Pais do bebê terminal Alfie perdem recurso para levá-lo a Roma
Londres, 24 Abr 2018 (AFP) -
Um juiz britânico decidiu, nesta terça-feira, que o pequeno Alfie, um bebê de 23 meses em estado terminal, não está autorizado a viajar a Roma, como queriam seus pais, mas os autorizou a levá-lo para casa.
O magistrado Anthony Hayden disse em uma audiência especial em Manchester, no noroeste do país, que este caso de longa data havia chegado ao seu "capítulo final", rejeitando a petição da família para trasladar o bebê a Itália.
Os pais de Alfie, Tom Evans e Kate James, receberam o apoio do papa Francisco e do governo italiano, que deu a nacionalidade ao bebê, que se encontra em estado semivegetativo, com a ideia de trasladá-lo para lá para que continue recebendo atendimento médico.
O Papa fez um chamado para que "se atenda o desejo dos pais de buscar novas formas de tratamento".
Alfie, nascido em 9 de maio de 2016, sofre de uma rara doença neurológica degenerativa e está hospitalizado desde dezembro de 2016 em Liverpool (noroeste da Inglaterra).
Na segunda-feira à noite, o mesmo juiz rejeitou o último pedido dos pais e autorizou os médicos a finalizarem o atendimento. Ele considerou que Alfie é um cidadão britânico e, portanto, está submetido às decisões da justiça britânica.
O pai do bebê disse, nesta terça-feira, que os médicos haviam retirado os sistemas de suporte vital e que, no entanto, o menino estava há horas respirando sozinho.
Hayden rejeitou a possibilidade de levar o bebê a Itália e as afirmações dos pais de que Alfie estava "significativamente melhor" desde que os médicos interromperam os cuidados.
O juiz disse o melhor que podiam esperar era "explorar" as opções de retirar o bebê dos cuidados intensivos para levá-lo a outra unidade ou inclusive para trasladá-lo a sua casa.
O Hospital pediátrico Bambino Gesu (menino Jesus) de Roma, que é administrado pelo Vaticano, disse que há um avião médico militar italiano pronto para decolar a qualquer momento e trasladar o bebê.
"Meu filho pertence à Itália", declarou seu pai, Tom Evans, aos jornalistas, afirmando que não vai abandoná-lo.
Centenas de manifestantes se reúnem diariamente em frente ao hospital onde Alfie está sendo atendido, rezando o "Pai Nosso" e gritando "Salvem Alfie Evans".
Na segunda-feira, a polícia impediu que um grupo de manifestantes entrasse no hospital.
O Real colégio de pediatria e saúde infantil emitiu, nesta terça-feira, um comunicado defendendo os médicos, assegurando que "a decisão de manter ou retirar o tratamento a um bebê não se toma sem reflexão".
O órgão colegiado lembrou que se o tratamento causa ao bebê "uma dor e um sofrimento inaceitáveis" sem possibilidade de cura, é melhor não seguir com ele.
Um juiz britânico decidiu, nesta terça-feira, que o pequeno Alfie, um bebê de 23 meses em estado terminal, não está autorizado a viajar a Roma, como queriam seus pais, mas os autorizou a levá-lo para casa.
O magistrado Anthony Hayden disse em uma audiência especial em Manchester, no noroeste do país, que este caso de longa data havia chegado ao seu "capítulo final", rejeitando a petição da família para trasladar o bebê a Itália.
Os pais de Alfie, Tom Evans e Kate James, receberam o apoio do papa Francisco e do governo italiano, que deu a nacionalidade ao bebê, que se encontra em estado semivegetativo, com a ideia de trasladá-lo para lá para que continue recebendo atendimento médico.
O Papa fez um chamado para que "se atenda o desejo dos pais de buscar novas formas de tratamento".
Alfie, nascido em 9 de maio de 2016, sofre de uma rara doença neurológica degenerativa e está hospitalizado desde dezembro de 2016 em Liverpool (noroeste da Inglaterra).
Na segunda-feira à noite, o mesmo juiz rejeitou o último pedido dos pais e autorizou os médicos a finalizarem o atendimento. Ele considerou que Alfie é um cidadão britânico e, portanto, está submetido às decisões da justiça britânica.
O pai do bebê disse, nesta terça-feira, que os médicos haviam retirado os sistemas de suporte vital e que, no entanto, o menino estava há horas respirando sozinho.
Hayden rejeitou a possibilidade de levar o bebê a Itália e as afirmações dos pais de que Alfie estava "significativamente melhor" desde que os médicos interromperam os cuidados.
O juiz disse o melhor que podiam esperar era "explorar" as opções de retirar o bebê dos cuidados intensivos para levá-lo a outra unidade ou inclusive para trasladá-lo a sua casa.
O Hospital pediátrico Bambino Gesu (menino Jesus) de Roma, que é administrado pelo Vaticano, disse que há um avião médico militar italiano pronto para decolar a qualquer momento e trasladar o bebê.
"Meu filho pertence à Itália", declarou seu pai, Tom Evans, aos jornalistas, afirmando que não vai abandoná-lo.
Centenas de manifestantes se reúnem diariamente em frente ao hospital onde Alfie está sendo atendido, rezando o "Pai Nosso" e gritando "Salvem Alfie Evans".
Na segunda-feira, a polícia impediu que um grupo de manifestantes entrasse no hospital.
O Real colégio de pediatria e saúde infantil emitiu, nesta terça-feira, um comunicado defendendo os médicos, assegurando que "a decisão de manter ou retirar o tratamento a um bebê não se toma sem reflexão".
O órgão colegiado lembrou que se o tratamento causa ao bebê "uma dor e um sofrimento inaceitáveis" sem possibilidade de cura, é melhor não seguir com ele.
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