Trump se aproxima de importante conquista com reforma fiscal
Washington, 19 dez 2017 (AFP) - O presidente americano, Donald Trump, está prestes a alcançar sua primeira grande vitória política, após a aprovação de sua reforma fiscal pela Câmara de Representantes, que deve ser adotada nesta terça-feira (19) pelo Senado.
Apresentada pelo mandatário como um "presente de Natal" para os americanos, a Câmara dos deputados, com maioria republicana, aprovou nesta terça a reforma por 227 votos contra 203.
Agora, espera-se que o Senado, onde o governo tem uma estreita maioria, adote definitivamente a legislação.
A maioria democrata é unânime na oposição à reforma, mas os republicanos se mostram unidos após semanas de negociações.
"É o exemplo perfeito de uma promessa feita e de uma promessa cumprida", disse Paul Ryan, presidente da Câmara de Representantes.
Apesar da ausência de John McCain, que precisou viajar ao Arizona para o tratamento do câncer, a apertada maioria republicana no Senado deve validar a reforma.
Trump se vinga, assim, do fracasso de derrubar a reforma do sistema de saúde de seu antecessor, Barack Obama, conhecida como "Obamacare", diante da debandada de senadores de seu partido.
A reforma fiscal vai reduzir, a partir de 2018, os tributos federais sobre as empresas e sobre as receitas, a um custo de 1,5 trilhão de dólares para as finanças públicas na próxima década.
Mas Trump espera que a reforma acelere a economia americana além dos atuais 3%, o que geraria novas receitas fiscais.
O Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) aumentou, na semana passada, sua previsão de crescimento de 2,1% para 2,5% em 2018.
"A Bolsa e a economia vão continuar a crescer uma vez que a lei de redução de impostos tenha sido totalmente compreendida e apreciada em seu escopo e volume", disse o presidente na quinta-feira. "Aproveitem e criem excelentes empregos!"
"A reforma fiscal nos levará a 3%" de crescimento, anunciou Paul Ryan.
- Vitória vs. ceticismo -A reforma também deve simplificar o código tributário, para que os americanos possam fazer suas declarações fiscais como uma carta. Mas a promessa não foi mantida, porque os lobbies conseguiram manter alguns impostos que seriam cortados, como a dedução de juros de empréstimos imobiliários.
Embora a redução de tributos seja permanente para as empresas, ela só durará até 2025 para as famílias, devido à ausência de um acordo de longo prazo. Assim, o aumento do poder de compra das famílias vai se deteriorar progressivamente na próxima década, até que se anule para metade delas em 2027, de acordo com o Centro de Política Fiscal.
A adoção da reforma significaria, contudo, uma grande vitória política para Trump. Seu primeiro ano no poder tem sido agitado, com derrotas nas eleições locais nos últimos meses, e altos e baixos nas relações com seus aliados parlamentares, que ele não hesitou em repreender publicamente.
Os republicanos, para quem a reforma é uma prioridade há anos, deixaram de lado suas diferenças, conscientes de que um novo fracasso legislativo garantiria sua derrota nas eleições parlamentares de novembro de 2018, ou até a "morte" do partido, de acordo com a senadora republicana Lindsey Graham.
As pesquisas revelam que os americanos estão céticos: 55% se opõem à reforma, de acordo com um estudo publicado pela CNN, e dois terços acreditam que ela beneficiará mais aos ricos do que à classe média.
"Os resultados vão torná-la popular", afirmou Paul Ryan.
O texto também inclui duas importantes reivindicações dos conservadores: a anulação da multa imposta pelo "Obamacare" àqueles que não possuem seguro de saúde, que serviu para estimular as pessoas a se inscreverem na cobertura; e a abertura das terras protegidas do Alasca para a perfuração petrolífera.
Os democratas consideram a lei um presente para os ricos e para as empresas.
"Lembre-se deste dia", disse Nancy Pelosi, líder da bancada democrata na Câmara baixa, que vê a reforma como "um puro e simples roubo à classe média".
Uma vez que a reforma seja adotada, os legisladores devem dar fim a uma crise orçamentária até a meia-noite desta sexta-feira, com a aprovação de créditos para o governo federal, bem como diversas medidas em saúde, inteligência, catástrofes naturais e imigração.
