Índios e negros ainda sofrem violência na Colômbia apesar de paz com Farc (AI)
Bogotá, 22 Nov 2017 (AFP) - Um ano depois do acordo de paz com as Farc, índios e afrodescendentes continuam sofrendo as incursões de outros grupos guerrilheiros e paramilitares em uma empobrecida zona do noroeste da Colômbia, alertou a Anistia Internacional (AI).
No departamento de Chocó "persistem casos de deslocamentos forçados coletivos, mortes e feridos por minas antipessoais, e assassinatos seletivos que ocorreram após a saída das Farc do território", denunciou a organização humanitária em um relatório publicado nesta quarta-feira em Bogotá.
Diante do desarme de 7.000 combatentes da ex-guerrilha, o vazio foi ocupado pela forte presença dos rebeldes do ELN, em diálogos com o governo, e "a reacomodação de estruturas paramilitares" desarmadas em 2006, adverte a AI.
Mesmo com o acordo "ainda resta muito a fazer para que o processo de paz suponha alguma diferença real na vida das pessoas", disse Salil Shetty, secretário-geral da AI, de visita à Colômbia para a apresentação do relatório.
De acordo com a AI, ao longo deste ano seis líderes comunitários foram assassinados em Chocó.
Em todo o país 92 defensores de direitos humanos foram mortos nos últimos nove meses, convertendo a Colômbia no segundo lugar mais perigoso para essa atividade no mundo, atrás apenas do Brasil, assinalou Shetty.
A maioria dos 600.000 habitantes de Chocó, o departamento mais pobre do país, são afrodescendentes e índios, os grupos historicamente mais atingidos pela guerra interna na Colômbia.
Essas comunidades "não sentiram a paz (...). Precisam ver os benefícios", destacou Shetty.
Além do componente étnico, a Anistia Internacional priorizou Chocó "por ser um território que esteve em constante disputa pelos atores armados", com um balanço de vítimas civis que "ainda esperam a garantia de seus direitos à verdade, à justiça, à reparação, assim como o direito a não repetição", diz o relatório.
Nesse sentido, o organismo recomenda ao Estado desmantelar todos os grupos paramilitares, reparar as vítimas, prevenir deslocamentos e proteger os líderes comunitários, entre outras medidas.
Cerca de 60% dos habitantes de Chocó são vítimas documentadas do conflito e 80% vivem na pobreza extrema, segundo dados oficiais.
No departamento de Chocó "persistem casos de deslocamentos forçados coletivos, mortes e feridos por minas antipessoais, e assassinatos seletivos que ocorreram após a saída das Farc do território", denunciou a organização humanitária em um relatório publicado nesta quarta-feira em Bogotá.
Diante do desarme de 7.000 combatentes da ex-guerrilha, o vazio foi ocupado pela forte presença dos rebeldes do ELN, em diálogos com o governo, e "a reacomodação de estruturas paramilitares" desarmadas em 2006, adverte a AI.
Mesmo com o acordo "ainda resta muito a fazer para que o processo de paz suponha alguma diferença real na vida das pessoas", disse Salil Shetty, secretário-geral da AI, de visita à Colômbia para a apresentação do relatório.
De acordo com a AI, ao longo deste ano seis líderes comunitários foram assassinados em Chocó.
Em todo o país 92 defensores de direitos humanos foram mortos nos últimos nove meses, convertendo a Colômbia no segundo lugar mais perigoso para essa atividade no mundo, atrás apenas do Brasil, assinalou Shetty.
A maioria dos 600.000 habitantes de Chocó, o departamento mais pobre do país, são afrodescendentes e índios, os grupos historicamente mais atingidos pela guerra interna na Colômbia.
Essas comunidades "não sentiram a paz (...). Precisam ver os benefícios", destacou Shetty.
Além do componente étnico, a Anistia Internacional priorizou Chocó "por ser um território que esteve em constante disputa pelos atores armados", com um balanço de vítimas civis que "ainda esperam a garantia de seus direitos à verdade, à justiça, à reparação, assim como o direito a não repetição", diz o relatório.
Nesse sentido, o organismo recomenda ao Estado desmantelar todos os grupos paramilitares, reparar as vítimas, prevenir deslocamentos e proteger os líderes comunitários, entre outras medidas.
Cerca de 60% dos habitantes de Chocó são vítimas documentadas do conflito e 80% vivem na pobreza extrema, segundo dados oficiais.
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