Pressionada, Merkel aceita estabelecer meta anual de refugiados na Alemanha
A chanceler alemã Angela Merkel aceitou, neste domingo (8), estabelecer pela primeira vez uma meta anual de refugiados acolhidos pela Alemanha, diante da pressão dos conservadores, que reivindicavam um endurecimento de sua política migratória após as eleições legislativas.
O projeto acordado depois de uma reunião de crise entre a CDU, o Partido Democrata-Cristão de Merkel, e seu aliado bávaro, a CSU, prevê a meta de acolher 200 mil refugiados por ano.
"Queremos conseguir que o número de pessoas acolhidas por motivos humanitários não passe de 200 mil ao ano", diz o texto firmado por ambos os partidos. Dessa forma, a CDU e a CSU esperam resolver um conflito iniciado há dois anos.
Merkel e o presidente da CSU, Horst Seehofer, querem apresentar os detalhes sobre o acordo em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (9), ao meio-dia, em Berlim.
Fruto de cerca de dez horas de negociação, o texto também aborda a necessidade de agrupar os novos demandantes de asilo em determinados centros, enquanto seus pedidos são avaliados. Hoje, os refugiados são distribuídos em centros de acolhida de todo país.
Um acordo entre os conservadores sobre a política migratória alemã nos próximos anos era uma condição prévia para formar um novo Governo de coalizão.
Ainda falta saber a opinião dos outros dois partidos, com os quais Merkel deve iniciar negociações para formar uma aliança majoritária: os liberais e, sobretudo, os Verdes, os quais defendem uma política migratória mais generosa.
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