Mas a oposição democrata vai recuperar sua minoria de bloqueio no Senado e, assim, seu poder de negociação. O debate sobre a reforma tributária, um procedimento especial, dependia apenas de uma maioria simples.
Apresentada pelo mandatário como um "presente de Natal" para os americanos, a Câmara dos deputados, com maioria republicana, aprovou nesta terça a reforma por 227 votos contra 203.
Agora, espera-se que o Senado, onde o governo tem uma estreita maioria, adote definitivamente a legislação.
A maioria democrata é unânime na oposição à reforma, mas os republicanos se mostram unidos após semanas de negociações.
"É o exemplo perfeito de uma promessa feita e de uma promessa cumprida", disse Paul Ryan, presidente da Câmara de Representantes.
Apesar da ausência de John McCain, que precisou viajar ao Arizona para o tratamento do câncer, a apertada maioria republicana no Senado deve validar a reforma.
Trump se vinga, assim, do fracasso de derrubar a reforma do sistema de saúde de seu antecessor, Barack Obama, conhecida como "Obamacare", diante da debandada de senadores de seu partido.
A reforma fiscal vai reduzir, a partir de 2018, os tributos federais sobre as empresas e sobre as receitas, a um custo de 1,5 trilhão de dólares para as finanças públicas na próxima década.
Mas Trump espera que a reforma acelere a economia americana além dos atuais 3%, o que geraria novas receitas fiscais.
O Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) aumentou, na semana passada, sua previsão de crescimento de 2,1% para 2,5% em 2018.
"A Bolsa e a economia vão continuar a crescer uma vez que a lei de redução de impostos tenha sido totalmente compreendida e apreciada em seu escopo e volume", disse o presidente na quinta-feira. "Aproveitem e criem excelentes empregos!"
"A reforma fiscal nos levará a 3%" de crescimento, anunciou Paul Ryan.
- Vitória vs. ceticismo -A reforma também deve simplificar o código tributário, para que os americanos possam fazer suas declarações fiscais como uma carta. Mas a promessa não foi mantida, porque os lobbies conseguiram manter alguns impostos que seriam cortados, como a dedução de juros de empréstimos imobiliários.
Embora a redução de tributos seja permanente para as empresas, ela só durará até 2025 para as famílias, devido à ausência de um acordo de longo prazo. Assim, o aumento do poder de compra das famílias vai se deteriorar progressivamente na próxima década, até que se anule para metade delas em 2027, de acordo com o Centro de Política Fiscal.
A adoção da reforma significaria, contudo, uma grande vitória política para Trump. Seu primeiro ano no poder tem sido agitado, com derrotas nas eleições locais nos últimos meses, e altos e baixos nas relações com seus aliados parlamentares, que ele não hesitou em repreender publicamente.
Os republicanos, para quem a reforma é uma prioridade há anos, deixaram de lado suas diferenças, conscientes de que um novo fracasso legislativo garantiria sua derrota nas eleições parlamentares de novembro de 2018, ou até a "morte" do partido, de acordo com a senadora republicana Lindsey Graham.
As pesquisas revelam que os americanos estão céticos: 55% se opõem à reforma, de acordo com um estudo publicado pela CNN, e dois terços acreditam que ela beneficiará mais aos ricos do que à classe média.
"Os resultados vão torná-la popular", afirmou Paul Ryan.
O texto também inclui duas importantes reivindicações dos conservadores: a anulação da multa imposta pelo "Obamacare" àqueles que não possuem seguro de saúde, que serviu para estimular as pessoas a se inscreverem na cobertura; e a abertura das terras protegidas do Alasca para a perfuração petrolífera.
Os democratas consideram a lei um presente para os ricos e para as empresas.
"Lembre-se deste dia", disse Nancy Pelosi, líder da bancada democrata na Câmara baixa, que vê a reforma como "um puro e simples roubo à classe média".
Uma vez que a reforma seja adotada, os legisladores devem dar fim a uma crise orçamentária até a meia-noite desta sexta-feira, com a aprovação de créditos para o governo federal, bem como diversas medidas em saúde, inteligência, catástrofes naturais e imigração.
Mas a oposição democrata vai recuperar sua minoria de bloqueio no Senado e, assim, seu poder de negociação. O debate sobre a reforma tributária, um procedimento especial, dependia apenas de uma maioria simples.
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