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TOPSHOTS EUA volta a receber refugiados, mas onze países seguem excluídos

25/10/2017 00h29

Washington, 25 Out 2017 (AFP) - Os Estados Unidos voltarão a admitir refugiados, após uma proibição de 120 dias, mas onze países "de alto risco", a maioria de população muçulmana, seguirão bloqueados, informaram funcionários nesta terça-feira.

Jennifer Higgins, diretora associada para refugiados da agência federal de Serviços de Imigração e Cidadania, disse que os pedidos passarão por uma verificação "melhorada", incluindo controles mais detalhados sobre conexões nas redes sociais.

"A segurança do povo americano é nossa maior prioridade", declarou Higgins aos jornalistas.

O presidente Donald Trump emitiu a nova ordem sobre refugiados na noite desta terça-feira, substituindo parte de seu polêmico decreto sobre entrada de estrangeiros no país, que provocou uma série de ações judiciais.

O decreto antigo, que Trump tentou implementar a partir de janeiro, conseguiu finalmente estabelecer, no final de junho, uma revisão dos protocolos de segurança e a adoção de procedimentos de avaliação mais severos.

Nesta terça-feira, funcionários se negaram a enumerar os 11 países cujos refugiados seguem impedidos de entrar no país, mas indicaram que são os mesmos que em 2015 faziam parte de uma lista para exame mais rigoroso.

Agora, os refugiados destes países estarão sujeitos a uma revisão de segurança e inteligência de 90 dias, sem ficar claro o que acontecerá posteriormente.

As agências de refugiados assinalaram que os países afetados são Egito, Irã, Iraque, Líbia, Mali, Coreia do Norte, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Síria e Iêmen.

Todos os países relacionados, exceto a Coreia do Norte, têm grande população muçulmana e foram origem da maior parte dos refugiados que ingressaram nos Estados Unidos.

No ano fiscal de 2017, dos 53.716 refugiados que entraram nos Estados Unidos, 22.150 procederam de Síria, Iraque, Irã e Somália.

O presidente Barack Obama estabeleceu um limite para a entrada de refugiados no ano fiscal concluído em 30 de setembro em 110 mil, mas Trump reduziu este número para 53 mil, lutando inclusive para estabelecer uma proibição total.

Para o ano fiscal de 2018, Trump estabeleceu um limite de 45 mil refugiados.