Agressões sexuais em comunidade da Lapônia provocam grande comoção
Oslo, 28 Nov 2017 (AFP) - A polícia da Noruega anunciou nesta terça-feira a descoberta de mais de 150 casos de agressões sexuais, incluindo crianças, em uma pequena comunidade da Lapônia, revelações que provocaram uma grande comoção no país.
As autoridades abriram uma investigação após a publicação em junho de 2016 no jornal Verdens Gang (VG) dos relatos de 11 mulheres e homens que afirmaram ter sido agredidos sexualmente em Tysfjord, localidade de menos de 2.000 habitantes situada ao norte do círculo polar ártico.
Em um relatório publicado nesta terça-feira, a polícia afirma que descobriu 151 casos de agressões sexuais, 43 deles estupros. A maioria prescreveu - o mais antigo aconteceu em 1953.
A polícia identificou 82 vítimas, de entre 4 e 75 anos, e 92 suspeitos, muitos deles integrantes da comunidade sami da Lapônia e do laestadianismo, um braço conservador do protestantismo.
"A polícia não tem nenhum motivo para afirmar que o grupo étnico ou as crenças religiosas em si possam explicar estas agressões", declarou a delegada Tone Vangen em uma entrevista coletiva.
Mas ela destacou que os "mecanismos próprios destas comunidades fizeram com que as coisas não chegassem facilmente à superfície".
A delegada citou o arrependimento ante as autoridades religiosas, ao invés das judiciais, e uma "necessidade forte de fechar fileiras na família em uma situação na qual você sente que a sociedade norueguesa te olha com desprezo".
As autoridades abriram uma investigação após a publicação em junho de 2016 no jornal Verdens Gang (VG) dos relatos de 11 mulheres e homens que afirmaram ter sido agredidos sexualmente em Tysfjord, localidade de menos de 2.000 habitantes situada ao norte do círculo polar ártico.
Em um relatório publicado nesta terça-feira, a polícia afirma que descobriu 151 casos de agressões sexuais, 43 deles estupros. A maioria prescreveu - o mais antigo aconteceu em 1953.
A polícia identificou 82 vítimas, de entre 4 e 75 anos, e 92 suspeitos, muitos deles integrantes da comunidade sami da Lapônia e do laestadianismo, um braço conservador do protestantismo.
"A polícia não tem nenhum motivo para afirmar que o grupo étnico ou as crenças religiosas em si possam explicar estas agressões", declarou a delegada Tone Vangen em uma entrevista coletiva.
Mas ela destacou que os "mecanismos próprios destas comunidades fizeram com que as coisas não chegassem facilmente à superfície".
A delegada citou o arrependimento ante as autoridades religiosas, ao invés das judiciais, e uma "necessidade forte de fechar fileiras na família em uma situação na qual você sente que a sociedade norueguesa te olha com desprezo".
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