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Prorrogada prisão de jovem palestina que agrediu soldados israelenses

29/12/2017 00h19

Tribunal militar de Ofer , Territoires palestiniens, 29 dez 2017 (AFP) - Um tribunal militar israelense decidiu prorrogar, nesta quinta-feira, a prisão preventiva de uma adolescente palestina que se tornou um símbolo da luta contra a ocupação após a difusão de um vídeo no qual agride um grupo de soldados do Exército hebreu.

O tribunal de Ofer, na região de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, decidiu manter a prisão preventiva, até a próxima segunda-feira, de Ahed Tamimi, 16 anos, e sua mãe, Nariman, 43, informou um porta-voz do Exército.

Dezenas de palestinos protestaram contra as prisões em torno do tribunal, onde soldados utilizaram bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersá-los, constatou a AFP.

Nariman, Ahed e sua prima Nor Nayi protagonizaram um vídeo gravado em 15 de dezembro passado, no povoado de Nabi Saleh, próximo a Ramallah, amplamente divulgado nas redes sociais.

As imagens mostram Ahed Tamimi e Nor Nayi Tamimi se aproximando dos soldados israelenses, que são socados e chutados pelas duas jovens. Nariman Tamimi parece tentar deter as jovens e depois expulsa os militares do pátio de sua casa. O grupo, fortemente armado, se retira sem reagir.

As três palestinas foram detidas em 19 e 20 de dezembro, e Nor Nayi, 21, deve ser solta no próximo domingo.

Os Tamimi são conhecidos por participar de protestos em Nabi Saleh, palco frequente de manifestações contra a ocupação israelense.

Segundo pessoas ligadas à família, os soldados foram agredidos devido à tensão gerada pelos confrontos em Nabi Saleh e pelo fato de os militares entrarem no pátio da casa.

Os Tamimi também estavam abalados porque um membro de sua família ficou gravemente ferido com um tiro de bala de borracha na cabeça durante os protestos.