Separatista catalã Clara Ponsatí se entrega à Polícia na Escócia
Edimburgo, 28 Mar 2018 (AFP) - A ex-conselheira catalã Clara Ponsatí, contra quem a Justiça espanhola lançou uma ordem de detenção europeia por seu papel na frustrada declaração de independência de 2017, entregou-se à Polícia na Escócia nesta quarta-feira - constatou a AFP.
A ex-ministra da Educação do governo catalão chegou pouco antes das 11h GMT (8h em Brasília) à delegacia Saint Leonard de Edimburgo e deve comparecer a um tribunal da capital escocesa durante o dia, indicou seu advogado, Aamer Anwar, à AFP, acrescentando que solicitará sua liberdade condicional.
Clara Ponsatí pedirá a liberdade condicional à espera da audiência que decidará sobre sua eventual extradição para Espanha, onde a Justiça a acusa de "rebelião" e de "malversação de fundos públicos" em relação com a organização do referendo e com a declaração frustrada de independência em outubro passado.
Ponsatí deseja "se defender vigorosamente" dessas acusações que rejeita e que considera parte de uma "perseguição política", acrescentou o advogado.
A ex-conselheira alega que os tribunais espanhóis não garantem seus direitos.
Na quarta-feira, simpatizantes de Ponsatí lançaram uma coleta de fundos para custear os gastos com sua defesa. Em poucas horas conseguiram 95.000 libras.
Ela está entre os sete separatistas que partiram para o exterior e contra os quais a Justiça espanhola emitiu mandados de prisão europeus.
O ex-presidente separatista catalão Carles Puigdemont foi detido no domingo na Alemanha, perto da fronteira com a Dinamarca, após cinco meses de exílio.
A Justiça alemã deve se pronunciar sobre a ordem europeia de detenção emitida pela Espanha.
Assim como outros líderes catalães, Clara Ponsatí se exilou na Bélgica em 30 de outubro passado, depois da destituição do Executivo catalão e da intervenção da Catalunha pelo Executivo espanhol, após a declaração unilateral de independência em 27 de outubro.
Ponsatí se instalou há algumas semanas na Escócia, onde trabalha como professora de Economia na Universidade de St. Andrews.
A dirigente catalã recebeu o apoio do Partido Nacionalista Escocês (SNP), que compartilha as aspirações separatistas catalãs.
- Reação do Parlamento -Alguns setores do separatismo catalão pediram nesta quarta-feira (28), no Parlamento regional, que volte a dar posse ao ex-presidente Carles Puigdemont, apesar de sua detenção na Alemanha à espera de processo de extradição para a Espanha. No país, ele é procurado pela Justiça, acusado de "rebelião".
"Nesses tempos de emergência democrática para a Catalunha, queremos dizer publicamente que não renunciaremos à posse do presidente Carles Puigdemont", apontou a deputada Gemma Geis, de sua legenda Junts per Catalunya.
A convocação foi feita durante o debate de uma resolução de caráter simbólico, aprovada pela maioria separatista da câmara catalã, que defendia o direito de Puigdemont de tomar posse como presidente. O texto também defende a libertação dos nove separatistas detidos.
Depois da detenção de Puigdemont na Alemanha, o Junts per Catalunya, com 34 deputados, retomou a ideia de sua posse.
Ela deveria acontecer a distância, o que gera receios no outro grande partido separatista Esquerra Republicana de Catalunya (ERC, 32 deputados), devido às possíveis consequências judiciais para o presidente do Parlamento, Roger Torrent, surgido de suas fileiras.
Em troca, reúne o apoio dos mais radicais, a pequena formação de extrema esquerda Candidatura de Unidad Popular (4 cadeiras).
"Pedimos uma plenária já para dar posse a Carles Puigdemont como presidente", disse seu líder Carles Riera, oferecendo-se, inclusive, para presidir a Câmara e assumir todas as responsabilidades.
