Zona do euro confirma recuperação, apesar do Brexit
Bruxelas, 31 Out 2017 (AFP) - A zona euro continua sua recuperação econômica, apesar do Brexit, com o desemprego em seu menor nível desde 2009 e crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre.
De acordo com a primeira estimativa publicada nesta terça-feira (31) pelo escritório europeia de estatísticas Eurostat, o crescimento nos 19 países que adotaram o euro foi de 0,6% no terceiro trimestre, superior às previsões dos analistas.
"Isso confirma a aceleração importante da recuperação econômica que estamos observando desde a primavera (do Hemisfério Norte)", disse à AFP o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.
"É uma boa notícia porque mais crescimento significa mais investimento e mais vagas de emprego para os cidadãos europeus", disse o ex-ministro francês.
O PIB cresceu 0,7% no segundo trimestre e 0,6% no primeiro. Ou seja, acumula uma evolução sólida de 1,9% em nove meses.
Em três trimestres, a cifra supera as previsões anuais da Comissão Europeia, que em maio apostava em um crescimento de 1,7% em 2017.
Autoridades europeias acreditavam, então, que era um objetivo alcançável, apesar da instabilidade provocada pelo Brexit e pela política econômica americana.
Tampouco a recente tensão na Catalunha parece afetar a economia da zona, à espera de novas previsões econômicas da Comissão, estimadas para novembro.
- Desemprego desigual -Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima, em outubro, suas previsões de crescimento para a zona do euro (2,1% em 2017 e 1,9% em 2018).
Segundo Jennifer McKeown, da Capital Economics, "há bons motivos para esperar que a recuperação da zona do euro continue, ou até se acelere".
A economista destaca que o índice mensal da Comissão Europeia sobre a confiança econômica na zona do euro (publicado na segunda-feira passada com dados de outubro) nunca tinha sido tão alto desde janeiro de 2001, quando a moeda única começava a ser aplicada.
A boa saúde econômica da região também tem consequências positivas no emprego.
Segundo dados publicados nesta terça, a taxa de desemprego na zona do euro recuou para 8,9% em setembro, o mais baixo já registrado na região desde janeiro de 2009
Há grandes diferenças entre os países, porém. Enquanto o desemprego continua sendo baixo na Alemanha (3,6%) e em Malta (4,1%), segue em um nível muito elevado na Grécia (21%, em julho, última cifra disponível) e na Espanha (16,7%).
Diante dos bons dados, a inflação continua sendo o calcanhar de Aquiles da economia do euro. A inflação em outubro aumentou apenas 1,4%, longe da meta de 2,0% do Banco Central Europeu (BCE).
O núcleo de inflação (que exclui os preços da energia, dos alimentos, das bebidas alcoólicas e o tabaco, especialmente voláteis) foi de 0,9% em outubro frente a 1,1% em setembro.
Na semana passada, o BCE decidiu reduzir o programa de compra da dívida em 2018, mas ainda não está disposto a subir as taxas de juros.
De acordo com a primeira estimativa publicada nesta terça-feira (31) pelo escritório europeia de estatísticas Eurostat, o crescimento nos 19 países que adotaram o euro foi de 0,6% no terceiro trimestre, superior às previsões dos analistas.
"Isso confirma a aceleração importante da recuperação econômica que estamos observando desde a primavera (do Hemisfério Norte)", disse à AFP o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.
"É uma boa notícia porque mais crescimento significa mais investimento e mais vagas de emprego para os cidadãos europeus", disse o ex-ministro francês.
O PIB cresceu 0,7% no segundo trimestre e 0,6% no primeiro. Ou seja, acumula uma evolução sólida de 1,9% em nove meses.
Em três trimestres, a cifra supera as previsões anuais da Comissão Europeia, que em maio apostava em um crescimento de 1,7% em 2017.
Autoridades europeias acreditavam, então, que era um objetivo alcançável, apesar da instabilidade provocada pelo Brexit e pela política econômica americana.
Tampouco a recente tensão na Catalunha parece afetar a economia da zona, à espera de novas previsões econômicas da Comissão, estimadas para novembro.
- Desemprego desigual -Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima, em outubro, suas previsões de crescimento para a zona do euro (2,1% em 2017 e 1,9% em 2018).
Segundo Jennifer McKeown, da Capital Economics, "há bons motivos para esperar que a recuperação da zona do euro continue, ou até se acelere".
A economista destaca que o índice mensal da Comissão Europeia sobre a confiança econômica na zona do euro (publicado na segunda-feira passada com dados de outubro) nunca tinha sido tão alto desde janeiro de 2001, quando a moeda única começava a ser aplicada.
A boa saúde econômica da região também tem consequências positivas no emprego.
Segundo dados publicados nesta terça, a taxa de desemprego na zona do euro recuou para 8,9% em setembro, o mais baixo já registrado na região desde janeiro de 2009
Há grandes diferenças entre os países, porém. Enquanto o desemprego continua sendo baixo na Alemanha (3,6%) e em Malta (4,1%), segue em um nível muito elevado na Grécia (21%, em julho, última cifra disponível) e na Espanha (16,7%).
Diante dos bons dados, a inflação continua sendo o calcanhar de Aquiles da economia do euro. A inflação em outubro aumentou apenas 1,4%, longe da meta de 2,0% do Banco Central Europeu (BCE).
O núcleo de inflação (que exclui os preços da energia, dos alimentos, das bebidas alcoólicas e o tabaco, especialmente voláteis) foi de 0,9% em outubro frente a 1,1% em setembro.
Na semana passada, o BCE decidiu reduzir o programa de compra da dívida em 2018, mas ainda não está disposto a subir as taxas de juros.
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