Acusadas pela morte de meio-irmão de Kim Jong-Un visitam o local do crime
Sepang, Malásia, 24 Out 2017 (AFP) - As duas mulheres acusadas pelo assassinato do meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-Un foram levadas nesta terça-feira, com grandes medidas de segurança, ao aeroporto internacional de Kuala Lumpur, o local do crime.
Vestidas com coletes à prova de balas, a indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Thi Huong foram levadas ao aeroporto com o juiz que preside o processo, os advogados de defesa e representantes da acusação.
Quase 200 policiais, a maioria armados com fuzis e os rostos encapuzados, foram mobilizados nos arredores do aeroporto.
A visita, habitual nos julgamentos criminais na Malásia, serve para que as diferentes partes tenham uma ideia melhor dos fatos.
Kim Jong-Nam foi atacado em 13 de fevereiro com VX, um agente neurotóxico considerado uma arma de destruição em massa, em um crime insólito, digno da Guerra Fria, que espantou a comunidade internacional e provocou uma crise diplomática entre Kuala Lumpur e Pyongyang.
O meio-irmão de Kim Jong-Un, que deveria embarcar em um avião para Macau, faleceu após 20 minutos de agonia.
Aisyah, de 25 anos, e Huong, 29, foram detidas pouco depois do assassinato e podem ser condenadas à pena de morte. As duas se declaram inocentes.
Acompanhadas por muitos jornalistas, as duas acusadas, os advogados e magistrados seguiram para a área de check-in, onde aconteceu o ataque.
As duas mulheres também foram levadas para um café do aeroporto, o "Bibik Heritage", onde Aisyah teria se encontrado com um homem não identificado - chamado de "Sr. Chang" durante o julgamento - e que teria espalhado um líquido em suas mãos antes do ataque a Kim Jong-Nam.
O grupo também se dirigiu à clínica para a qual o meio-irmão de Kim Jong-Un foi levado e ao ponto de táxis pelo qual as mulheres passaram, assim como ao banheiro que uma das suspeitas usou após o ataque e a uma galeria comercial.
As duas acusadas realizaram parte da visita em cadeiras de rodas porque, segundo o promotor Fairuz Johari, estavam cansadas em consequência do peso do colete à prova de balas.
O promotor explicou que o grupo seguiu o itinerário das duas acusadas e da vítima no dia do assassinato.
Além das duas mulheres processadas, outras quatro pessoas estão sendo procuradas por envolvimento no crime.
O caso ainda tem alguns enigmas: Como duas mulheres que viviam em condições precárias como vários migrantes na Malásia se envolveram no assassinato? Como uma substância tão letal como o VX foi utilizado em um aeroporto sem provocar outra vítima além de Kim?
Logo depois do crime, a Coreia do Sul acusou o Norte de ter planejado o assassinato, o que Pyongyang sempre negou. Kim Jong-Nam criticava o regime norte-coreano e vivia no exílio.
Os advogados de defesa insistem que suas clientes foram manipuladas e que os verdadeiros culpados fugiram da Malásia.
Uma testemunha afirmou que outros suspeitos poderiam ter administrado o veneno a Kim Jong-Nam antes de sua chegada ao aeroporto.
jsm-sr/jac/cr/es.
Vestidas com coletes à prova de balas, a indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Thi Huong foram levadas ao aeroporto com o juiz que preside o processo, os advogados de defesa e representantes da acusação.
Quase 200 policiais, a maioria armados com fuzis e os rostos encapuzados, foram mobilizados nos arredores do aeroporto.
A visita, habitual nos julgamentos criminais na Malásia, serve para que as diferentes partes tenham uma ideia melhor dos fatos.
Kim Jong-Nam foi atacado em 13 de fevereiro com VX, um agente neurotóxico considerado uma arma de destruição em massa, em um crime insólito, digno da Guerra Fria, que espantou a comunidade internacional e provocou uma crise diplomática entre Kuala Lumpur e Pyongyang.
O meio-irmão de Kim Jong-Un, que deveria embarcar em um avião para Macau, faleceu após 20 minutos de agonia.
Aisyah, de 25 anos, e Huong, 29, foram detidas pouco depois do assassinato e podem ser condenadas à pena de morte. As duas se declaram inocentes.
Acompanhadas por muitos jornalistas, as duas acusadas, os advogados e magistrados seguiram para a área de check-in, onde aconteceu o ataque.
As duas mulheres também foram levadas para um café do aeroporto, o "Bibik Heritage", onde Aisyah teria se encontrado com um homem não identificado - chamado de "Sr. Chang" durante o julgamento - e que teria espalhado um líquido em suas mãos antes do ataque a Kim Jong-Nam.
O grupo também se dirigiu à clínica para a qual o meio-irmão de Kim Jong-Un foi levado e ao ponto de táxis pelo qual as mulheres passaram, assim como ao banheiro que uma das suspeitas usou após o ataque e a uma galeria comercial.
As duas acusadas realizaram parte da visita em cadeiras de rodas porque, segundo o promotor Fairuz Johari, estavam cansadas em consequência do peso do colete à prova de balas.
O promotor explicou que o grupo seguiu o itinerário das duas acusadas e da vítima no dia do assassinato.
Além das duas mulheres processadas, outras quatro pessoas estão sendo procuradas por envolvimento no crime.
O caso ainda tem alguns enigmas: Como duas mulheres que viviam em condições precárias como vários migrantes na Malásia se envolveram no assassinato? Como uma substância tão letal como o VX foi utilizado em um aeroporto sem provocar outra vítima além de Kim?
Logo depois do crime, a Coreia do Sul acusou o Norte de ter planejado o assassinato, o que Pyongyang sempre negou. Kim Jong-Nam criticava o regime norte-coreano e vivia no exílio.
Os advogados de defesa insistem que suas clientes foram manipuladas e que os verdadeiros culpados fugiram da Malásia.
Uma testemunha afirmou que outros suspeitos poderiam ter administrado o veneno a Kim Jong-Nam antes de sua chegada ao aeroporto.
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