"O que vocês querem é ter um presidente na prisão", criticou Inés Arrimadas, a líder do Ciudadanos (de centro direita), a maior bancada do Parlamento catalão com 36 deputados, mas sem apoio suficiente para governar.
mm-ar/dt/zm/ra/tt
A ex-ministra da Educação do governo catalão chegou pouco antes das 11h GMT (8h em Brasília) à delegacia Saint Leonard de Edimburgo e deve comparecer a um tribunal da capital escocesa durante o dia, indicou seu advogado, Aamer Anwar, à AFP, acrescentando que solicitará sua liberdade condicional.
Clara Ponsatí pedirá a liberdade condicional à espera da audiência que decidará sobre sua eventual extradição para Espanha, onde a Justiça a acusa de "rebelião" e de "malversação de fundos públicos" em relação com a organização do referendo e com a declaração frustrada de independência em outubro passado.
Ponsatí deseja "se defender vigorosamente" dessas acusações que rejeita e que considera parte de uma "perseguição política", acrescentou o advogado.
A ex-conselheira alega que os tribunais espanhóis não garantem seus direitos.
Na quarta-feira, simpatizantes de Ponsatí lançaram uma coleta de fundos para custear os gastos com sua defesa. Em poucas horas conseguiram 95.000 libras.
Ela está entre os sete separatistas que partiram para o exterior e contra os quais a Justiça espanhola emitiu mandados de prisão europeus.
O ex-presidente separatista catalão Carles Puigdemont foi detido no domingo na Alemanha, perto da fronteira com a Dinamarca, após cinco meses de exílio.
A Justiça alemã deve se pronunciar sobre a ordem europeia de detenção emitida pela Espanha.
Assim como outros líderes catalães, Clara Ponsatí se exilou na Bélgica em 30 de outubro passado, depois da destituição do Executivo catalão e da intervenção da Catalunha pelo Executivo espanhol, após a declaração unilateral de independência em 27 de outubro.
Ponsatí se instalou há algumas semanas na Escócia, onde trabalha como professora de Economia na Universidade de St. Andrews.
A dirigente catalã recebeu o apoio do Partido Nacionalista Escocês (SNP), que compartilha as aspirações separatistas catalãs.
- Reação do Parlamento -Alguns setores do separatismo catalão pediram nesta quarta-feira (28), no Parlamento regional, que volte a dar posse ao ex-presidente Carles Puigdemont, apesar de sua detenção na Alemanha à espera de processo de extradição para a Espanha. No país, ele é procurado pela Justiça, acusado de "rebelião".
"Nesses tempos de emergência democrática para a Catalunha, queremos dizer publicamente que não renunciaremos à posse do presidente Carles Puigdemont", apontou a deputada Gemma Geis, de sua legenda Junts per Catalunya.
A convocação foi feita durante o debate de uma resolução de caráter simbólico, aprovada pela maioria separatista da câmara catalã, que defendia o direito de Puigdemont de tomar posse como presidente. O texto também defende a libertação dos nove separatistas detidos.
Depois da detenção de Puigdemont na Alemanha, o Junts per Catalunya, com 34 deputados, retomou a ideia de sua posse.
Ela deveria acontecer a distância, o que gera receios no outro grande partido separatista Esquerra Republicana de Catalunya (ERC, 32 deputados), devido às possíveis consequências judiciais para o presidente do Parlamento, Roger Torrent, surgido de suas fileiras.
Em troca, reúne o apoio dos mais radicais, a pequena formação de extrema esquerda Candidatura de Unidad Popular (4 cadeiras).
"Pedimos uma plenária já para dar posse a Carles Puigdemont como presidente", disse seu líder Carles Riera, oferecendo-se, inclusive, para presidir a Câmara e assumir todas as responsabilidades.
"O que vocês querem é ter um presidente na prisão", criticou Inés Arrimadas, a líder do Ciudadanos (de centro direita), a maior bancada do Parlamento catalão com 36 deputados, mas sem apoio suficiente para governar.
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