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Explosão em supermercado em São Petersburgo deixa ao menos dez feridos

27/12/2017 17h22

Moscou, 27 dez 2017 (AFP) - Pelo menos dez pessoas ficaram feridas nesta quarta-feira (27) numa explosão em um supermercado de São Petersburgo (noroeste), anunciou a polícia da segunda maior cidade da Rússia.

As causas da explosão ainda não foram esclarecidas.

"Uma detonação aconteceu por volta das 18h30 (13h30 de Brasília) em um supermercado na avenida Kondratiev, em São Petersburgo. De acordo com as primeiras informações, há vários feridos", indicou a polícia em um breve comunicado.

"As circunstâncias do incidente estão sendo estudadas", acrescenta.

"Dez pessoas foram hospitalizadas, mas estão fora de perigo", afirmou um funcionário do Comitê de Investigação, Alexandre Klaus, citado pelas agências de notícias russas TASS e Interfax.

Entre os hospitalizados, um está gravemente ferido, disse à AFP uma fonte dos serviços de saúde.

Uma investigação foi aberta por "tentativa de homicídio", segundo a mesma fonte, mas todas hipóteses estão sendo consideradas.

"Um artefato explosivo artesanal com potência equivalente a 200 gramas de TNT cheio de fragmentos letais detonou" no estabelecimento, disse a porta-voz do Comitê de Investigação, Svetlana Petrenko.

As autoridades indicaram não descartar nenhuma pista, mas, por ora, não abriram formalmente um procedimento de atentado terrorista.

São Petersburgo sofreu um atentado no metrô que deixou 16 mortos e dezenas de feridos em 3 de abril deste ano. O ataque foi reivindicado por um grupo pouco conhecido ligado à rede Al Qaeda.

Em meados de dezembro, os serviços de segurança russos anunciaram o desmantelamento de uma célula do grupo extremista Estado Islâmico (EI) que pretendia cometer atentados no dia 16 em São Petersburgo, especificamente na catedral turística de Nossa Senhora de Kazán.

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao seu equivalente americana, Donald Trump, para "lhe agradecer" pelas informações transmitidas pela CIA, que impediram ataques.

A Rússia foi ameaçadas em diversas ocasiões pelo grupo EI e pelo braço sírio da Al Qaeda desde o começo de sua intervenção militar na Síria, em 30 de setembro de 2015.

Depois que Putin anunciou, em meados deste mês, uma retirada parcial das tropas russas da Síria, os serviços de segurança disseram temer uma chegada de extremistas do país em guerra.