Dois livros abordam dúvidas e desafios do papa na América Latina
Cidade do Vaticano, 25 Out 2017 (AFP) - Dois livros centrados na América Latina abordam as dúvidas e os desafios do primeiro pontífice latino-americano sobre o "continente da esperança", chamado segundo o próprio Francisco a "mais coragem, mais memória" e, sobretudo, a aproveitar esse momento para uma "libertação integral".
Ambas as obras serão apresentadas nesta semana no Vaticano e contêm textos e conversas do papa argentino sobre a situação social, política e histórica da América Latina, tema que Francisco dá muita atenção desde a sua época de arcebispo de Buenos Aires.
No prólogo da nova edição do livro "Memoria, coraje y esperanza. A la luz del Bicentenario de la Independencia de América Latina", escrito pelo acadêmico laico uruguaio Guzmán Carriquiry Lecour - vice-presidente da Comissão Pontifícia para América Latina e intelectual próximo ao papa -, Francisco se questiona sobre o que acontece na região diante da atual crise econômica.
"A América Latina parece viver na angústia e na incerteza, com estruturas políticas enfraquecidas, um novo aumento da pobreza e um aprofundamento dos abismos da exclusão social", reconhece o papa no prólogo.
"O que está acontecendo na América Latina? O que resta do apelido de 'Continente da Esperança'? Talvez tenhamos nos resignado a um pragmatismo de pouca envergadura em meio à confusão?", pergunta o pontífice jesuíta.
O papa pede nesse texto que "desenvolvam e debatam projetos históricos que olhem com realismo uma esperança de vida mais digna" no continente.
"Urge pode definir e perseguir grandes objetivos nacionais e latino-americanos, com fortes consensos e mobilizações populares, para além das ambições e interesses mundanos, e distantes de maniqueísmos e exasperações, de aventuras perigosas e explosões incontroláveis", considera.
O outro é um livro-entrevista com o jornalista argentino Hernán Reyes Alcaide, que tem o título "Latinoamérica".
A obra estará nas livrarias em espanhol no fim de outubro e por enquanto sabe-se que nasceu de longas conversas mantidas em julho e agosto na residência Santa Marta.
Nos encontros com o correspondente no Vaticano da agência de notícias argentina Telam, Francisco fala da igreja do continente, de seu papel ao longo desses anos e faz um balanço do impacto que teve a conferência de todos os bispos em Aparecida, São Paulo, ocorrida há 10 anos, assim como aconteceu em 1968 em Medellín, na Colômbia, que marcou a história dos latino-americanos.
Ambas as obras serão apresentadas nesta semana no Vaticano e contêm textos e conversas do papa argentino sobre a situação social, política e histórica da América Latina, tema que Francisco dá muita atenção desde a sua época de arcebispo de Buenos Aires.
No prólogo da nova edição do livro "Memoria, coraje y esperanza. A la luz del Bicentenario de la Independencia de América Latina", escrito pelo acadêmico laico uruguaio Guzmán Carriquiry Lecour - vice-presidente da Comissão Pontifícia para América Latina e intelectual próximo ao papa -, Francisco se questiona sobre o que acontece na região diante da atual crise econômica.
"A América Latina parece viver na angústia e na incerteza, com estruturas políticas enfraquecidas, um novo aumento da pobreza e um aprofundamento dos abismos da exclusão social", reconhece o papa no prólogo.
"O que está acontecendo na América Latina? O que resta do apelido de 'Continente da Esperança'? Talvez tenhamos nos resignado a um pragmatismo de pouca envergadura em meio à confusão?", pergunta o pontífice jesuíta.
O papa pede nesse texto que "desenvolvam e debatam projetos históricos que olhem com realismo uma esperança de vida mais digna" no continente.
"Urge pode definir e perseguir grandes objetivos nacionais e latino-americanos, com fortes consensos e mobilizações populares, para além das ambições e interesses mundanos, e distantes de maniqueísmos e exasperações, de aventuras perigosas e explosões incontroláveis", considera.
O outro é um livro-entrevista com o jornalista argentino Hernán Reyes Alcaide, que tem o título "Latinoamérica".
A obra estará nas livrarias em espanhol no fim de outubro e por enquanto sabe-se que nasceu de longas conversas mantidas em julho e agosto na residência Santa Marta.
Nos encontros com o correspondente no Vaticano da agência de notícias argentina Telam, Francisco fala da igreja do continente, de seu papel ao longo desses anos e faz um balanço do impacto que teve a conferência de todos os bispos em Aparecida, São Paulo, ocorrida há 10 anos, assim como aconteceu em 1968 em Medellín, na Colômbia, que marcou a história dos latino-americanos.
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