Veja quem são os negociadores da paz na Síria
Beirute, 28 Nov 2017 (AFP) - A ONU retomou nesta terça-feira (28) as negociações de paz sobre a Síria em Genebra. Veja a seguir quem são os principais atores que participam da nova rodada de diálogos.
- O governo -Desde o início das negociações em Genebra, em 2014, o governo sírio é representando por uma delegação de responsáveis políticos, hoje liderados por Bashar Jaafari, o representante permanente de Damasco na ONU.
O governo controla atualmente 55% do país. Graças ao apoio da aviação russa, conseguiu retomar extensos territórios dos rebeldes e dos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI).
Nestas condições, vários países ocidentais que exigiam a saída do presidente Bashar al-Assad no início do conflito se mostram agora mais prudentes.
A delegação do governo sempre rechaçou de forma categórica a renúncia de Assad, e considera que o futuro do presidente tem que ser decidido mediante uma votação dos sírios.
Sempre propôs um governo de "união", que não colocaria o regime sob suspeita.
Em Genebra seus objetivos se centrarão em uma revisão da Constituição e na organização de eleições parlamentares.
Até a data, as negociações com a oposição foram feitas de maneira indireta. O governo se nega a sentar à mesma mesa que os dissidentes, os quais reprovam sua falta de unidade, e qualifica alguns deles como "terroristas".
Na segunda-feira, o governo não esclareceu se participará da nova rodada de negociações. "O governo ainda não confirmou a sua participação nas negociações de Genebra", declarou o emissário da ONU Staffan de Mistura, acrescentando que esperava sua chegada "em breve".
- A oposição -Há quase dois anos a oposição era representada em Genebra pelo Alto Comitê de Negociações (HCN), que reunia principalmente a Coalizão Nacional, primeira força da oposição no exílio, e os representantes dos rebeldes armados que controlam certas regiões do país.
Criado em dezembro de 2015 em Riad, o HCN sempre exigiu a saída de Assad antes do início de um período de transição sob a direção de um corpo executivo com plenos poderes.
Apoiado por Arábia Saudita e Estados Unidos, o HCN se considera o único representante legítimo da "revolução" do povo sírio.
No entanto, outras formações da oposição participam das negociações, como o "Grupo do Cairo" e o "Grupo de Moscou", acusados pelo HCN de serem mais conciliadores em relação a Assad.
Em 22 de novembro, a oposição se reuniu em Riad e criou um comitê de 36 membros que engloba pela primeira vez todas as tendências da oposição.
Este comitê é formado por oito membros da Coalizão Nacional, quatro do "Grupo do Cairo", quatro do "Grupo de Moscou" e sete representantes dos rebeldes.
Esta delegação da oposição será comandada por Nasr Hariri, experiente nas negociações de paz.
Esta instância diz estar disposta a realizar negociações diretas com o governo, embora continue pedindo a saída de Assad, uma condição que já fez o "Grupo de Moscou" expressar suas reservas.
- Staffan de Mistura -O enviado especial da ONU é um veterano diplomata cujo "otimismo crônico" se choca há mais de três anos com o obstáculo do conflito sírio.
Este ítalo-sueco recebeu em junho de 2014 a "missão impossível" - nas palavras do ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon - de encontrar uma solução pacífica ao conflito, que começou há seis anos.
De Mistura, de 70 anos, trabalha para a ONU há mais de quatro décadas em inúmeras regiões em crise, como Líbano, Somália, Sudão, Ruanda e os Bálcãs.
Desde 2016, conseguiu que os representantes do governo sírio e da oposição se encontrassem em Genebra em sete ocasiões.
O diplomata poliglota é um homem de ação. Em plena batalha de Aleppo, segunda cidade do país reconquistada integralmente pelo governo em dezembro, o enviado da ONU propôs viajar pessoalmente à cidade para garantir aos rebeldes um salvo-conduto se aceitassem se retirar dos bairros sob o seu controle. Os extremistas negaram a proposta.
- O governo -Desde o início das negociações em Genebra, em 2014, o governo sírio é representando por uma delegação de responsáveis políticos, hoje liderados por Bashar Jaafari, o representante permanente de Damasco na ONU.
O governo controla atualmente 55% do país. Graças ao apoio da aviação russa, conseguiu retomar extensos territórios dos rebeldes e dos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI).
Nestas condições, vários países ocidentais que exigiam a saída do presidente Bashar al-Assad no início do conflito se mostram agora mais prudentes.
A delegação do governo sempre rechaçou de forma categórica a renúncia de Assad, e considera que o futuro do presidente tem que ser decidido mediante uma votação dos sírios.
Sempre propôs um governo de "união", que não colocaria o regime sob suspeita.
Em Genebra seus objetivos se centrarão em uma revisão da Constituição e na organização de eleições parlamentares.
Até a data, as negociações com a oposição foram feitas de maneira indireta. O governo se nega a sentar à mesma mesa que os dissidentes, os quais reprovam sua falta de unidade, e qualifica alguns deles como "terroristas".
Na segunda-feira, o governo não esclareceu se participará da nova rodada de negociações. "O governo ainda não confirmou a sua participação nas negociações de Genebra", declarou o emissário da ONU Staffan de Mistura, acrescentando que esperava sua chegada "em breve".
- A oposição -Há quase dois anos a oposição era representada em Genebra pelo Alto Comitê de Negociações (HCN), que reunia principalmente a Coalizão Nacional, primeira força da oposição no exílio, e os representantes dos rebeldes armados que controlam certas regiões do país.
Criado em dezembro de 2015 em Riad, o HCN sempre exigiu a saída de Assad antes do início de um período de transição sob a direção de um corpo executivo com plenos poderes.
Apoiado por Arábia Saudita e Estados Unidos, o HCN se considera o único representante legítimo da "revolução" do povo sírio.
No entanto, outras formações da oposição participam das negociações, como o "Grupo do Cairo" e o "Grupo de Moscou", acusados pelo HCN de serem mais conciliadores em relação a Assad.
Em 22 de novembro, a oposição se reuniu em Riad e criou um comitê de 36 membros que engloba pela primeira vez todas as tendências da oposição.
Este comitê é formado por oito membros da Coalizão Nacional, quatro do "Grupo do Cairo", quatro do "Grupo de Moscou" e sete representantes dos rebeldes.
Esta delegação da oposição será comandada por Nasr Hariri, experiente nas negociações de paz.
Esta instância diz estar disposta a realizar negociações diretas com o governo, embora continue pedindo a saída de Assad, uma condição que já fez o "Grupo de Moscou" expressar suas reservas.
- Staffan de Mistura -O enviado especial da ONU é um veterano diplomata cujo "otimismo crônico" se choca há mais de três anos com o obstáculo do conflito sírio.
Este ítalo-sueco recebeu em junho de 2014 a "missão impossível" - nas palavras do ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon - de encontrar uma solução pacífica ao conflito, que começou há seis anos.
De Mistura, de 70 anos, trabalha para a ONU há mais de quatro décadas em inúmeras regiões em crise, como Líbano, Somália, Sudão, Ruanda e os Bálcãs.
Desde 2016, conseguiu que os representantes do governo sírio e da oposição se encontrassem em Genebra em sete ocasiões.
O diplomata poliglota é um homem de ação. Em plena batalha de Aleppo, segunda cidade do país reconquistada integralmente pelo governo em dezembro, o enviado da ONU propôs viajar pessoalmente à cidade para garantir aos rebeldes um salvo-conduto se aceitassem se retirar dos bairros sob o seu controle. Os extremistas negaram a proposta.
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