Banqueiro turco é condenado à prisão nos EUA por violar sanções contra Irã
O banqueiro turco Mehmet Atilla, considerado culpado, em janeiro, de ajudar a driblar as sanções americanas contra o Irã, foi condenado nesta quarta-feira (16) a 32 meses de prisão. O caso põe mais pressão sobre as relações de Ancara e Washington.
A pena que o juiz federal de Manhattan Richard Berman aplicou a Atilla, de 47 anos, é relativamente leve - a acusação tinha pedido 20 anos de prisão.
A chancelaria turca insistiu, nesta quarta, que Attila é inocente, e garantiu que este foi "um processo inteiramente simulado, inconsistente com o princípio de um julgamento justo".
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, denunciou diversas vezes o processo de Atilla, ex-diretor-geral adjunto do banco público turco Halkbank, como um "complô" contra a Turquia criado por seu inimigo Fethullah Gülen, exiliado nos Estados Unidos.
Erdogan garantiu na segunda-feira (14) que Atilla é "inocente", segundo declarações publicadas pela imprensa turca.
"Se Atilla for declarado criminoso, isso equivaleria praticamente a declarar que a República turca é criminosa", disse.
Atilla foi considerado culpado em 3 de janeiro por fraude bancária e conspiração, por violar sanções americanas, após mais de três semanas de julgamento em Manhattan, acompanhadas de perto pela imprensa turca.
Os advogados de Atilla afirmaram que ele era o bode expiatório de um plano complexo para driblar as sanções organizado pelo empresário turco-iraniano Reza Zarrab. Atilla teria sido mero executor do plano.
Eles destacaram que Atilla nunca tirou benefício pessoal deste tráfico e pediram uma pena limitada a dois anos de prisão.
Zarrab, uma celebridade na Turquia que surpreendeu Ancara ao aceitar cooperar com a Justiça americana após sua prisão, em troca de uma pena mais leve, deu o principal depoimento do processo.
Ao todo, nove pessoas foram consideradas culpadas neste caso.
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