Justiça minimiza protesto de iranianas por uso do véu
Teerã, 31 Jan 2018 (AFP) - O desafio apresentado por um movimento de protesto de algumas mulheres contra o uso obrigatório do véu no Irã é "pueril", considerou nesta quarta-feira (31) o procurador-geral da República Islâmica, Mohammad Jafar Montazeri.
"Trata-se de um assunto insignificante que não tem nada de preocupante", declarou Montazeri, citado pela agência Isna.
A declaração responde à publicação inédita nas redes sociais de fotos aparentemente tiradas nos últimos dias em Teerã que mostram mulheres na rua com os cabelos soltos e com o véu preso em uma vara, em um claro desafio às autoridades.
O procurador-geral iraniano também foi consultado sobre a prisão de uma dessas mulheres: "foi uma ideia pueril que ocorreu a uma jovenzinha, que tirou o véu enquanto outras realizavam suas atividades diárias sem problemas", respondeu Montazeri, segundo a Isna.
As manifestações seguiram o exemplo de uma iraniana detida no fim de dezembro depois que subiu em uma instalação elétrica em uma cheia via de Teerã, erguendo seu véu em um vara.
De acordo com a informação da Isna, Montazeri indicou que as manifestantes solitárias "agiram por ignorância" e que "podem ter sido influenciadas do exterior".
Em uma série de mensagens no Twitter, Azar Mansouri, política reformista, mas que se veste de forma tradicional, destacou que nas últimas décadas todas as tentativas de controlar a maneira de se vestir das mulheres fracassaram.
Nesta quarta-feira, na mesma rede social, duas fotos mostraram mulheres com xador - um dos diferentes tipos de véu - que pareciam apoiar as manifestantes. Uma tinha um cartaz que dizia: "gosto do véu islâmico, mas sou contra o véu islâmico obrigatório".
A lei em vigor no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979 exige que as mulheres saiam para as ruas com o véu e tenham o corpo coberto com um vestido relativamente longo.
bur-mj/bpe/pb/mb/cb
"Trata-se de um assunto insignificante que não tem nada de preocupante", declarou Montazeri, citado pela agência Isna.
A declaração responde à publicação inédita nas redes sociais de fotos aparentemente tiradas nos últimos dias em Teerã que mostram mulheres na rua com os cabelos soltos e com o véu preso em uma vara, em um claro desafio às autoridades.
O procurador-geral iraniano também foi consultado sobre a prisão de uma dessas mulheres: "foi uma ideia pueril que ocorreu a uma jovenzinha, que tirou o véu enquanto outras realizavam suas atividades diárias sem problemas", respondeu Montazeri, segundo a Isna.
As manifestações seguiram o exemplo de uma iraniana detida no fim de dezembro depois que subiu em uma instalação elétrica em uma cheia via de Teerã, erguendo seu véu em um vara.
De acordo com a informação da Isna, Montazeri indicou que as manifestantes solitárias "agiram por ignorância" e que "podem ter sido influenciadas do exterior".
Em uma série de mensagens no Twitter, Azar Mansouri, política reformista, mas que se veste de forma tradicional, destacou que nas últimas décadas todas as tentativas de controlar a maneira de se vestir das mulheres fracassaram.
Nesta quarta-feira, na mesma rede social, duas fotos mostraram mulheres com xador - um dos diferentes tipos de véu - que pareciam apoiar as manifestantes. Uma tinha um cartaz que dizia: "gosto do véu islâmico, mas sou contra o véu islâmico obrigatório".
A lei em vigor no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979 exige que as mulheres saiam para as ruas com o véu e tenham o corpo coberto com um vestido relativamente longo.
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