Espanha declara 'persona non grata' embaixador da Venezuela
Madri, 26 Jan 2018 (AFP) - O governo da Espanha declarou nesta sexta-feira (26) "persona non grata" o embaixador venezuelano em Madri, Mario Isea, um dia depois de Caracas ter feito o mesmo com o embaixador espanhol.
"O governo responde de forma proporcional e, por isto, decidiu em estrita aplicação do princípio de reciprocidade, declarar 'persona non grata' o embaixador da Venezuela na Espanha", afirmou o porta-voz do governo, Íñigo Méndez de Vigo.
O embaixador Isea já havia sido convocado para consultas na quarta-feira por seu governo e "não está na Espanha", indicou Méndez de Vigo.
Há anos, o governo de Rajoy e o do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mantêm um relacionamento ruim.
A tensão aumentou esta semana, quando, na segunda-feira (22), a União Europeia (UE) adotou sanções contra sete autoridades venezuelanas, incluindo o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, o ministro do Interior, Néstor Reverol, e a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena.
A Venezuela acusa a Espanha de ter pressionado a UE a adotar tais sanções e, na terça-feira, em um evento público, Maduro atacou o presidente do governo, Mariano Rajoy, acusando-o de ser "racista" e "colonialista" e de "liderar o governo mais corrupto" da história da Espanha.
No dia seguinte, o líder conservador espanhol contestou esses ataques e reafirmou sua posição, defendendo que as sanções eram "bem merecidas" diante das "decisões brutais e a maneira de entender a democracia de Maduro".
A partir desse momento, a crise aberta se acelerou.
Na mesma quarta-feira, citando uma "agressão intervencionista e colonialista do Reino da Espanha", a Venezuela convocou para consultas seu embaixador em Madri, Mario Isea. No dia seguinte, o governo de Maduro declarou "persona non grata" o embaixador do país europeu em Caracas, Jesus Silva.
Ele foi informado que teria 72 horas para deixar o país, segundo informações do Ministério espanhol das Relações Exteriores à AFP.
A crise aberta entre Madri e Caracas ocorre quando a Venezuela se prepara para eleições presidenciais antecipadas, que devem acontecer em 30 de abril, no mais tardar.
Maduro espera vencer o pleito, em meio à grave crise política e econômica. Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que se espera, para 2018, uma queda de 15% do PIB e uma inflação de até 13.000% no país.
A oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) não poderá participar das eleições, em razão de uma recente decisão da Suprema Corte de Justiça da Venezuela.
A ordem da Justiça provocou surpresa e raiva entre uma oposição dividida e sem um líder claro, que agora deve procurar candidatos para enfrentar Maduro.
"O governo responde de forma proporcional e, por isto, decidiu em estrita aplicação do princípio de reciprocidade, declarar 'persona non grata' o embaixador da Venezuela na Espanha", afirmou o porta-voz do governo, Íñigo Méndez de Vigo.
O embaixador Isea já havia sido convocado para consultas na quarta-feira por seu governo e "não está na Espanha", indicou Méndez de Vigo.
Há anos, o governo de Rajoy e o do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mantêm um relacionamento ruim.
A tensão aumentou esta semana, quando, na segunda-feira (22), a União Europeia (UE) adotou sanções contra sete autoridades venezuelanas, incluindo o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, o ministro do Interior, Néstor Reverol, e a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena.
A Venezuela acusa a Espanha de ter pressionado a UE a adotar tais sanções e, na terça-feira, em um evento público, Maduro atacou o presidente do governo, Mariano Rajoy, acusando-o de ser "racista" e "colonialista" e de "liderar o governo mais corrupto" da história da Espanha.
No dia seguinte, o líder conservador espanhol contestou esses ataques e reafirmou sua posição, defendendo que as sanções eram "bem merecidas" diante das "decisões brutais e a maneira de entender a democracia de Maduro".
A partir desse momento, a crise aberta se acelerou.
Na mesma quarta-feira, citando uma "agressão intervencionista e colonialista do Reino da Espanha", a Venezuela convocou para consultas seu embaixador em Madri, Mario Isea. No dia seguinte, o governo de Maduro declarou "persona non grata" o embaixador do país europeu em Caracas, Jesus Silva.
Ele foi informado que teria 72 horas para deixar o país, segundo informações do Ministério espanhol das Relações Exteriores à AFP.
A crise aberta entre Madri e Caracas ocorre quando a Venezuela se prepara para eleições presidenciais antecipadas, que devem acontecer em 30 de abril, no mais tardar.
Maduro espera vencer o pleito, em meio à grave crise política e econômica. Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que se espera, para 2018, uma queda de 15% do PIB e uma inflação de até 13.000% no país.
A oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) não poderá participar das eleições, em razão de uma recente decisão da Suprema Corte de Justiça da Venezuela.
A ordem da Justiça provocou surpresa e raiva entre uma oposição dividida e sem um líder claro, que agora deve procurar candidatos para enfrentar Maduro.
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