Temer enfrenta nova votação na Câmara para se manter na Presidência
Brasília, 25 Out 2017 (AFP) - Michel Temer enfrenta nesta quarta-feira (25) uma segunda votação sobre sua permanência no cargo, a segunda em menos de três meses, quando a Câmara de Deputados decidirá se autoriza o Supremo a analisar uma denúncia contra o presidente.
O chefe de Estado, de 77 anos, liderou as negociações com os deputados para garantir que a oposição não conseguirá os 342 votos (2/3 dos 513 deputados) necessários para que a denúncia avance até o Supremo (STF).
Esta estratégia já deu resultado em agosto, quando a Câmara bloqueou um primeiro pedido de análise da denúncia contra Temer, por 263 votos contra 227.
Desta vez "podem haver alguns votos a menos ou a mais, mas o presidente não vai cair. A votação será expressiva" a seu favor, disse à AFP uma fonte do Palácio do Planalto.
De fato, até os deputados da oposição admitem que não têm votos suficientes para derrotar o governo.
Para garantir a vitória, Temer passou os últimos dias negociando com deputados indecisos, aos quais telefona pessoalmente ou recebe em seu gabinete.
A oposição acusa Temer de utilizar todos os recursos, inclusive a liberação de verbas públicas e a distribuição de cargos, para "comprar" o apoio dos deputados.
Com a aproximação das eleições de outubro de 2018, apoiar um presidente impopular como Temer parece não ser a melhor estratégia para se manter no cargo, mas muitos deputados não consideram uma boa opção derrubar mais um governo após o traumático processo de impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, que dividiu o país e paralisou o Congresso durante meses.
- Estratégia da oposição -Temer foi acusado pela Procuradoria-geral da República (PGR) de liderar uma organização criminosa para espoliar o Estado e obter 587 milhões de reais em subornos.
"Esse governo não tem mais condições morais, institucionais ou políticas para seguir governando o Brasil", afirmou o deputado José Guimarães, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Na véspera da votação, o PT e outros partidos de oposição anunciaram que tentarão obstruir a sessão se retirando o Plenário da Câmara, para impedir o quórum mínimo necessário para a votação, de 342 deputados.
Temer assumiu o poder em 2016 após o impeachment de Dilma. Desde então, este veterano político tem conseguido se manter em pé, apesar dos escândalos envolvendo vários de seus ministros, e promover ajustes que começam a dar resultado no relançamento da economia.
Superar esta segunda denúncia certamente abrirá caminho para que Temer conclua seu programa de reformas, com o qual prometeu "colocar o Brasil nos trilhos".
Entre as medidas, a mais esperada é a reforma da Previdência, que endurece as condições para a aposentadoria e gera forte resistência, inclusive na base governista.
mel-dw/lr/mvv
O chefe de Estado, de 77 anos, liderou as negociações com os deputados para garantir que a oposição não conseguirá os 342 votos (2/3 dos 513 deputados) necessários para que a denúncia avance até o Supremo (STF).
Esta estratégia já deu resultado em agosto, quando a Câmara bloqueou um primeiro pedido de análise da denúncia contra Temer, por 263 votos contra 227.
Desta vez "podem haver alguns votos a menos ou a mais, mas o presidente não vai cair. A votação será expressiva" a seu favor, disse à AFP uma fonte do Palácio do Planalto.
De fato, até os deputados da oposição admitem que não têm votos suficientes para derrotar o governo.
Para garantir a vitória, Temer passou os últimos dias negociando com deputados indecisos, aos quais telefona pessoalmente ou recebe em seu gabinete.
A oposição acusa Temer de utilizar todos os recursos, inclusive a liberação de verbas públicas e a distribuição de cargos, para "comprar" o apoio dos deputados.
Com a aproximação das eleições de outubro de 2018, apoiar um presidente impopular como Temer parece não ser a melhor estratégia para se manter no cargo, mas muitos deputados não consideram uma boa opção derrubar mais um governo após o traumático processo de impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, que dividiu o país e paralisou o Congresso durante meses.
- Estratégia da oposição -Temer foi acusado pela Procuradoria-geral da República (PGR) de liderar uma organização criminosa para espoliar o Estado e obter 587 milhões de reais em subornos.
"Esse governo não tem mais condições morais, institucionais ou políticas para seguir governando o Brasil", afirmou o deputado José Guimarães, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Na véspera da votação, o PT e outros partidos de oposição anunciaram que tentarão obstruir a sessão se retirando o Plenário da Câmara, para impedir o quórum mínimo necessário para a votação, de 342 deputados.
Temer assumiu o poder em 2016 após o impeachment de Dilma. Desde então, este veterano político tem conseguido se manter em pé, apesar dos escândalos envolvendo vários de seus ministros, e promover ajustes que começam a dar resultado no relançamento da economia.
Superar esta segunda denúncia certamente abrirá caminho para que Temer conclua seu programa de reformas, com o qual prometeu "colocar o Brasil nos trilhos".
Entre as medidas, a mais esperada é a reforma da Previdência, que endurece as condições para a aposentadoria e gera forte resistência, inclusive na base governista.
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