Diplomata dos EUA abandona grupo de especialistas sobre rohingyas
Yangon, 24 Jan 2018 (AFP) - O diplomata americano Bill Richardson pediu demissão de um painel de especialistas nomeado pela presidente birmanesa, Aung San Suu Kyi, sobre o conflito rohingya no estado de Rakhain, por considerar que a chefe de Estado carece de "liderança moral".
O ex-governador americano assegurou em um comunicado que não podia servir no comitê "de boa fé".
Richardson acusou Suu Kyi de responder "com fúria" a seus apelos para que liberasse dois jornalistas da agência de notícias Reuters, detidos enquanto trabalhavam na zona.
Wa Lone, de 31 anos, e Kyaw Soe Oo, de 27, foram detidos em dezembro passado e podem ser condenados a até 14 anos de prisão, acusados de ter em seu poder documentos confidenciais, supostamente sobre a operação militar em Rakhain.
Richardson, que participou de outras iniciativas de paz no mundo, pediu demissão depois que Mianmar e Bangladesh se mostraram incapazes de iniciar a complexa repatriação de centenas de milhares de refugiados rohingyas.
Cerca de 690.000 rohingyas fugiram para Mianmar de Bangladesh nos últimos meses, devido à repressão militar e aos incidentes interétnicos.
"Tudo indica que o comitê está a ponto de se tornar um simples coro de animadoras para as políticas do governo, em vez de propor mudanças reais, que são desesperadamente necessárias para garantir a paz, a estabilidade e o desenvolvimento no estado de Rakhain", criticou Richardson.
O ex-governador americano assegurou em um comunicado que não podia servir no comitê "de boa fé".
Richardson acusou Suu Kyi de responder "com fúria" a seus apelos para que liberasse dois jornalistas da agência de notícias Reuters, detidos enquanto trabalhavam na zona.
Wa Lone, de 31 anos, e Kyaw Soe Oo, de 27, foram detidos em dezembro passado e podem ser condenados a até 14 anos de prisão, acusados de ter em seu poder documentos confidenciais, supostamente sobre a operação militar em Rakhain.
Richardson, que participou de outras iniciativas de paz no mundo, pediu demissão depois que Mianmar e Bangladesh se mostraram incapazes de iniciar a complexa repatriação de centenas de milhares de refugiados rohingyas.
Cerca de 690.000 rohingyas fugiram para Mianmar de Bangladesh nos últimos meses, devido à repressão militar e aos incidentes interétnicos.
"Tudo indica que o comitê está a ponto de se tornar um simples coro de animadoras para as políticas do governo, em vez de propor mudanças reais, que são desesperadamente necessárias para garantir a paz, a estabilidade e o desenvolvimento no estado de Rakhain", criticou Richardson.
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