Catalunha se questiona sobre o que será de separatistas destituídos
Barcelona, 30 Out 2017 (AFP) - A Catalunha retoma nesta segunda-feira o trabalho, sob a administração direta do governo conservador espanhol de Mariano Rajoy, na expectativa de saber se os integrantes do governo separatista catalão destituídos após a declaração de independência na sexta-feira pretendem comparecer a seus gabinetes.
Às 10h30 (07h30 de Brasília), a bandeira espanhola continuava hasteada na sede do Executivo catalão, em frente ao qual dezenas de jornalistas esperavam para ver se o presidente destituído Carles Puigdemont procuraria retomar suas funções.
Ao menos um conselheiro (ministro), Josep Rull, foi para o trabalho.
"No gabinete, exercendo as responsabilidades que nos foram dadas pelo povo da Catalunha", tuitou Rull, responsável por Infraestruturas, Obras Públicas e Transportes.
A mensagem vem acompanhada de uma imagem do político na mesa de seu gabinete, lendo o jornal desta segunda.
Caso algum membro do Executivo destituído se apresente, o governo central determina que seja acompanhado por um policial até seu gabinete para recolher seus pertences. Se resistir a deixar o local, o agente deverá registrar a ocorrência e informar a Justiça.
"Estamos esperando para saber o que vai fazer amanhã o governo" de Puigdemont, explicou domingo à noite um líder separatista.
"Se eles próprios acreditam que são o governo da República, então iremos protegê-los, mas se não fizerem nada, nós os aconselharemos", disse esta fonte que não quis se identificar.
"Estamos à espera de saber se o presidente e os conselheiros poderão trabalhar", disse também à AFP Gemma Manosa, uma secretária de 44 anos entrevistada no início da manhã em Barcelona.
"Acredito que Puigdemont continua a ser o presidente daqueles que acreditam na independência (...), mas para aqueles que protestaram ontem contra a independência, é o Partido Popular (de Mariano Rajoy) que dirige", acrescentou.
No domingo, centenas de milhares de pessoas que apoiam a unidade da Espanha foram às ruas de Barcelona, depois que dezenas de milhares expressaram sua alegria ao anúncio do nascimento de sua "República" na sexta-feira.
- 'Guerra psicológica' -Poucas horas após a proclamação de independência votada no Parlamento catalão, o governo de Madri colocou a região sob tutela, apoiado no artigo 155 da Constituição, até então nunca utilizado.
Mariano Rajoy convocou eleições para 21 de dezembro. Ele destituiu Carles Puigdemont e sua equipe, e a vice-presidente do governo espanhol, Soraya Saenz de Santamaria, foi designada para dirigir a Catalunha.
Carles Puigdemont pediu no sábado que seus partidários se oponham pacificamente ao comando de Madri, como seu vice-presidente Oriol Junqueras, que também evocou um "combate nas urnas", sem esclarecer se seu partido, a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) participará da votação convocada por Rajoy.
Cerca de 200.000 funcionários públicos catalães foram destituídos sob ordem de Madri. Falando de "um retorno à realidade", um líder separatista considerou no domingo à noite que o "governo da República não tem a capacidade de se impor".
Uma certa decepção parecia reinar entre os separatistas. A República proclamada na sexta-feira não foi reconhecida por nenhum Estado estrangeiro e foi contestada por centenas de milhares de manifestantes no domingo (300.000 segundo a polícia local, um milhão de acordo com a prefeitura).
dbh-lbx/mck/gab/ces/mr
Às 10h30 (07h30 de Brasília), a bandeira espanhola continuava hasteada na sede do Executivo catalão, em frente ao qual dezenas de jornalistas esperavam para ver se o presidente destituído Carles Puigdemont procuraria retomar suas funções.
Ao menos um conselheiro (ministro), Josep Rull, foi para o trabalho.
"No gabinete, exercendo as responsabilidades que nos foram dadas pelo povo da Catalunha", tuitou Rull, responsável por Infraestruturas, Obras Públicas e Transportes.
A mensagem vem acompanhada de uma imagem do político na mesa de seu gabinete, lendo o jornal desta segunda.
Caso algum membro do Executivo destituído se apresente, o governo central determina que seja acompanhado por um policial até seu gabinete para recolher seus pertences. Se resistir a deixar o local, o agente deverá registrar a ocorrência e informar a Justiça.
"Estamos esperando para saber o que vai fazer amanhã o governo" de Puigdemont, explicou domingo à noite um líder separatista.
"Se eles próprios acreditam que são o governo da República, então iremos protegê-los, mas se não fizerem nada, nós os aconselharemos", disse esta fonte que não quis se identificar.
"Estamos à espera de saber se o presidente e os conselheiros poderão trabalhar", disse também à AFP Gemma Manosa, uma secretária de 44 anos entrevistada no início da manhã em Barcelona.
"Acredito que Puigdemont continua a ser o presidente daqueles que acreditam na independência (...), mas para aqueles que protestaram ontem contra a independência, é o Partido Popular (de Mariano Rajoy) que dirige", acrescentou.
No domingo, centenas de milhares de pessoas que apoiam a unidade da Espanha foram às ruas de Barcelona, depois que dezenas de milhares expressaram sua alegria ao anúncio do nascimento de sua "República" na sexta-feira.
- 'Guerra psicológica' -Poucas horas após a proclamação de independência votada no Parlamento catalão, o governo de Madri colocou a região sob tutela, apoiado no artigo 155 da Constituição, até então nunca utilizado.
Mariano Rajoy convocou eleições para 21 de dezembro. Ele destituiu Carles Puigdemont e sua equipe, e a vice-presidente do governo espanhol, Soraya Saenz de Santamaria, foi designada para dirigir a Catalunha.
Carles Puigdemont pediu no sábado que seus partidários se oponham pacificamente ao comando de Madri, como seu vice-presidente Oriol Junqueras, que também evocou um "combate nas urnas", sem esclarecer se seu partido, a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) participará da votação convocada por Rajoy.
Cerca de 200.000 funcionários públicos catalães foram destituídos sob ordem de Madri. Falando de "um retorno à realidade", um líder separatista considerou no domingo à noite que o "governo da República não tem a capacidade de se impor".
Uma certa decepção parecia reinar entre os separatistas. A República proclamada na sexta-feira não foi reconhecida por nenhum Estado estrangeiro e foi contestada por centenas de milhares de manifestantes no domingo (300.000 segundo a polícia local, um milhão de acordo com a prefeitura).
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