Pompeo critica o Irã durante visita aos aliados do Oriente Médio
Tel Aviv, 29 Abr 2018 (AFP) -
O novo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, criticou neste domingo o Irã em reuniões com os líderes sauditas e em seu desembarque em Israel, com o objetivo de informar os aliados de seu país sobre a ameaça do presidente Donald Trump de abandonar o acordo nuclear iraniano.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, que viajou poucas horas depois de tomar posse, se reuniu neste domingo com o rei Salman e jantou no sábado com o príncope herdeiro, Mohamed bin Salman.
Pompeo voou para Tel Aviv para uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e depois viajará até a Jordânoa, encerrado um fim de semana de conversas com alguns dos principais rivais do Irã na região.
Depois das reuniões em Riad, o secretário acusou o Irã de desestabilizar o Oriente Médio, inclusive com o apoio ao presidente sirio, Bashar al-Assad e aos rebeldes xiitas no Iêmen.
O Irã "apoia milícias e grupos terroristas. É um fornecedor de armas aos rebeldes huthis no Iêmen e realiza campanhas de pirataria cibernética. Também apoia o regime assassino de Asad", afirmou Pompeo em uma entrevista coletiva ao lado do chefe da diplomacia saudita, Adel Al Jubeir.
"Ao contrário da administração anterior, não vamos negligenciar o amplo escopo do terrorismo iraniano", afirmou Pompeo em Riad.
Donald Trump deve decidir até 12 de maio se adota novas sanções contra Teerã, colocando em risco o acordo nuclear de 2015 que muitas potências consideram vital para evitar que o Irã produza armas atômicas.
Mas Trump e os aliados dos americanos no Oriente Médio consideram o acordo, aprovado por Barack Obama, é muito frágil e deve ser substituído por um texto mais permanente e complementado por controles sobre o programa de mísseis do Irã.
Jubeir pediu novas sanções contra Teerã por seu programa de mísseis balísticos e sua "interferência nos assuntos dos países da região".
O Irã foi acusado de fornecer mísseis aos huthis xiitas no Iêmen, que no sábado atacaram a Arábia Saudita. Riad iniciou em 2015 uma intervenção militar contra os rebeldes, depois de assumir o controle de grandes partes do país vizinho.
Netanyahu disse que o acordo nuclear iraniano seria o grande tema do encontro com Pompeo.
"Acredito que é importante que (Pompeo) venha a Israel como parte de sua primeira viagem oficial fora dos Estados Unidos como secretário de Estado", disse Netanyahu.
O secretário de Estado assegurou que Washington "continuará trabalhando com os aliados europeus" para corrigir o acordo nuclear iraniano de 2015.
"Mas se não for possível alcançar um (novo) acordo, o presidente disse que abandonará aquele acordo", disse, ainda em Riad.
dc-atm-mm/dv/gh/age/fp
O novo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, criticou neste domingo o Irã em reuniões com os líderes sauditas e em seu desembarque em Israel, com o objetivo de informar os aliados de seu país sobre a ameaça do presidente Donald Trump de abandonar o acordo nuclear iraniano.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, que viajou poucas horas depois de tomar posse, se reuniu neste domingo com o rei Salman e jantou no sábado com o príncope herdeiro, Mohamed bin Salman.
Pompeo voou para Tel Aviv para uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e depois viajará até a Jordânoa, encerrado um fim de semana de conversas com alguns dos principais rivais do Irã na região.
Depois das reuniões em Riad, o secretário acusou o Irã de desestabilizar o Oriente Médio, inclusive com o apoio ao presidente sirio, Bashar al-Assad e aos rebeldes xiitas no Iêmen.
O Irã "apoia milícias e grupos terroristas. É um fornecedor de armas aos rebeldes huthis no Iêmen e realiza campanhas de pirataria cibernética. Também apoia o regime assassino de Asad", afirmou Pompeo em uma entrevista coletiva ao lado do chefe da diplomacia saudita, Adel Al Jubeir.
"Ao contrário da administração anterior, não vamos negligenciar o amplo escopo do terrorismo iraniano", afirmou Pompeo em Riad.
Donald Trump deve decidir até 12 de maio se adota novas sanções contra Teerã, colocando em risco o acordo nuclear de 2015 que muitas potências consideram vital para evitar que o Irã produza armas atômicas.
Mas Trump e os aliados dos americanos no Oriente Médio consideram o acordo, aprovado por Barack Obama, é muito frágil e deve ser substituído por um texto mais permanente e complementado por controles sobre o programa de mísseis do Irã.
Jubeir pediu novas sanções contra Teerã por seu programa de mísseis balísticos e sua "interferência nos assuntos dos países da região".
O Irã foi acusado de fornecer mísseis aos huthis xiitas no Iêmen, que no sábado atacaram a Arábia Saudita. Riad iniciou em 2015 uma intervenção militar contra os rebeldes, depois de assumir o controle de grandes partes do país vizinho.
Netanyahu disse que o acordo nuclear iraniano seria o grande tema do encontro com Pompeo.
"Acredito que é importante que (Pompeo) venha a Israel como parte de sua primeira viagem oficial fora dos Estados Unidos como secretário de Estado", disse Netanyahu.
O secretário de Estado assegurou que Washington "continuará trabalhando com os aliados europeus" para corrigir o acordo nuclear iraniano de 2015.
"Mas se não for possível alcançar um (novo) acordo, o presidente disse que abandonará aquele acordo", disse, ainda em Riad.
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