Paraguai inaugura embaixada em Jerusalém
Jerusalém, 21 Mai 2018 (AFP) -
O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, inaugurou nesta segunda-feira (21) a embaixada de seu país em Jerusalém, a segunda nação, depois da Guatemala, a seguir os passos dos Estados Unidos, que com a transferência de sua representação diplomática reconhece a disputada cidade como capital de Israel.
"Esta decisão soberana é um acontecimento histórico para os vigorosos vínculos de amizade que unem Israel e Paraguai", disse Cartes, que destacou a coincidência com o aniversário de 70 anos da criação do Estado de Israel, "que meu país ajudou a aderir à Organização das Nações Unidas".
Cartes e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estavam na cerimônia, poucos dias depois que Guatemala (16 de maio) e Estados Unidos (14) oficializaram a transferência de suas embaixadas em Israel para Jerusalém.
As decisões geraram grande controvérsia, levando em consideração o status de Jerusalém - cuja parte Oriental os palestinos desejam como capital de seu futuro Estado - em um contexto de persistente conflito entre israelenses e palestinos.
A inauguração da embaixada americana aconteceu na segunda-feira passada, em meio a protestos na Faixa de Gaza, onde os soldados israelenses mataram mais de 60 palestinos.
As decisões de Guatemala e Paraguai levantam suspeitas sobre eventuais ajudas a estes países por parte do governo de Donald Trump.
O presidente americano havia ameaçado no fim de 2017 com represálias financeiras os países que apoiaram a resolução da Assembleia Geral da ONU de condenação ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
A resolução foi aprovada em 21 de dezembro de 2017 por 128 votos a favor, nove contrários (Guatemala, Honduras, Togo, Micronésia, Nauru, Palau e Ilhas Marshall, além de EUA e Israel) e 35 abstenções.
- Decisão em suspenso? -Na semana passada, o presidente eleito do Paraguai, Mario Abdo Benítez, disse que examinará "no momento apropriado" a decisão de Horacio Cartes de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, depois de admitir que não foi consultado.
"Cartes pode tomar a decisão que quiser (...) Foi uma decisão em que não nos consultou. Em nosso sistema diplomático, vamos ter muito cuidado com o que vamos dizer, embora possamos rever (a decisão). Vamos analisar no momento", disse Abdo Benítez.
Em uma entrevista na semana passada, o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, explicou que a decisão de Cartes foi influenciada por uma visita a Jerusalém em julho de 2016, quando ficou a par de que todas as apresentações de credenciais dos embaixadores acontecem nesta cidade.
A decisão de Estados Unidos, Guatemala e Paraguai estabelece uma ruptura do consenso internacional de manter as embaixadas fora de Jerusalém em consequência do status disputado da Cidade Sagrada e do conflito israelense-palestino.
Israel assumiu o controle de Jerusalém Oriental em 1967 e a anexou a seu território. O país afirma que toda Jerusalém é sua capital "eterna" e "indivisível". Os palestinos desejam tornar Jerusalém Oriental a capital do Estado a que aspiram.
Para a comunidade internacional, Jerusalém Oriental continua sendo um território ocupado e as embaixadas não deveriam ser instaladas na cidade até uma negociação do status entre as duas partes.
O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, inaugurou nesta segunda-feira (21) a embaixada de seu país em Jerusalém, a segunda nação, depois da Guatemala, a seguir os passos dos Estados Unidos, que com a transferência de sua representação diplomática reconhece a disputada cidade como capital de Israel.
"Esta decisão soberana é um acontecimento histórico para os vigorosos vínculos de amizade que unem Israel e Paraguai", disse Cartes, que destacou a coincidência com o aniversário de 70 anos da criação do Estado de Israel, "que meu país ajudou a aderir à Organização das Nações Unidas".
Cartes e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estavam na cerimônia, poucos dias depois que Guatemala (16 de maio) e Estados Unidos (14) oficializaram a transferência de suas embaixadas em Israel para Jerusalém.
As decisões geraram grande controvérsia, levando em consideração o status de Jerusalém - cuja parte Oriental os palestinos desejam como capital de seu futuro Estado - em um contexto de persistente conflito entre israelenses e palestinos.
A inauguração da embaixada americana aconteceu na segunda-feira passada, em meio a protestos na Faixa de Gaza, onde os soldados israelenses mataram mais de 60 palestinos.
As decisões de Guatemala e Paraguai levantam suspeitas sobre eventuais ajudas a estes países por parte do governo de Donald Trump.
O presidente americano havia ameaçado no fim de 2017 com represálias financeiras os países que apoiaram a resolução da Assembleia Geral da ONU de condenação ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
A resolução foi aprovada em 21 de dezembro de 2017 por 128 votos a favor, nove contrários (Guatemala, Honduras, Togo, Micronésia, Nauru, Palau e Ilhas Marshall, além de EUA e Israel) e 35 abstenções.
- Decisão em suspenso? -Na semana passada, o presidente eleito do Paraguai, Mario Abdo Benítez, disse que examinará "no momento apropriado" a decisão de Horacio Cartes de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, depois de admitir que não foi consultado.
"Cartes pode tomar a decisão que quiser (...) Foi uma decisão em que não nos consultou. Em nosso sistema diplomático, vamos ter muito cuidado com o que vamos dizer, embora possamos rever (a decisão). Vamos analisar no momento", disse Abdo Benítez.
Em uma entrevista na semana passada, o chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, explicou que a decisão de Cartes foi influenciada por uma visita a Jerusalém em julho de 2016, quando ficou a par de que todas as apresentações de credenciais dos embaixadores acontecem nesta cidade.
A decisão de Estados Unidos, Guatemala e Paraguai estabelece uma ruptura do consenso internacional de manter as embaixadas fora de Jerusalém em consequência do status disputado da Cidade Sagrada e do conflito israelense-palestino.
Israel assumiu o controle de Jerusalém Oriental em 1967 e a anexou a seu território. O país afirma que toda Jerusalém é sua capital "eterna" e "indivisível". Os palestinos desejam tornar Jerusalém Oriental a capital do Estado a que aspiram.
Para a comunidade internacional, Jerusalém Oriental continua sendo um território ocupado e as embaixadas não deveriam ser instaladas na cidade até uma negociação do status entre as duas partes.
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