Cultivos de coca no Peru aumentaram 9% em 2016
Lima, 5 dez 2017 (AFP) - Os cultivos de folha de coca no Peru, o segundo maior produtor mundial da planta, matéria-prima da cocaína, aumentaram 9% em 2016 em relação ao ano anterior, para 43.900 hectares, segundo um relatório do governo peruano e da ONU, divulgado nesta terça-feira (5).
"É a taxa mais baixa da região andina, onde [o plantio] subiu 36%", disse em coletiva de imprensa Kristian Hoelge, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
A cifra peruana se compara aos 52% de aumento de cultivos registrados na Colômbia, o maior produtor mundial de coca, e do terceiro, a Bolívia, onde aumentou 14%, segundo reportou anteriormente o UNODC.
Em comparação com os países vizinhos, "isso nos leva a pensar que contivemos, estamos contendo, o narcotráfico", disse a presidente executiva da peruana Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Vida Sem Drogas (Devida), Carmen Masías.
O relatório, elaborado pela Devida e pelo UNODC, detecta, no entanto, um aumento de 25% de cultivos de coca nas zonas naturais protegidas. O Peru tem o segundo maior território amazônico da América do Sul, depois do Brasil.
O VRAEM, acrônimo para Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro, continua sendo o maior centro de cultivo de coca do Peru, representando 46% de todos os semeadouros da planta no país.
"O VRAEM não é somente o local com a maior quantidade de folha de coca, como o que mais fornece folha ao tráfico de drogas", acrescentou Hoelge sobre este insumo-chave para a preparação de cocaína.
No VRAEM são protegidos os remanescentes da guerrilha maoísta Sendero Luminoso que, segundo a Polícia, funcionam como sicários dos traficantes.
Os confrontos e as emboscadas são constantes nesse setor, em meio a um plano do governo para recuperar o controle do vale.
De acordo com o UNODC, a pasta básica de cocaína foi vendida no ano passado a 847 dólares o quilo no Peru, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. A cocaína, no entanto, aumentou em 14%, a 1.289 dólares o quilo. Em ambos os casos se deu devido a uma maior demanda internacional.
No Peru, assim como em alguns de seus vizinhos, o uso da folha de coca é ancestral e místico, pois era utilizada por seus antepassados incas. Somente duas áreas no país - La Convención e Lares (Cusco), no sul - produzem folha para o consumo tradicional, segundo as autoridades.
De acordo com cifras oficiais, 13 dos 24 departamentos (estados) do Peru produzem coca.
"É a taxa mais baixa da região andina, onde [o plantio] subiu 36%", disse em coletiva de imprensa Kristian Hoelge, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
A cifra peruana se compara aos 52% de aumento de cultivos registrados na Colômbia, o maior produtor mundial de coca, e do terceiro, a Bolívia, onde aumentou 14%, segundo reportou anteriormente o UNODC.
Em comparação com os países vizinhos, "isso nos leva a pensar que contivemos, estamos contendo, o narcotráfico", disse a presidente executiva da peruana Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Vida Sem Drogas (Devida), Carmen Masías.
O relatório, elaborado pela Devida e pelo UNODC, detecta, no entanto, um aumento de 25% de cultivos de coca nas zonas naturais protegidas. O Peru tem o segundo maior território amazônico da América do Sul, depois do Brasil.
O VRAEM, acrônimo para Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro, continua sendo o maior centro de cultivo de coca do Peru, representando 46% de todos os semeadouros da planta no país.
"O VRAEM não é somente o local com a maior quantidade de folha de coca, como o que mais fornece folha ao tráfico de drogas", acrescentou Hoelge sobre este insumo-chave para a preparação de cocaína.
No VRAEM são protegidos os remanescentes da guerrilha maoísta Sendero Luminoso que, segundo a Polícia, funcionam como sicários dos traficantes.
Os confrontos e as emboscadas são constantes nesse setor, em meio a um plano do governo para recuperar o controle do vale.
De acordo com o UNODC, a pasta básica de cocaína foi vendida no ano passado a 847 dólares o quilo no Peru, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. A cocaína, no entanto, aumentou em 14%, a 1.289 dólares o quilo. Em ambos os casos se deu devido a uma maior demanda internacional.
No Peru, assim como em alguns de seus vizinhos, o uso da folha de coca é ancestral e místico, pois era utilizada por seus antepassados incas. Somente duas áreas no país - La Convención e Lares (Cusco), no sul - produzem folha para o consumo tradicional, segundo as autoridades.
De acordo com cifras oficiais, 13 dos 24 departamentos (estados) do Peru produzem coca.
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