Morre Menéndez, ex-hierarca da ditadura argentina
Buenos Aires, 27 Fev 2018 (AFP) - O ex-general da ditadura argentina Luciano Benjamín Menéndez, condenado em 14 julgamentos por crimes contra a Humanidade, faleceu nesta terça-feira aos 90 anos, informou uma fonte judicial à agência oficial Télam.
O ex-militar foi o repressor que acumulou mais condenações, 13 delas à prisão perpétua.
Ele estava internado há várias semanas em um hospital militar em Córdoba por uma doença hepática.
Conhecido pelos codinomes "a Hiena", "Chacal" ou "Cachorro", liderou entre 1975 e 1979 o III Corpo do Exército, uma estratégica unidade militar com sede em Córdoba, zona de forte desenvolvimento industrial e que foi o berço das lutas sindicais das décadas de 1960 e 1970.
Estava em prisão domiciliar e enfrentava outro julgamento na província de Córdoba.
"Morreu a morte: às 11:20 o genocida Luciano Benjamín Menéndez. Ao contrário de suas vítimas, sabemos a hora, o lugar e sua família pode se despedir. Chegou a ser condenado a uma prisão comum, perpétua e efetiva, o único lugar para um genocida. 30.000 presentes!", expressou através das redes sociais a organização HIJOS de desaparecidos durante a ditadura.
Menéndez nunca mostrou remorso pelos crimes cometidos nos campos de concentração sob sua custódia. "Não houve repressão ilegal", disse ele durante um dos julgamentos.
"Os criminosos acusam as forças legais e se apresentam à Justiça dizendo que são vítimas", afirmou ele na frente dos juízes.
Homem forte da ditadura e representante da ala mais dura do Exército durante os anos de chumbo chegou a chamar de "brandos" outros hierarcas, como o temível Jorge Rafael Videla, também condenado e morto há anos.
Sob suas ordens, operou o centro clandestino de "La Perla", um campo de concentração por onde passaram milhares de detidos.
Ele foi perdoado em 1990 pelo ex-presidente Carlos Menem (1989-1999), mas a Justiça anulou em 2003 as leis de anistia e, em 2005, também o perdão concedido na democracia.
A ditadura argentina deixou 30 mil desaparecidos, de acordo com organizações de direitos humanos.
O ex-militar foi o repressor que acumulou mais condenações, 13 delas à prisão perpétua.
Ele estava internado há várias semanas em um hospital militar em Córdoba por uma doença hepática.
Conhecido pelos codinomes "a Hiena", "Chacal" ou "Cachorro", liderou entre 1975 e 1979 o III Corpo do Exército, uma estratégica unidade militar com sede em Córdoba, zona de forte desenvolvimento industrial e que foi o berço das lutas sindicais das décadas de 1960 e 1970.
Estava em prisão domiciliar e enfrentava outro julgamento na província de Córdoba.
"Morreu a morte: às 11:20 o genocida Luciano Benjamín Menéndez. Ao contrário de suas vítimas, sabemos a hora, o lugar e sua família pode se despedir. Chegou a ser condenado a uma prisão comum, perpétua e efetiva, o único lugar para um genocida. 30.000 presentes!", expressou através das redes sociais a organização HIJOS de desaparecidos durante a ditadura.
Menéndez nunca mostrou remorso pelos crimes cometidos nos campos de concentração sob sua custódia. "Não houve repressão ilegal", disse ele durante um dos julgamentos.
"Os criminosos acusam as forças legais e se apresentam à Justiça dizendo que são vítimas", afirmou ele na frente dos juízes.
Homem forte da ditadura e representante da ala mais dura do Exército durante os anos de chumbo chegou a chamar de "brandos" outros hierarcas, como o temível Jorge Rafael Videla, também condenado e morto há anos.
Sob suas ordens, operou o centro clandestino de "La Perla", um campo de concentração por onde passaram milhares de detidos.
Ele foi perdoado em 1990 pelo ex-presidente Carlos Menem (1989-1999), mas a Justiça anulou em 2003 as leis de anistia e, em 2005, também o perdão concedido na democracia.
A ditadura argentina deixou 30 mil desaparecidos, de acordo com organizações de direitos humanos.
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