ONU tentará dar novo impulso às negociações da Síria em Viena
Viena, 25 Jan 2018 (AFP) - As Nações Unidas tentarão dar um novo impulso a partir desta quinta-feira (25), em Viena, às negociações de paz na Síria, onde a violência continua fazendo estragos depois de sete anos de uma guerra que matou mais de 340.000 pessoas.
Um mês depois de uma reunião infrutífera em Genebra, a oitava, as delegações do regime e da oposição se encontraram pela nona vez, na sede da ONU na capital austríaca, no que constitui "a última esperança de paz", segundo o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian.
Nas conversas anteriores, as diferentes partes não chegaram sequer a falar entre si.
Responsáveis do governo sírio mantiveram conversas durante duas horas com o enviado especial da ONU, Staffan de Mistura. Depois foi a vez da opositora Comissão de Negociações Sírias (CNS).
De Mistura disse na quarta-feira que as negociações em Viena ocorriam em um "momento muito, muito crítico".
A principal questão que bloqueia o processo é o futuro do presidente sírio, Bashar Al-Assad, cujas forças dominam a situação no terreno desde o início do apoio da Rússia, em 2015.
Representantes do governo sírio rejeitam se reunir diretamente com a oposição até que deixem de lado sua exigência de que Assad abandone o poder.
"Estamos comprometidos com uma Síria livre, democrática, com um país seguro cujas pessoas possam voltar para suas casas algum dia", declarou após a rodada de conversas Yahya Al-Aridi, porta-voz da CNS.
- Combates como pano de fundo -A reunião de Viena acontece enquanto são realizadas várias ofensivas militares no terreno, uma dirigida pela Turquia contra a cidade a Afrin, em mãos curdas, e outra do regime contra os rebeldes na província de Idlib e Guta Oriental.
O ministro francês Le Drian insistiu que "a situação de degradação humanitária é considerável na Síria, tanto na zona de Afrin como na zona de Idlib e na zona de Guta Oriental, com outros participantes e o regime que cercam as forças de oposição".
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta quinta-feira que a Turquia tem o direito de se defender, mas de forma comedida.
A intervenção da Turquia em Afrin gerou tensões entre Ancara e os Estados Unidos, que prestaram apoio às milícias curdas em sua batalha contra o grupo Estado Islâmico.
O presidente americano, Donald Trump, pediu na quarta-feira a seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, que "reduza e limite suas ações militares" na Síria.
Erdogan insistiu, no entanto, que sua ofensiva é uma medida de segurança nacional, já que os combatentes curdos das YPG (Unidades de Proteção do Povo), contra os quais está lutando, são considerados por Ancara o braço sírio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Estas conversas em Viena começam poucos dias antes do Congresso Inter-sírio, organizado em Sochi, Rússia, por iniciativa de Moscou e Teerã, aliados do regime de Damasco, e Ancara, que apoia os rebeldes. Estão convidados a participar "todos os principais atores regionais e internacionais", incluindo os curdos, apesar da reticência da Turquia.
Segundo Moscou, foram enviados mais de 1.600 convites.
Frente a preocupação de várias chancelarias ocidentais, o Kremlin assegurou que sua iniciativa não era para competir com o processo de Genebra, e sim "buscava complementar de forma eficaz essa reunião com resultados concretos".
Um mês depois de uma reunião infrutífera em Genebra, a oitava, as delegações do regime e da oposição se encontraram pela nona vez, na sede da ONU na capital austríaca, no que constitui "a última esperança de paz", segundo o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian.
Nas conversas anteriores, as diferentes partes não chegaram sequer a falar entre si.
Responsáveis do governo sírio mantiveram conversas durante duas horas com o enviado especial da ONU, Staffan de Mistura. Depois foi a vez da opositora Comissão de Negociações Sírias (CNS).
De Mistura disse na quarta-feira que as negociações em Viena ocorriam em um "momento muito, muito crítico".
A principal questão que bloqueia o processo é o futuro do presidente sírio, Bashar Al-Assad, cujas forças dominam a situação no terreno desde o início do apoio da Rússia, em 2015.
Representantes do governo sírio rejeitam se reunir diretamente com a oposição até que deixem de lado sua exigência de que Assad abandone o poder.
"Estamos comprometidos com uma Síria livre, democrática, com um país seguro cujas pessoas possam voltar para suas casas algum dia", declarou após a rodada de conversas Yahya Al-Aridi, porta-voz da CNS.
- Combates como pano de fundo -A reunião de Viena acontece enquanto são realizadas várias ofensivas militares no terreno, uma dirigida pela Turquia contra a cidade a Afrin, em mãos curdas, e outra do regime contra os rebeldes na província de Idlib e Guta Oriental.
O ministro francês Le Drian insistiu que "a situação de degradação humanitária é considerável na Síria, tanto na zona de Afrin como na zona de Idlib e na zona de Guta Oriental, com outros participantes e o regime que cercam as forças de oposição".
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta quinta-feira que a Turquia tem o direito de se defender, mas de forma comedida.
A intervenção da Turquia em Afrin gerou tensões entre Ancara e os Estados Unidos, que prestaram apoio às milícias curdas em sua batalha contra o grupo Estado Islâmico.
O presidente americano, Donald Trump, pediu na quarta-feira a seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, que "reduza e limite suas ações militares" na Síria.
Erdogan insistiu, no entanto, que sua ofensiva é uma medida de segurança nacional, já que os combatentes curdos das YPG (Unidades de Proteção do Povo), contra os quais está lutando, são considerados por Ancara o braço sírio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Estas conversas em Viena começam poucos dias antes do Congresso Inter-sírio, organizado em Sochi, Rússia, por iniciativa de Moscou e Teerã, aliados do regime de Damasco, e Ancara, que apoia os rebeldes. Estão convidados a participar "todos os principais atores regionais e internacionais", incluindo os curdos, apesar da reticência da Turquia.
Segundo Moscou, foram enviados mais de 1.600 convites.
Frente a preocupação de várias chancelarias ocidentais, o Kremlin assegurou que sua iniciativa não era para competir com o processo de Genebra, e sim "buscava complementar de forma eficaz essa reunião com resultados concretos".
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