Israel aprova construção de 176 moradias em Jerusalém oriental
Jerusalém, 25 Out 2017 (AFP) - As autoridades israelenses aprovaram nesta quarta-feira a construção de 176 moradias para judeus em um bairro palestino de Jerusalém Oriental ocupada e anexada.
Com esta ampliação, a colônia de Nof Zion, que já conta com 91 moradias, se tornará o maior assentamento israelense em um bairro palestino da cidade, e inclusive da Cisjordânia, segundo várias ONGs.
A decisão sobre esse assentamento, localizado no bairro de Jabel Mukaber, foi aprovada por uma comissão da prefeitura israelense da cidade, informou o vice-prefeito, Meir Turjeman.
A maior parte dos assentamentos, sobretudo na Cisjordânia, estão localizados fora das áreas residenciais de palestinos e costumam ser muito mais amplos do que Nof Zion.
A situação de Jerusalém é especialmente delicada e representa uma questão central do conflito entre israelenses e palestinos. Israel ocupou a parte oriental da cidade na Guerra dos Seis Dias de 1967, e depois a anexou, um ato nunca reconhecido pela comunidade internacional.
Desde então, Israel considera Jerusalém como sua capital indivisível, enquanto que os palestinos querem que o setor oriental seja a capital de seu futuro Estado.
Para a dirigente palestina Hanan Ashraui, a ampliação de Nof Zion faz parte da vontade do governo israelense de "impor de fato uma solução com um só Estado", ao contrário da chamada solução de dois Estados, que propõe criar um Estado palestino junto a Israel.
"Sem Jerusalém como capital da Palestina, não haverá Estado palestino, e sem Estado palestino, não haverá paz nem estabilidade na região", assegurou.
- 'Continuamos construindo' -Os palestinos denunciam uma judicialização de Jerusalém Oriental pelas autoridades israelenses, mediante seus programas imobiliários e também a destruição de casas de palestinos que precisam de permissão de construção.
Os judeus, que eram poucas centenas em 1967 em Jerusalém Oriental, são agora 195.000 dos 450.000 habitantes da parte oriental da cidade.
"Continuamos construindo e reforçando Jerusalém", havia declarado nesta semana o prefeito da cidade, Nir Barkat, antecipando a aprovação de Nof Zion. "Estamos reunificando Jerusalém no terreno".
A validação do projeto de Nof Zion foi aprovada uma semana depois da autorização de 2.646 moradias para colonos na Cisjordânia, um território palestino ocupado pelo exército israelense.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, líder do governo considerado como o mais de direita da história do país, garante que "nenhum Executivo fez tanto pela colonização" como ele.
Com esta ampliação, a colônia de Nof Zion, que já conta com 91 moradias, se tornará o maior assentamento israelense em um bairro palestino da cidade, e inclusive da Cisjordânia, segundo várias ONGs.
A decisão sobre esse assentamento, localizado no bairro de Jabel Mukaber, foi aprovada por uma comissão da prefeitura israelense da cidade, informou o vice-prefeito, Meir Turjeman.
A maior parte dos assentamentos, sobretudo na Cisjordânia, estão localizados fora das áreas residenciais de palestinos e costumam ser muito mais amplos do que Nof Zion.
A situação de Jerusalém é especialmente delicada e representa uma questão central do conflito entre israelenses e palestinos. Israel ocupou a parte oriental da cidade na Guerra dos Seis Dias de 1967, e depois a anexou, um ato nunca reconhecido pela comunidade internacional.
Desde então, Israel considera Jerusalém como sua capital indivisível, enquanto que os palestinos querem que o setor oriental seja a capital de seu futuro Estado.
Para a dirigente palestina Hanan Ashraui, a ampliação de Nof Zion faz parte da vontade do governo israelense de "impor de fato uma solução com um só Estado", ao contrário da chamada solução de dois Estados, que propõe criar um Estado palestino junto a Israel.
"Sem Jerusalém como capital da Palestina, não haverá Estado palestino, e sem Estado palestino, não haverá paz nem estabilidade na região", assegurou.
- 'Continuamos construindo' -Os palestinos denunciam uma judicialização de Jerusalém Oriental pelas autoridades israelenses, mediante seus programas imobiliários e também a destruição de casas de palestinos que precisam de permissão de construção.
Os judeus, que eram poucas centenas em 1967 em Jerusalém Oriental, são agora 195.000 dos 450.000 habitantes da parte oriental da cidade.
"Continuamos construindo e reforçando Jerusalém", havia declarado nesta semana o prefeito da cidade, Nir Barkat, antecipando a aprovação de Nof Zion. "Estamos reunificando Jerusalém no terreno".
A validação do projeto de Nof Zion foi aprovada uma semana depois da autorização de 2.646 moradias para colonos na Cisjordânia, um território palestino ocupado pelo exército israelense.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, líder do governo considerado como o mais de direita da história do país, garante que "nenhum Executivo fez tanto pela colonização" como ele.
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