Fiabilidade de 'termômetro' dos paleoclimatologistas é questionada
Paris, 26 Out 2017 (AFP) - Pesquisadores franceses e suíços colocaram em dúvida a fiabilidade do "termômetro" utilizado para calcular a evolução das temperaturas dos oceanos, e acreditam que há 100 milhões de anos estas não eram tão altas como o estimado, indicaram em um estudo publicado nesta quinta-feira (26).
Com base nesta hipótese, os cientistas afirmam que o aquecimento global atual poderia ser "sem precedentes" nos últimos 100 milhões de anos.
Este estudo, realizado por geoquímicos e publicado na revista científica Nature Communications, põe em dúvida a fiabilidade de um instrumento que os paleoclimatologistas utilizam desde os anos 1950 e que os ajudou construir modelos sobre o aquecimento global.
"Até agora pensávamos que há 100 milhões de anos, durante o Cretáceo, o oceano profundo era 15º mais quente do que atualmente e que havia esfriado gradualmente há uma dezena de milhões de anos", explicou à AFP Sylvain Bernard, principal autor do estudo.
Segundo essas avaliações, a temperatura da água dos oceanos profundos era, nessa época, próxima aos 20º C, ao invés dos 3,5º C atuais, acrescenta este geoquímico do Museu Nacional de História Natural (MNHN) em Paris.
A equipe de pesquisadores diz ter demonstrado em laboratório que "o 'termômetro' usado não é confiável e que todas as interpretações que se basearam nele são errôneas", disse Bernard.
"As temperaturas dos oceanos no passado não eram forçosamente mais quentes do que as atuais. É por isso que dizemos que o aquecimento global atual não tem precedentes", apontou.
Com base nesta hipótese, os cientistas afirmam que o aquecimento global atual poderia ser "sem precedentes" nos últimos 100 milhões de anos.
Este estudo, realizado por geoquímicos e publicado na revista científica Nature Communications, põe em dúvida a fiabilidade de um instrumento que os paleoclimatologistas utilizam desde os anos 1950 e que os ajudou construir modelos sobre o aquecimento global.
"Até agora pensávamos que há 100 milhões de anos, durante o Cretáceo, o oceano profundo era 15º mais quente do que atualmente e que havia esfriado gradualmente há uma dezena de milhões de anos", explicou à AFP Sylvain Bernard, principal autor do estudo.
Segundo essas avaliações, a temperatura da água dos oceanos profundos era, nessa época, próxima aos 20º C, ao invés dos 3,5º C atuais, acrescenta este geoquímico do Museu Nacional de História Natural (MNHN) em Paris.
A equipe de pesquisadores diz ter demonstrado em laboratório que "o 'termômetro' usado não é confiável e que todas as interpretações que se basearam nele são errôneas", disse Bernard.
"As temperaturas dos oceanos no passado não eram forçosamente mais quentes do que as atuais. É por isso que dizemos que o aquecimento global atual não tem precedentes", apontou.
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