Deputados holandeses reconhecem 'genocídio' armênio
Haia, 22 Fev 2018 (AFP) - Os deputados holandeses votaram esmagadoramente nesta quinta-feira (22) pelo reconhecimento do genocídio armênio e o envio de um representante do governo a Erevan no dia 24 de abril para as cerimônias em recordação aos massacres perpetrados entre 1915 e 1917.
Após uma votação que deverá aumentar as tensões entre Haia e Ancara, a câmara baixa do Parlamento aprovou por 142 votos contra três uma moção que propõe "que o Parlamento fale em termos claros do genocídio armênio". O governo holandês distanciou-se dessa moção.
"Nós ainda compartilhamos o desejo de ver as partes envolvidas se reconciliar, mas o governo enxerga de forma diferente o caminho para alcançar isso", afirmou Sigrid Kaag, que atua como ministra das Relações Exteriores.
"Vamos homenagear as vítimas e familiares de todos os massacres de minorias", disse, observando que o governo não julgará se foi ou não genocídio.
Depois de reconhecer em 2004 o caráter genocida dos massacres e deportações ocorridos entre 1915 e 1917, o executivo holandês sempre evocou a "questão do genocídio armênio", que continuará sendo o caso, segundo Kaag.
Os deputados também rejeitaram uma moção do Partido pela Liberdade (PVV) do deputado de extrema direita Geert Wilders propondo que o governo reconheça o massacre como um "genocídio".
Os armênios estimam que um milhão e meio deles foram sistematicamente mortos no final do Império Otomano entre 1915 e 1917. Muitos historiadores e mais de vinte países, incluindo França, Itália e Rússia, reconhecem que houve um genocídio.
A Turquia reconhece que até 500 mil armênios morreram durante os combates e a deportação forçada para a Síria ou o Líbano, mas refuta qualquer desejo de extermínio.
jhe-shm/jkb/mr/mvv
Após uma votação que deverá aumentar as tensões entre Haia e Ancara, a câmara baixa do Parlamento aprovou por 142 votos contra três uma moção que propõe "que o Parlamento fale em termos claros do genocídio armênio". O governo holandês distanciou-se dessa moção.
"Nós ainda compartilhamos o desejo de ver as partes envolvidas se reconciliar, mas o governo enxerga de forma diferente o caminho para alcançar isso", afirmou Sigrid Kaag, que atua como ministra das Relações Exteriores.
"Vamos homenagear as vítimas e familiares de todos os massacres de minorias", disse, observando que o governo não julgará se foi ou não genocídio.
Depois de reconhecer em 2004 o caráter genocida dos massacres e deportações ocorridos entre 1915 e 1917, o executivo holandês sempre evocou a "questão do genocídio armênio", que continuará sendo o caso, segundo Kaag.
Os deputados também rejeitaram uma moção do Partido pela Liberdade (PVV) do deputado de extrema direita Geert Wilders propondo que o governo reconheça o massacre como um "genocídio".
Os armênios estimam que um milhão e meio deles foram sistematicamente mortos no final do Império Otomano entre 1915 e 1917. Muitos historiadores e mais de vinte países, incluindo França, Itália e Rússia, reconhecem que houve um genocídio.
A Turquia reconhece que até 500 mil armênios morreram durante os combates e a deportação forçada para a Síria ou o Líbano, mas refuta qualquer desejo de extermínio.
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