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Rússia diz que se arma química fosse usada contra ex-espião, haveria mais vítimas

21/03/2018 10h56

Moscou, 21 Mar 2018 (AFP) - O uso de um agente neurológico militar para envenenar o ex-espião russo Serguei Skripal em Salisbury, a versão defendida pelo Reino Unido, teria causado várias vítimas, afirmou o governo russo nesta quarta-feira.

"Qualquer substância tóxica militar teria causado inúmeras vítimas no local do envenenamento. Mas em Salisbury não foi o caso", declarou um funcionário diplomático russo de alto escalão, Vladimir Ermakov, durante uma reunião com diplomatas estrangeiros organizada por Moscou para expressar sua posição.

Além disso, a Rússia assegurou que o atentado contra o Skripal no Reino Unido pode ter sido um "atentado terrorista" que Londres não soube evitar ou uma "encenação" das autoridade britânicas.

"Ou as autoridades britânicas não capazes de proporcionar proteção para este tipo, digamos assim, de ataque terrorista, ou encenaram direta ou indiretamente , e não acuso ninguém, um ataque contra um cidadão russo", disse Ermakov.

Ele também criticou o Reino Unido por negar-se a cooperar na investigação.

Indagado por uma diplomata britânica sobre eventuais programas de armas químicas russas, Yermakov, que é do departamento de controle de armas da chancelaria, respondeu: "Abandonem um pouco sua russofobia, sua mentalidade insular. Tenho vergonha e vocês", concluiu.