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Familiares prestam homenagem a argentinos caídos nas Malvinas

26/03/2018 23h00

Buenos Aires, 27 Mar 2018 (AFP) - Ao menos 200 familiares de 90 soldados argentinos caídos durante a guerra das Malvinas em 1982 contra a Grã-Bretanha puderam visitar nesta segunda-feira os túmulos de seus entes queridos, após a identificação dos corpos no cemitério de Darwin, no ano passado.

Pais, mães, irmãos e outros parentes dos combatentes caídos viajaram na madrugada desta segunda-feira para as Malvinas em um voo humanitário, graças a um acordo diplomático entre Londres e Buenos Aires.

"Foi um dia muito longo. Tudo foi emocionante. Chegar à nossa pátria, às Ilhas, ao cemitério e conhecer o local de descanso do meu pai", disse ao regressar a Buenos Aires Sergio Aguirre, filho de Miguel Aguirre, um marinheiro mercante que morreu durante um ataque ao seu navio.

"Meu pai morreu no navio 'Islas de los Estados'. Pensávamos que ele estava no mar e é difícil acreditar nisto, mas foi algo que nos trouxe paz", contou Sergio ao canal C5N.

Os túmulos dos 90 soldados foram identificados em 2017, pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), entre os 121 mortos que descansam no cemitério de Darwin desde a guerra de 1982. Os restantes 31 corpos permanecem como soldados desconhecidos.

A Argentina sofreu 649 baixas na chamada Guerra das Malvinas e a Grã-Bretanha, 255.

Os parentes colocaram nas cruzes placas com o nome de cada combatente, identificado por exames de DNA com a colaboração da Equipe Argentina de Antropologia Forense.