Procuradoria peruana faz operação em duas propriedades de Kuczynski
Lima, 24 Mar 2018 (AFP) - A Procuradoria do Peru fez operações em duas propriedades do ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski em Lima em busca de documentos no âmbito da investigação por lavagem de dinheiro, assinalou neste sábado (24) o Ministério Público no Twitter.
"O procurador Marcial Paucar comanda uma operação na casa de Pedro Pablo Kuczynski no distrito de San Isidro, e o procurador Luis Ballón dirige outra na casa do ex-presidente em Cieneguilla", indicou.
As operações são feitas um dia depois de o Congresso aceitar a carta de renúncia de Kuczynski à Presidência da República e assumir em seu lugar o seu primeiro vice-presidente, Martín Vizcarra.
As operações foram realizadas enquanto o procurador Hamilton Castro, a cargo da Equipe Especial Anticorrupção, sustentava em um tribunal o pedido de 18 meses de impedimento de saída do país contra o Kuczynski.
"Senhor juiz, deve levar em conta que desde o século XIX no Peru há ex-presidentes que fogem do país, ou se submetem a longos processos de extradição, e outros que só retornam quando as acusações prescrevem. Por isso, peço o impedimento de saída", declarou.
"Os contatos internacionais do agora ex-presidente, assim como sua renda, permitiriam que ele abandonasse o território nacional com facilidade a qualquer momento", acrescentou.
A defesa do ex-presidente disse que aceitava esse pedido do Ministério Público, pelo qual o juiz Juan Carlos Sánchez, do Sistema Especializado em Corrupção, deu lugar ao impedimento de saída do país.
Ex-banqueiro de Wall Street e com 79 anos, Kuczynski é investigado por pagamentos feitos pela Odebrecht por consultorias a duas empresas ligadas a ele, a First Capital e a Westfield Capital.
Os procuradores encarregados das operações têm a missão de coletar e reunir documentos que possam relacionar o ex-presidente às consultorias dadas por essas empresas à Odebrecht quando ele ainda era ministro da Economia e presidente do Conselho de Ministros, durante o governo de Alejandro Toledo (2001-2006), informou uma fonte da Procuradoria.
Segundo imagens da televisão, uma equipe do Ministério Público entrou na casa de Kuczynski com caixas. Na porta das casas havia policiais da Procuradoria.
O ex-presidente garantiu, no Twitter, que vai colaborar com as investigações. "Lembro que recebi em duas ocasiões os procuradores e duas comissões investigadoras do Congresso. Deixemos para trás o show midiático e não sigamos prejudicando a imagem do país".
"Que a perseguição e a vingança política não se instalem em nosso país", pediu, em outro tuíte.
Ele indicou que "autorizou à Procuradoria levantar meu sigilo bancário e hoje fui impedido de deixar o país. Não tenho nada a temer".
O ex-presidente havia negado qualquer ligação com a empreiteira, mas a Odebrecht revelou em dezembro ter pago quase cinco milhões de dólares entre 2004 e 2013 pelas assessorias das consultoras ligadas a ele.
O procurador Castro disse na audiência que sobre o ex-presidente "há suspeita de criminalidade, não estou falando de certeza ou conclusões, mas de suspeitas que precisam ser investigadas".
Sustentou que, se existir, o crime se qualificaria como lavagem de dinheiro por "atos de conversão e transferência de dinheiro não registrado".
"É necessário determinar a origem lícita ou ilícita das transferências feitas em um período entre 2007 e 2015 por três empresas estrangeiras para a conta de Kuczynski que somam pouco mais de um milhão de dólares".
Castro ressaltou a importância de esclarecer a origem desse dinheiro porque Kuczynski participou de duas campanhas eleitorais entre 2011 e 2016.
"O procurador Marcial Paucar comanda uma operação na casa de Pedro Pablo Kuczynski no distrito de San Isidro, e o procurador Luis Ballón dirige outra na casa do ex-presidente em Cieneguilla", indicou.
As operações são feitas um dia depois de o Congresso aceitar a carta de renúncia de Kuczynski à Presidência da República e assumir em seu lugar o seu primeiro vice-presidente, Martín Vizcarra.
As operações foram realizadas enquanto o procurador Hamilton Castro, a cargo da Equipe Especial Anticorrupção, sustentava em um tribunal o pedido de 18 meses de impedimento de saída do país contra o Kuczynski.
"Senhor juiz, deve levar em conta que desde o século XIX no Peru há ex-presidentes que fogem do país, ou se submetem a longos processos de extradição, e outros que só retornam quando as acusações prescrevem. Por isso, peço o impedimento de saída", declarou.
"Os contatos internacionais do agora ex-presidente, assim como sua renda, permitiriam que ele abandonasse o território nacional com facilidade a qualquer momento", acrescentou.
A defesa do ex-presidente disse que aceitava esse pedido do Ministério Público, pelo qual o juiz Juan Carlos Sánchez, do Sistema Especializado em Corrupção, deu lugar ao impedimento de saída do país.
Ex-banqueiro de Wall Street e com 79 anos, Kuczynski é investigado por pagamentos feitos pela Odebrecht por consultorias a duas empresas ligadas a ele, a First Capital e a Westfield Capital.
Os procuradores encarregados das operações têm a missão de coletar e reunir documentos que possam relacionar o ex-presidente às consultorias dadas por essas empresas à Odebrecht quando ele ainda era ministro da Economia e presidente do Conselho de Ministros, durante o governo de Alejandro Toledo (2001-2006), informou uma fonte da Procuradoria.
Segundo imagens da televisão, uma equipe do Ministério Público entrou na casa de Kuczynski com caixas. Na porta das casas havia policiais da Procuradoria.
O ex-presidente garantiu, no Twitter, que vai colaborar com as investigações. "Lembro que recebi em duas ocasiões os procuradores e duas comissões investigadoras do Congresso. Deixemos para trás o show midiático e não sigamos prejudicando a imagem do país".
"Que a perseguição e a vingança política não se instalem em nosso país", pediu, em outro tuíte.
Ele indicou que "autorizou à Procuradoria levantar meu sigilo bancário e hoje fui impedido de deixar o país. Não tenho nada a temer".
O ex-presidente havia negado qualquer ligação com a empreiteira, mas a Odebrecht revelou em dezembro ter pago quase cinco milhões de dólares entre 2004 e 2013 pelas assessorias das consultoras ligadas a ele.
O procurador Castro disse na audiência que sobre o ex-presidente "há suspeita de criminalidade, não estou falando de certeza ou conclusões, mas de suspeitas que precisam ser investigadas".
Sustentou que, se existir, o crime se qualificaria como lavagem de dinheiro por "atos de conversão e transferência de dinheiro não registrado".
"É necessário determinar a origem lícita ou ilícita das transferências feitas em um período entre 2007 e 2015 por três empresas estrangeiras para a conta de Kuczynski que somam pouco mais de um milhão de dólares".
Castro ressaltou a importância de esclarecer a origem desse dinheiro porque Kuczynski participou de duas campanhas eleitorais entre 2011 e 2016.
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