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Democratas acreditam em apoio republicano para aprovar lei dos 'dreamers'

18/10/2017 19h59

Los Angeles, 18 Out 2017 (AFP) - O partido Democrata busca angariar cerca de vinte votos de seus rivais republicanos para que o Congresso aprove, antes do final do ano, uma lei que regularize os "Dreamers", imigrantes em situação irregular que chegaram aos Estados Unidos ainda crianças.

A iniciativa se transformou em uma batalha contra o tempo desde que o presidente Donald Trump eliminou a Daca, ordem executiva que permitia que essas pessoas estudassem e trabalhassem em situação regular.

A líder democrata na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, disse nesta quarta-feira em uma entrevista coletiva em Los Angeles que cinco congressistas republicanos tinham manifestado apoio à lei que daria aos "dreamers" -sonhadores, em inglês- residência condicional e depois permanente, antes da cidadania.

"Precisamos de mais 20 que sabemos que estão lá, nos disseram", afirmou Pelosi.

A lei Dream -acrônimo do inglês de Development, Relief and Education for Alien Minors Act (Lei para o desenvolvimento, alívio e educação para menores sem documentos)- é um projeto bipartidário que por mais de uma década não conseguiu ser aprovado no Congresso.

"A passamos em 2012 (na Câmara dos Representantes) mas não conseguimos os 60 votos no Senado", lembrou Pelosi.

A congressista disse que a aprovação do projeto é uma obrigação, pois agora que o Daca foi eliminado quase 700.000 jovens ficariam sem documentos.

"Temos que fazer isso antes do fim do ano, ele [Trump] disse que se chegar a seu gabinete ele assinará", afirmou.

Pelosi e o líder da bancada democrata no Senado, Chuck Schumer, se reuniram com Trump em setembro para avançar no tema.

Mas pouco depois, a Casa Branca enviou ao Congresso uma lista de "prioridades e princípios" para a definição de uma política migratória, que endureceria dramaticamente o combate à imigração ilegal.

Trump exigiu, entre várias medidas, que toda legislação sobre os 'Dreamers' inclua o financiamento de um muro na fronteira com o México e medidas contra crianças e adolescentes que chegam sozinhos da América Central fugindo da violência.