Dura troca de acusações entre Avós da Praça de Maio e governo argentino na CIDH
Montevidéu, 24 Out 2017 (AFP) - A organização Avós da Praça de Maio acusou o governo de Mauricio Macri de querer "desandar o caminho" em matéria de verdade e justiça na Argentina, e os representantes oficiais acusaram de "mal intencionadas" algumas declarações do grupo, em uma audiência na CIDH nesta terça-feira (24).
Em uma tensa audiência ante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que celebra o seu 165º período de sessões em Montevidéu, a titular das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, disse que no governo argentino "promove-se desandar o caminho percorrido em 40 anos de luta".
De Carlotto, cuja organização conseguiu recuperar a identidade de 124 pessoas, hoje adultas, desaparecidas quando eram crianças durante a ditadura argentina, pediu que o governo de Macri "garanta a plena continuidade do processo de memória, verdade e justiça por crimes contra a humanidade na Argentina".
O secretário argentino de Direitos Humanos, Claudio Avruj, disse que o Executivo é vítima de uma "campanha de desprestígio" que pretende assimilá-lo à ditadura.
Além disso, questionou o que chamou de "mal intencionada declaração de negacionismo" de seus críticos e afirmou que "memória, verdade e justiça são políticas de Estado" na Argentina.
Em declarações posteriores à imprensa, De Carlotto assinalou: "nunca os comparamos com uma ditadura".
A CIDH, no entanto, recomendou que as partes trabalhem em conjunto em prol do objetivo de esclarecer e fazer justiça pelos crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura argentina (1976-1983).
Em uma tensa audiência ante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que celebra o seu 165º período de sessões em Montevidéu, a titular das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, disse que no governo argentino "promove-se desandar o caminho percorrido em 40 anos de luta".
De Carlotto, cuja organização conseguiu recuperar a identidade de 124 pessoas, hoje adultas, desaparecidas quando eram crianças durante a ditadura argentina, pediu que o governo de Macri "garanta a plena continuidade do processo de memória, verdade e justiça por crimes contra a humanidade na Argentina".
O secretário argentino de Direitos Humanos, Claudio Avruj, disse que o Executivo é vítima de uma "campanha de desprestígio" que pretende assimilá-lo à ditadura.
Além disso, questionou o que chamou de "mal intencionada declaração de negacionismo" de seus críticos e afirmou que "memória, verdade e justiça são políticas de Estado" na Argentina.
Em declarações posteriores à imprensa, De Carlotto assinalou: "nunca os comparamos com uma ditadura".
A CIDH, no entanto, recomendou que as partes trabalhem em conjunto em prol do objetivo de esclarecer e fazer justiça pelos crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura argentina (1976-1983).
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