritos, não lançamos sapatos um no outro", disse Tillerson após o encontro. "Não houve um tom raivoso. Foi uma troca muito, muito concreta sobre como vemos este acordo de modo muito diferente".
O presidente francês, Emmanuel Macron, avaliou nesta quarta que o acordo firmado em 2015 já não é suficiente diante da "evolução regional" e da "crescente pressão que o Irã exerce na região".
Há dois dias, Washington e Teerã trocam acusações sobre o acordo, que garante a natureza civil do programa nuclear iraniano em troca do levantamento de sanções que sufocam a economia iraniana.
O presidente do Irã, Hassan Rohani, advertiu nesta quarta-feira, diante da Assembleia Geral, que seu país reagirá com determinação a qualquer violação do acordo assinado em 2015.
"Será uma grande lástima se este acordo for destruído por párias recém-chegados ao mundo da política. O mundo perderia uma grande oportunidade", ressaltou o líder iraniano, lembrando que o acordo "é o resultado de dois anos de intensas negociações multilaterais".
Rohani afirmou que seu país não será "o primeiro" a violar o acordo, "mas responderá com determinação sua violação por qualquer das partes".
A continuidade desses histórico acordo, elaborado para impedir o Irã de se dotar de arma atômica, se tornou um dos temas centrais da 72ª Assembleia Geral da ONU.
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