Delegações chegam a Sochi para negociar a paz na Síria
Sochi, Rússia, 29 Jan 2018 (AFP) - As delegações chegavam nesta segunda-feira à estação balneária russa de Sochi, na véspera de uma reunião de paz sobre a Síria, com ambições claramente reduzidas pela ausência dos principais opositores ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad.
O emissário especial da ONU, Staffan de Mistura, encontrou, ao chegar, cartazes gigantes desejando "paz ao povo sírio".
Mas o Comitê de Negociações Sírias (CNS), que representa os principais grupos de oposição, e os curdos se negaram a participar, o que põe em dúvida a esperança de se obter um avanço concreto em Sochi.
Este novo episódio nas negociações parece confirmar, dias depois do fracasso das conversações em Viena promovidas pela ONU, a impossibilidade de alcançar uma solução política para este conflito que já deixou mais de 340.000 mortos desde 2011.
Rússia, padrinho desta reunião junto ao Irã e a Turquia, anunciou ter convidado mais de 1.600 pessoas, mas que espera a chegada de apenas 350.
Moscou, aliado político e militar de Assad, organiza o congresso do diálogo nacional sírio, que visa a reunir os representantes do governo e dos rebeldes para definir uma nova Constituição para o país.
Depois do fracasso em Viena, Nasr Hariri, chefe das negociações do CNS, anunciou que nenhum de seus emissários iria a Sochi.
Mais de 30 grupos rebeldes sírios também declinaram o convite russo.
Estas recusas são testemunhas de que é pouco provável que haja avanços imediatos para uma solução política na Síria, admitiu o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.
A diplomacia russa, que promoveu o ciclo de negociações de Astana, já havia tentado organizar, em novembro, conversações entre o regime e os rebeldes sírios em Sochi, mas o projeto foi classificado como "uma piada de mau gosto" pela oposição síria.
As potências ocidentais se mostraram céticas em relação a esta nova iniciativa e temem que enfraqueça as discussões promovidas pela ONU em Genebra e que vise a obter um acordo de paz vantajoso para o regime de Damasco.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, enviou, no entanto, Staffan de Mistura, afirmando que Moscou assegurou que o encontro de Sochi é uma contribuição às negociações de Genebra.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, participará representando Moscou.
As ausências são o testemunho de que é pouco provável que haja avanços imediatos sobre uma solução para a Síria, admitiu o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.
A Rússia se converteu num dos atores inevitáveis do conflito na Síria desde que lançou, em setembro de 2015, uma campanha militar em apoio a Assad.
Ajudou o regime a retomar a maioria dos territórios conquistados pelo grupo Estado Islâmico (EI) e a enfraquecer grupos rebeldes.
tm-all/gmo/lch/pa/acc/cn
O emissário especial da ONU, Staffan de Mistura, encontrou, ao chegar, cartazes gigantes desejando "paz ao povo sírio".
Mas o Comitê de Negociações Sírias (CNS), que representa os principais grupos de oposição, e os curdos se negaram a participar, o que põe em dúvida a esperança de se obter um avanço concreto em Sochi.
Este novo episódio nas negociações parece confirmar, dias depois do fracasso das conversações em Viena promovidas pela ONU, a impossibilidade de alcançar uma solução política para este conflito que já deixou mais de 340.000 mortos desde 2011.
Rússia, padrinho desta reunião junto ao Irã e a Turquia, anunciou ter convidado mais de 1.600 pessoas, mas que espera a chegada de apenas 350.
Moscou, aliado político e militar de Assad, organiza o congresso do diálogo nacional sírio, que visa a reunir os representantes do governo e dos rebeldes para definir uma nova Constituição para o país.
Depois do fracasso em Viena, Nasr Hariri, chefe das negociações do CNS, anunciou que nenhum de seus emissários iria a Sochi.
Mais de 30 grupos rebeldes sírios também declinaram o convite russo.
Estas recusas são testemunhas de que é pouco provável que haja avanços imediatos para uma solução política na Síria, admitiu o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.
A diplomacia russa, que promoveu o ciclo de negociações de Astana, já havia tentado organizar, em novembro, conversações entre o regime e os rebeldes sírios em Sochi, mas o projeto foi classificado como "uma piada de mau gosto" pela oposição síria.
As potências ocidentais se mostraram céticas em relação a esta nova iniciativa e temem que enfraqueça as discussões promovidas pela ONU em Genebra e que vise a obter um acordo de paz vantajoso para o regime de Damasco.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, enviou, no entanto, Staffan de Mistura, afirmando que Moscou assegurou que o encontro de Sochi é uma contribuição às negociações de Genebra.
O chanceler russo, Serguei Lavrov, participará representando Moscou.
As ausências são o testemunho de que é pouco provável que haja avanços imediatos sobre uma solução para a Síria, admitiu o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.
A Rússia se converteu num dos atores inevitáveis do conflito na Síria desde que lançou, em setembro de 2015, uma campanha militar em apoio a Assad.
Ajudou o regime a retomar a maioria dos territórios conquistados pelo grupo Estado Islâmico (EI) e a enfraquecer grupos rebeldes.
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