Para Kirchner, pedido de prisão é excesso que viola Estado de direito
Buenos Aires, 7 dez 2017 (AFP) - A ex-presidente e senadora argentina Cristina Kirchner afirmou nesta quinta-feira (7) que o pedido de suspensão do foro privilegiado e prisão ordenado por um juiz contra ela é "um verdadeiro excesso" que "viola o Estado de direito".
A ex-chefe de Estado assegurou em coletiva de imprensa que o presidente Mauricio Macri "é o máximo e verdadeiro encarregado de uma organização política e judicial para perseguir a oposição", e considerou que a acusação de "traição à pátria" contra ela é "um insulto à inteligência dos argentinos".
O juiz federal Claudio Bonadio pediu nesta quinta-feira a prisão preventiva de Kirchner (2007-2015) por orquestrar um plano para tentar encobrir ex-funcionários de alto escalão iranianos acusados de responsabilidade pelo atentado ao centro judeu AMIA, que deixou 85 mortos e 300 feridos em Buenos Aires em 1994.
A ex-presidente, de 64 anos, qualificou de "inventada" a ação contra ela, durante a coletiva concedida a jornalistas acompanhada por dezenas de legisladores e dirigentes políticos afins em uma sala da Câmara dos Deputados.
A senadora, que acaba de prestar juramento ao cargo e assume na próxima semana, denunciou uma "perseguição política da oposição, inédita em tempos democráticos".
Kirchner disse que a assinatura de um memorando com o Irã em 2012, aprovado pelo Congresso, que buscava interrogar os acusados em Teerã e montar uma comissão investigadora com especialistas internacionais, foi "um ato de política exterior não julgável".
"Do ponto de vista jurídico é um despropósito, um verdadeiro excesso", insistiu. Trata-se de um caso judicial "montado e inventado", afirmou.
Kirchner disse que "possivelmente" irá recorrer a algum tribunal internacional.
"O que realmente foi acordado (em 2012 com o Irã) foi conseguir que eles pudessem interrogar os que eram acusados de terem participado do atentado contra a AMIA", declarou.
"Já se passaram 23 anos e não há nenhum preso por isso. Nesse momento o caso estava absolutamente paralisado porque o Irã não extradita pessoas de sua nação. O que fizemos foi agir no marco do direito internacional", acrescentou.
Segundo Kirchner, a decisão do juiz está diretamente relacionada com o fato de que o seu mandato no Senado começará na segunda-feira.
"Acredito que esteja diretamente ligado com a minha eleição como senadora, fundamentalmente pelo papel que alguns acham que posso desenvolver, porque sou um voto e posso ter um grupo de senadores que me acompanham", assinalou.
"Me querem calada e com a espada de Dâmocles no meu pescoço". E advertiu que são "pressões, ameaças e intimidações que não terão resultados".
Kirchner lembrou que a primeira intimação de Bonadio foi em abril de 2016, mas sua prisão nunca foi pedida até três dias após jurar.
A ex-chefe de Estado assegurou em coletiva de imprensa que o presidente Mauricio Macri "é o máximo e verdadeiro encarregado de uma organização política e judicial para perseguir a oposição", e considerou que a acusação de "traição à pátria" contra ela é "um insulto à inteligência dos argentinos".
O juiz federal Claudio Bonadio pediu nesta quinta-feira a prisão preventiva de Kirchner (2007-2015) por orquestrar um plano para tentar encobrir ex-funcionários de alto escalão iranianos acusados de responsabilidade pelo atentado ao centro judeu AMIA, que deixou 85 mortos e 300 feridos em Buenos Aires em 1994.
A ex-presidente, de 64 anos, qualificou de "inventada" a ação contra ela, durante a coletiva concedida a jornalistas acompanhada por dezenas de legisladores e dirigentes políticos afins em uma sala da Câmara dos Deputados.
A senadora, que acaba de prestar juramento ao cargo e assume na próxima semana, denunciou uma "perseguição política da oposição, inédita em tempos democráticos".
Kirchner disse que a assinatura de um memorando com o Irã em 2012, aprovado pelo Congresso, que buscava interrogar os acusados em Teerã e montar uma comissão investigadora com especialistas internacionais, foi "um ato de política exterior não julgável".
"Do ponto de vista jurídico é um despropósito, um verdadeiro excesso", insistiu. Trata-se de um caso judicial "montado e inventado", afirmou.
Kirchner disse que "possivelmente" irá recorrer a algum tribunal internacional.
"O que realmente foi acordado (em 2012 com o Irã) foi conseguir que eles pudessem interrogar os que eram acusados de terem participado do atentado contra a AMIA", declarou.
"Já se passaram 23 anos e não há nenhum preso por isso. Nesse momento o caso estava absolutamente paralisado porque o Irã não extradita pessoas de sua nação. O que fizemos foi agir no marco do direito internacional", acrescentou.
Segundo Kirchner, a decisão do juiz está diretamente relacionada com o fato de que o seu mandato no Senado começará na segunda-feira.
"Acredito que esteja diretamente ligado com a minha eleição como senadora, fundamentalmente pelo papel que alguns acham que posso desenvolver, porque sou um voto e posso ter um grupo de senadores que me acompanham", assinalou.
"Me querem calada e com a espada de Dâmocles no meu pescoço". E advertiu que são "pressões, ameaças e intimidações que não terão resultados".
Kirchner lembrou que a primeira intimação de Bonadio foi em abril de 2016, mas sua prisão nunca foi pedida até três dias após jurar.
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