Igreja espanhola critica declaração de independência catalã
Barcelona, 27 Nov 2017 (AFP) - A Igreja espanhola assegurou nesta segunda-feira (27) que a declaração de independência da Catalunha, anunciada em 27 de outubro, foi um "feito grave e perturbador", e pediu aos clérigos - especialmente os catalães - que renunciem à militância política.
Um porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) transmitiu à imprensa a mensagem de seu presidente, o cardeal Ricardo Blázquez Pérez, na assembleia plenária dos cardeais e bispos ocorrida na semana anterior.
"O cardeal presidente assinalou - o cito textualmente - que a declaração de ruptura é um feito grave e perturbador de nossa convivência que vai além das discrepâncias entre as formações políticas", explicou seu porta-voz, José María Gil Tamayo.
"Apoiamos o restabelecimento da ordem constitucional porque é o bem comum", acrescentou o porta-voz um mês depois da tomada de controle da Catalunha por parte do governo espanhol do conservador Mariano Rajoy.
A "República Catalã", proclamada com o apoio de 70 dos 135 deputados, não foi à frente e, poucas horas depois, o poder central tomou a administração regional e destituiu o governo catalão independentista, cujo presidente, Carles Puigdemont, viajou para Bruxelas.
O porta-voz eclesiástico argumentou que os bispos e padres devem favorecer "a convivência pacífica dos cidadãos renunciando (...) a ações políticas concretas que diminuam a sua missão de pastor de todos".
A Igreja também pediu o "esforço de todos pela coesão social na vida pública, na vida familiar e na vida eclesial", especialmente visando as eleições regionais convocadas na Catalunha para 21 de dezembro, insistindo na necessidade de uma "reconciliação".
Muitos clérigos na Catalunha se posicionaram durante a crise política vivida pelos dirigentes independentistas da região com o poder central.
O padre superior da abadia de Montserrat, o abade Josep Maria Soler, se pronunciou em diferentes ocasiões pelo direito de autodeterminação da região.
O monastério beneditino, construído na Idade Média em cima de uma montanha próxima a Barcelona, é o centro espiritual da região e reduto da identidade catalã.
Além disso, mais de 400 padres e diáconos catalães assinaram recentemente um manifesto a favor da realização do referendo proibido de 1º de outubro sobre a independência.
Segundo a imprensa espanhola, o governo de Rajoy se queixou com o Vaticano sobre este caso.
Um porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) transmitiu à imprensa a mensagem de seu presidente, o cardeal Ricardo Blázquez Pérez, na assembleia plenária dos cardeais e bispos ocorrida na semana anterior.
"O cardeal presidente assinalou - o cito textualmente - que a declaração de ruptura é um feito grave e perturbador de nossa convivência que vai além das discrepâncias entre as formações políticas", explicou seu porta-voz, José María Gil Tamayo.
"Apoiamos o restabelecimento da ordem constitucional porque é o bem comum", acrescentou o porta-voz um mês depois da tomada de controle da Catalunha por parte do governo espanhol do conservador Mariano Rajoy.
A "República Catalã", proclamada com o apoio de 70 dos 135 deputados, não foi à frente e, poucas horas depois, o poder central tomou a administração regional e destituiu o governo catalão independentista, cujo presidente, Carles Puigdemont, viajou para Bruxelas.
O porta-voz eclesiástico argumentou que os bispos e padres devem favorecer "a convivência pacífica dos cidadãos renunciando (...) a ações políticas concretas que diminuam a sua missão de pastor de todos".
A Igreja também pediu o "esforço de todos pela coesão social na vida pública, na vida familiar e na vida eclesial", especialmente visando as eleições regionais convocadas na Catalunha para 21 de dezembro, insistindo na necessidade de uma "reconciliação".
Muitos clérigos na Catalunha se posicionaram durante a crise política vivida pelos dirigentes independentistas da região com o poder central.
O padre superior da abadia de Montserrat, o abade Josep Maria Soler, se pronunciou em diferentes ocasiões pelo direito de autodeterminação da região.
O monastério beneditino, construído na Idade Média em cima de uma montanha próxima a Barcelona, é o centro espiritual da região e reduto da identidade catalã.
Além disso, mais de 400 padres e diáconos catalães assinaram recentemente um manifesto a favor da realização do referendo proibido de 1º de outubro sobre a independência.
Segundo a imprensa espanhola, o governo de Rajoy se queixou com o Vaticano sobre este caso.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.