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Corte dos EUA bloqueia veto de Trump a transgêneros entre os militares

30/10/2017 17h44

Washington, 30 Out 2017 (AFP) - Uma juíza federal americana bloqueou nesta segunda-feira (30) a decisão do presidente Donald Trump de proibir o recrutamento de militares transgênero, sem se pronunciar sobre o custo dos tratamentos médicos dos membros já incorporados às Forças Armadas.

A juíza Colleen Kollar-Kotelly, do tribunal do distrito de Washington, ordenou um "retorno ao status quo", isto é, a continuidade de uma medida adotada pelo presidente anterior Barack Obama, que determinava que os transgêneros podiam ser aceitos em fileiras militares a partir de julho de 2017.

O governo Trump tinha anunciado em junho um adiamento de seis meses na aplicação deste decreto e em julho o presidente surpreendeu seus próprios comandos militares, ao anunciar no Twitter o veto à incorporação de soldados transgêneros às Forças Armadas.

No final de agosto, o próprio presidente assinou um documento no qual ordenou ao Pentágono não aceitar mais estes recrutas, mas deixou nas mãos do Departamento de Defesa a decisão sobre como cobrir os custos dos soldados já incorporados.

Neste sentido, Trump recomendou ao chefe do Pentágono, Jim Mattis, que as Forças Armadas deixem de cobrir os custos das operações relacionadas com a mudança de gênero dos soldados.

Assim, deu ao Pentágono um prazo até 23 de março do ano que vem para que elabore uma nova política específica para os militares transgênero.

As estimativas sobre o número de militares trans oscila entre 1.320 e 15.000 de um total de 1,5 milhão de soldados.

A ação contra o veto presidencial foi apresentada em agosto por cinco militares americanos transgênero, que expressaram preocupação com o futuro de suas carreiras.