Palestinos pressionam por resolução sobre Jerusalém na ONU

Nações Unidas, Estados Unidos, 13 dez 2017 (AFP) - Diplomatas palestinos pressionam para que o Conselho de Segurança da ONU vote um projeto de resolução que rejeite a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, apesar do eventual veto dos Estados Unidos, informaram fontes diplomáticas nesta quarta-feira.

O embaixador palestino, Riyad Mansour, que tem status de observador na ONU, disse à AFP que o texto exortará os Estados Unidos a anular sua decisão sobre Jerusalém.

Segundo fontes diplomáticas, o Egito estaria encarregado de fazer circular um projeto de resolução entre os membros do Conselho nesta semana.

Mansour declarou na noite de terça-feira que trabalhava em um texto "reafirmando a posição do Conselho de Segurança e pedindo aos Estados Unidos para anular sua decisão".

Os Estados Unidos ficaram isolados no Conselho de Segurança na semana passada, quando os outros 14 membros - incluindo Grã-Bretanha, França e Itália - condenaram sua decisão, que rompe com o consenso internacional sobre Jerusalém.

O status de Jerusalém, cidade sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos, é certamente a questão mais sensível do conflito entre israelenses e palestinos.

Desde a criação do Estado de Israel, em 1948, a comunidade internacional tem evitado reconhecer Jerusalém como sua capital e considera que seu status deve ser negociado.

Em 1980, Israel aprovou o status de Jerusalém como capital "eterna e indivisível" do Estado hebreu, após ocupar a parte oriental da cidade em 1967, durante a guerra dos Seis Dias, e anexá-la depois.

A ONU considera que a mudança de status da cidade deve ser negociado entre as partes.