Morcegos bebês aprendem linguagem de seus pares
Miami, 31 Out 2017 (AFP) - Os morcegos bebês aprendem a linguagem de seus colegas em sua colônia, e adotam o dialeto ou sotaque do grupo, em vez do de sua mãe, disseram pesquisadores nesta terça-feira.
A diferença pode ser comparada à que existe entre falar com um sotaque de Londres ou com um sotaque escocês, afirmou o estudo publicado na revista científia PLOS Biology.
Os resultados lançaram nova luz sobre o aprendizado da linguagem em grupo, uma habilidade que se acredita pertencer principalmente aos humanos e a outros poucos mamíferos.
O estudo também mostra que os morcegos são diferentes dos passeris, que tendem a aprender músicas imitando um de seus pais.
"A capacidade de aprender vocalizações de outros é extremamente importante para a aquisição da fala em humanos, mas acredita-se que é rara entre os animais", disse o autor principal, Yossi Yovel, da Universidade de Tel Aviv.
"Os morcegos jovens adotam o dialeto vocalizado por seus companheiros de poleiro".
Para o estudo, os pesquisadores capturaram 14 morcegos grávidas da espécie Rousettus aegyptiacus, e os separaram em três colônias, onde criaram os jovens morcegos com suas mães.
Cada colônia foi exposta a uma gravação diferente de vocalizações de morcego.
Todos os jovens adotaram a maneira de vocalizar do grupo que ouviram, e não das suas mães.
"A diferença entre as vocalizações da mãe do morcego e as da colônia são semelhantes às de um sotaque de Londres e, digamos, um sotaque escocês", declarou Yovel.
"Os filhotes ouviram o dialeto 'londrino' de suas mães, mas também ouviram o dialeto 'escocês' imitado por dezenas de morcegos 'escoceses'", acrescentou.
"Eventualmente, adotaram um dialeto que era mais parecido com o dialeto 'escocês' local do que com o sotaque 'londrino' de suas mães".
Os pesquisadores esperam realizar outros estudos para analisar como os dialetos dos morcegos mudam quando eles deixam suas colônias, e se sua vocalização afeta a forma como se integram com os outros exemplares.
"Eles adotarão o dialeto local ou serão rejeitados pelo grupo? Ou talvez a colônia local alterará seu dialeto para adotar o dos nossos morcegos", disse Yovel. "Há muitos caminhos interessantes ainda a se explorar".
A diferença pode ser comparada à que existe entre falar com um sotaque de Londres ou com um sotaque escocês, afirmou o estudo publicado na revista científia PLOS Biology.
Os resultados lançaram nova luz sobre o aprendizado da linguagem em grupo, uma habilidade que se acredita pertencer principalmente aos humanos e a outros poucos mamíferos.
O estudo também mostra que os morcegos são diferentes dos passeris, que tendem a aprender músicas imitando um de seus pais.
"A capacidade de aprender vocalizações de outros é extremamente importante para a aquisição da fala em humanos, mas acredita-se que é rara entre os animais", disse o autor principal, Yossi Yovel, da Universidade de Tel Aviv.
"Os morcegos jovens adotam o dialeto vocalizado por seus companheiros de poleiro".
Para o estudo, os pesquisadores capturaram 14 morcegos grávidas da espécie Rousettus aegyptiacus, e os separaram em três colônias, onde criaram os jovens morcegos com suas mães.
Cada colônia foi exposta a uma gravação diferente de vocalizações de morcego.
Todos os jovens adotaram a maneira de vocalizar do grupo que ouviram, e não das suas mães.
"A diferença entre as vocalizações da mãe do morcego e as da colônia são semelhantes às de um sotaque de Londres e, digamos, um sotaque escocês", declarou Yovel.
"Os filhotes ouviram o dialeto 'londrino' de suas mães, mas também ouviram o dialeto 'escocês' imitado por dezenas de morcegos 'escoceses'", acrescentou.
"Eventualmente, adotaram um dialeto que era mais parecido com o dialeto 'escocês' local do que com o sotaque 'londrino' de suas mães".
Os pesquisadores esperam realizar outros estudos para analisar como os dialetos dos morcegos mudam quando eles deixam suas colônias, e se sua vocalização afeta a forma como se integram com os outros exemplares.
"Eles adotarão o dialeto local ou serão rejeitados pelo grupo? Ou talvez a colônia local alterará seu dialeto para adotar o dos nossos morcegos", disse Yovel. "Há muitos caminhos interessantes ainda a se explorar".
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