Díaz-Canel assume defesa de Maduro diante das sanções
Caracas, 31 Mai 2018 (AFP) - O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, assumiu a linha de frente da defesa do venezuelano Nicolás Maduro diante das sanções internacionais que, assegura, tentam deslegitimar sua reeleição com falsas pretensões humanitárias.
"Por maiores que sejam as dificuldades e os desafios, poderão contar com Cuba hoje e sempre. Nosso apoio é incondicional", disse o líder cubano após ser condecorado por Maduro no Palácio de Miraflores.
Mais cedo, na Assembleia Nacional Constituinte, Miguel Díaz-Canel pediu a "solidariedade dos povos da América" com a Venezuela, frente à "guerra política, diplomática, econômica e financeira (...) do imperialismo".
"Conhecemos muito bem essa hipocrisia de culpar (...) os governos populares pelos males gerados por políticas, sanções e ações imperialistas de submissão, assédio, isolamento e bloqueios".
Díaz-Canel afirmou que o propósito de sua visita é apoiar Maduro após sua reeleição em 20 de maio, que não foi reconhecida pela oposição, pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por vários países latino-americanos, incluindo o Brasil.
"Talvez esse som emanado das maiorias tenha incomodado os Estados Unidos e essa direita que não é capaz de reconhecer a legitimidade", afirmou o líder cubano, que será recebido por Maduro.
A opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e os países que criticaram a votação pediram ao governo de Maduro que realizem "eleições verdadeiras" para que o país supere a depressão econômica que, segundo eles, resultaria em uma crise humanitária.
A MUD condenou a presença de Díaz-Canel, considerando-a um ato de "ingerência".
"Ninguém pode nos confundir com discursinhos humanitários. Já vimos quase de tudo: redução e ruptura de laços diplomáticos, resoluções hipócritas da corrupta e irrepresentável OEA, coordenação para sanções financeiras e pedidos de sublevação militar", disse o presidente cubano.
Washington mantém desde 1962 um embargo econômico, comercial e financeiro sobre Havana.
- "Fortalecer relações" -Díaz-Canel, que antes de ir à Constituinte depositou uma oferenda floral no Panteão Nacional - onde estão os restos mortais de Simón Bolívar-, pediu para que "repudiem com firmeza" as tentativas de Washington por retornar à "época do intervencionismo".
"Parece que apoiar a Venezuela não está na moda, mas não vão nos confundir, aqui estamos defendendo a opção soberana de um povo", ressaltou.
A presidente da Constituinte, Delcy Rodríguez, o agradeceu por ser o primeiro presidente a visitar a Venezuela após a reeleição de Maduro, para "estreitar e fortalecer" as relações.
Diante das "graves ameaças imperialistas", entre Venezuela e Cuba "há uma unidade fortalecida de aço, que não permitirá a derrota", advertiu.
Os Estados Unidos aplicaram sanções financeiras ao governo de Maduro e à estatal petroleira PDVSA. Também há sanções individuais contra o presidente e cerca de 60 funcionários de seu governo.
O país também enfrenta sanções da União Europeia, do Panamá e do Canadá, que nesta quarta-feira as ampliou para 14 aliados de Maduro, incluindo sua esposa, Cilia Flores, em resposta às eleições "ilegítimas e antidemocráticas".
Os laços entre Havana e Caracas se estreitaram durante o governo de Hugo Chávez (1999-2013), que cultivou uma relação muito próxima com Fidel Castro, fornecendo petróleo à ilha em condições preferenciais em troca do envio de médicos ao país petroleiro.
Díaz-Canel deve visitar o túmulo de Chávez no Quartel de la Montaña, assim como o Forte Tiuna, principal instalação militar de Caracas.
Maduro visitou Díaz-Canel em Havana em 20 de abril, um dia depois da posse do presidente cubano.
"Por maiores que sejam as dificuldades e os desafios, poderão contar com Cuba hoje e sempre. Nosso apoio é incondicional", disse o líder cubano após ser condecorado por Maduro no Palácio de Miraflores.
Mais cedo, na Assembleia Nacional Constituinte, Miguel Díaz-Canel pediu a "solidariedade dos povos da América" com a Venezuela, frente à "guerra política, diplomática, econômica e financeira (...) do imperialismo".
"Conhecemos muito bem essa hipocrisia de culpar (...) os governos populares pelos males gerados por políticas, sanções e ações imperialistas de submissão, assédio, isolamento e bloqueios".
Díaz-Canel afirmou que o propósito de sua visita é apoiar Maduro após sua reeleição em 20 de maio, que não foi reconhecida pela oposição, pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por vários países latino-americanos, incluindo o Brasil.
"Talvez esse som emanado das maiorias tenha incomodado os Estados Unidos e essa direita que não é capaz de reconhecer a legitimidade", afirmou o líder cubano, que será recebido por Maduro.
A opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e os países que criticaram a votação pediram ao governo de Maduro que realizem "eleições verdadeiras" para que o país supere a depressão econômica que, segundo eles, resultaria em uma crise humanitária.
A MUD condenou a presença de Díaz-Canel, considerando-a um ato de "ingerência".
"Ninguém pode nos confundir com discursinhos humanitários. Já vimos quase de tudo: redução e ruptura de laços diplomáticos, resoluções hipócritas da corrupta e irrepresentável OEA, coordenação para sanções financeiras e pedidos de sublevação militar", disse o presidente cubano.
Washington mantém desde 1962 um embargo econômico, comercial e financeiro sobre Havana.
- "Fortalecer relações" -Díaz-Canel, que antes de ir à Constituinte depositou uma oferenda floral no Panteão Nacional - onde estão os restos mortais de Simón Bolívar-, pediu para que "repudiem com firmeza" as tentativas de Washington por retornar à "época do intervencionismo".
"Parece que apoiar a Venezuela não está na moda, mas não vão nos confundir, aqui estamos defendendo a opção soberana de um povo", ressaltou.
A presidente da Constituinte, Delcy Rodríguez, o agradeceu por ser o primeiro presidente a visitar a Venezuela após a reeleição de Maduro, para "estreitar e fortalecer" as relações.
Diante das "graves ameaças imperialistas", entre Venezuela e Cuba "há uma unidade fortalecida de aço, que não permitirá a derrota", advertiu.
Os Estados Unidos aplicaram sanções financeiras ao governo de Maduro e à estatal petroleira PDVSA. Também há sanções individuais contra o presidente e cerca de 60 funcionários de seu governo.
O país também enfrenta sanções da União Europeia, do Panamá e do Canadá, que nesta quarta-feira as ampliou para 14 aliados de Maduro, incluindo sua esposa, Cilia Flores, em resposta às eleições "ilegítimas e antidemocráticas".
Os laços entre Havana e Caracas se estreitaram durante o governo de Hugo Chávez (1999-2013), que cultivou uma relação muito próxima com Fidel Castro, fornecendo petróleo à ilha em condições preferenciais em troca do envio de médicos ao país petroleiro.
Díaz-Canel deve visitar o túmulo de Chávez no Quartel de la Montaña, assim como o Forte Tiuna, principal instalação militar de Caracas.
Maduro visitou Díaz-Canel em Havana em 20 de abril, um dia depois da posse do presidente cubano.
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