'Via-crúcis migrante' chega à fronteira México-EUA para pedir asilo
Uma centena de migrantes centro-americanos que viajaram em uma caravana que irritou o presidente americano, Donald Trump, chegou, nesta terça-feira (24), na fronteira do México com os Estados Unidos, a maioria deles disposta a pedir refúgio no país do norte.
Um fotógrafo da AFP constatou em Mexicali, fronteiriça com a americana Calexico, a chegada de dois ônibus que trasladavam uma centena de centro-americanos, que iniciaram sua viagem em 25 de março em Tapachula, na fronteira com a Guatemala, como parte da chamada Via-crúcis Migrante, que começou com mais de mil pessoas.
"Os que chegam à fronteira vão pedir refúgio nos Estados Unidos", disse à AFP Irineo Mujica, diretor de Pueblo sin Fronteras, organizador desta caravana realizada desde 2010 para visibilizar o drama dos migrantes em sua passagem pelo México.
Os migrantes que chegaram a Mexicali iniciaram seu caminho em direção a Tijuana, que faz fronteira com San Diego, e nas próximas horas se espera que outros três ônibus com centro-americanos da caravana cheguem à fronteira norte.
Mujica permanece em Hermosillo, a cerca de 270 km da fronteira com Estados Unidos, com outro grupo de centro-americanos que realizam trâmites migratórios.
"Restam cerca de 600 centro-americanos (da caravana original). Metade vai ficar no México, estamos acompanhando-os para que iniciem sua solicitação de refúgio", detalhou.
Trump mandou implementar agentes da Guarda Nacional em sua fronteira sul, ao mesmo tempo em que tentou condicionar a assinatura de um novo Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ao controle migratório por parte do México, o que foi rejeitado pelo governo de Enrique Peña Nieto.
México entregou autorizações de trânsito de até um mês aos centro-americanos da caravana. Centenas deles ficaram neste país e alguns, assegurou Mujica, já receberam refúgio com suas famílias nos Estados Unidos.
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