Mais de 400 soldados americanos deixam Raqa para voltar aos EUA
Washington, 30 Nov 2017 (AFP) - Mais de 400 soldados americanos do Corpo de Marines deixarão Raqa depois de terem ajudado a aliança curdo-árabe a expulsar o grupo Estado Islâmico (EI) dessa cidade síria, anunciou nesta quinta-feira (30) a coalizão internacional antijihadista.
"Com a liberação da cidade (...) a unidade recebeu a ordem de regressar a casa. Sua importância foi anulada", informou a coalizão em comunicado.
O diretor de operações da coalizão, o general Jonathan Braga, disse que esta decisão demonstra "um sinal real de progresso" depois de que os combatentes do EI controlaram grandes zonas na Síria e Iraque, agora reduzidas a pequenos redutos.
"Retiramos forças de combate onde tem sentido fazer isso, mas mantemos nossos esforços para ajudar nossos parceiros sírios e iraquianos a manter a segurança", explicou Braga.
Uma aliança de combatentes curdos e árabes junto com as Forças Democráticas Sírias (SDF) retomaram o controle de Raqa em 17 de outubro, após uma violenta batalha que contou com o apoio da artilharia e da força aérea da coalizão, liderada pelos Estados Unidos.
O grupo internacional começou a lutar contra os extremistas em 2014 e atualmente continua apoiando a milícia nas operações que se desenvolvem nas proximidades da província de Deir Ezzor.
O regime sírio, apoiado pelo governo russo, realiza uma ofensiva em separado na mesma região.
As operações já não estão centradas em recuperar terreno, e sim em enfrentar a insurgência, motivo pelo qual a necessidade de contar com a artilharia pesada diminuiu, apontou o porta-voz do Pentágono, o major Adrian Rankine-Galloway.
O objetivo agora é "treinar as forças locais para defenderem seus territórios", apontou.
Após a recaptura de Raqa, a Turquia pressionou para reduzir o número de bombardeios da coalizão e os Estados Unidos prometeram "ajustar o apoio militar" oferecido pelo SDF.
Fontes oficiais curdas têm insistido, contudo, que a cooperação entre ambos os lados continuará.
Os Estados Unidos, de sua vez, esclareceram que a coalizão não prevê terminar sua missão até que seja alcançado um acordo de paz na Síria, onde morreram cerca de 340.000 pessoas em seis anos de guerra civil.
Paralelamente, a coalizão informou nesta quinta-feira que 801 civis morreram de forma involuntária em mais de 28.000 bombardeios e que está investigando 695 incidentes denunciados.
O grupo independente Airwars afirma entretanto que quase 6.000 pessoas inocentes morreram nessas operações.
O futuro é complexo: o presidente sírio, Bashar al Assad e seus aliados Rússia e Irã são superiores no nível militar, mas a via diplomática para encontrar uma solução tem dificuldades para avançar.
Genebra acolhe atualmente uma nova rodada de negociações promovidas pela ONU.
rh-tgg/wat/spc/yow/cc
"Com a liberação da cidade (...) a unidade recebeu a ordem de regressar a casa. Sua importância foi anulada", informou a coalizão em comunicado.
O diretor de operações da coalizão, o general Jonathan Braga, disse que esta decisão demonstra "um sinal real de progresso" depois de que os combatentes do EI controlaram grandes zonas na Síria e Iraque, agora reduzidas a pequenos redutos.
"Retiramos forças de combate onde tem sentido fazer isso, mas mantemos nossos esforços para ajudar nossos parceiros sírios e iraquianos a manter a segurança", explicou Braga.
Uma aliança de combatentes curdos e árabes junto com as Forças Democráticas Sírias (SDF) retomaram o controle de Raqa em 17 de outubro, após uma violenta batalha que contou com o apoio da artilharia e da força aérea da coalizão, liderada pelos Estados Unidos.
O grupo internacional começou a lutar contra os extremistas em 2014 e atualmente continua apoiando a milícia nas operações que se desenvolvem nas proximidades da província de Deir Ezzor.
O regime sírio, apoiado pelo governo russo, realiza uma ofensiva em separado na mesma região.
As operações já não estão centradas em recuperar terreno, e sim em enfrentar a insurgência, motivo pelo qual a necessidade de contar com a artilharia pesada diminuiu, apontou o porta-voz do Pentágono, o major Adrian Rankine-Galloway.
O objetivo agora é "treinar as forças locais para defenderem seus territórios", apontou.
Após a recaptura de Raqa, a Turquia pressionou para reduzir o número de bombardeios da coalizão e os Estados Unidos prometeram "ajustar o apoio militar" oferecido pelo SDF.
Fontes oficiais curdas têm insistido, contudo, que a cooperação entre ambos os lados continuará.
Os Estados Unidos, de sua vez, esclareceram que a coalizão não prevê terminar sua missão até que seja alcançado um acordo de paz na Síria, onde morreram cerca de 340.000 pessoas em seis anos de guerra civil.
Paralelamente, a coalizão informou nesta quinta-feira que 801 civis morreram de forma involuntária em mais de 28.000 bombardeios e que está investigando 695 incidentes denunciados.
O grupo independente Airwars afirma entretanto que quase 6.000 pessoas inocentes morreram nessas operações.
O futuro é complexo: o presidente sírio, Bashar al Assad e seus aliados Rússia e Irã são superiores no nível militar, mas a via diplomática para encontrar uma solução tem dificuldades para avançar.
Genebra acolhe atualmente uma nova rodada de negociações promovidas pela ONU.
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