Viúva do Nobel chinês Liu Xiaobo envia carta desesperada
Pequim, 14 dez 2017 (AFP) - Pessoas próximas ao Prêmio Nobel da Paz chinês Liu Xiaobo, falecido em julho, manifestaram sua preocupação nesta quinta-feira (14) com a saúde de sua viúva, depois da publicação de uma carta com vários indícios de um estado depressivo.
A poetisa Liu Xia, de 56 anos, encontra-se sob constante vigilância da Polícia desde que seu marido foi agraciado com o Nobel em 2010, situação que deflagrou a ira do governo chinês.
Em uma carta escrita na forma de poema e dirigida à ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura 2009, Herta Müller, Liu diz que está "ficando louca".
"Estou muito sozinha / Não tenho direito a falar / De falar forte / Minha vida é como a de uma planta / Estou deitada como um cadáver", desabafa.
O intelectual e dissidente chinês exilado na Alemanha Liao Yiwu, amigo do casal, publicou uma foto da carta em sua conta no Facebook em 9 de dezembro.
"Toma muitos remédios para controlar sua depressão", disse ele por telefone à AFP, falando de Berlim.
O intelectual garantiu que a viúva de Liu Xiaobo enviou o poema "recentemente", sem explicar como conseguiu fazê-lo.
Outro amigo do casal, que pediu para não ser identificado porque mora em Pequim, disse que não consegue entrar em contato com a poetisa desde agosto.
Estados Unidos e União Europeia (UE) pediram ao governo chinês que a deixem em liberdade e a autorizem a viajar para o exterior.
Em 2009, seu marido foi condenado a 11 anos de prisão por "subversão". Em julho, ainda atrás das grades, morreu vítima de um câncer. O governo chinês não cedeu a pedidos de alguns países ocidentais para que ele fosse autorizado a viajar para receber tratamento.
jch/ehl/glr/es/age/tt
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A poetisa Liu Xia, de 56 anos, encontra-se sob constante vigilância da Polícia desde que seu marido foi agraciado com o Nobel em 2010, situação que deflagrou a ira do governo chinês.
Em uma carta escrita na forma de poema e dirigida à ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura 2009, Herta Müller, Liu diz que está "ficando louca".
"Estou muito sozinha / Não tenho direito a falar / De falar forte / Minha vida é como a de uma planta / Estou deitada como um cadáver", desabafa.
O intelectual e dissidente chinês exilado na Alemanha Liao Yiwu, amigo do casal, publicou uma foto da carta em sua conta no Facebook em 9 de dezembro.
"Toma muitos remédios para controlar sua depressão", disse ele por telefone à AFP, falando de Berlim.
O intelectual garantiu que a viúva de Liu Xiaobo enviou o poema "recentemente", sem explicar como conseguiu fazê-lo.
Outro amigo do casal, que pediu para não ser identificado porque mora em Pequim, disse que não consegue entrar em contato com a poetisa desde agosto.
Estados Unidos e União Europeia (UE) pediram ao governo chinês que a deixem em liberdade e a autorizem a viajar para o exterior.
Em 2009, seu marido foi condenado a 11 anos de prisão por "subversão". Em julho, ainda atrás das grades, morreu vítima de um câncer. O governo chinês não cedeu a pedidos de alguns países ocidentais para que ele fosse autorizado a viajar para receber tratamento.
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