Itália quer apresentar proposta migratória 'linha dura' para seus sócios europeus
Roma, 21 Jun 2018 (AFP) - A Itália quer fazer propostas de linha dura que visam frear a imigração na cúpula prevista para domingo em Bruxelas.
"Nos debates sobre imigração será discutida a proposta italiana junto com a de outros países", indicou nesta quinta-feira (21) o chefe de Governo italiano, Giuseppe Conte.
"No domingo não faltaremos", acrescentou o recém-designado chefe de Governo.
"A chanceler alemã, Angela Merkel, esclareceu que houve uma incompreensão sobre um rascunho divulgado na véspera, o qual foi abandonado", acrescentou.
O rascunho com uma declaração final da mini-cúpula de Bruxelas circulou na quarta-feira pela imprensa, o que causou muita "irritação" no Executivo italiano, que ameaçou não participar, segundo o jornal La Repubblica.
Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia anunciaram nesta quinta-feira que não comparecerão à reunião de crise porque consideram que as conclusões já estão adotadas.
Depois de vários dias de intensos rumores sobre a convocação de uma cúpula extraordinária, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou na quarta-feira o encontro com caráter de urgência para desbloquear a reforma do sistema de refúgio europeu.
Trata-se de uma reunião prévia à cúpula com os 28 membros da UE que acontecerá na quinta e sexta-feira em Bruxelas.
A regulamentação dos fluxos migratórios é um tema candente na Europa e o novo governo italiano, liderado por uma coalizão populista formada pela ultradireitista Liga e pelos antissistema do Movimento 5 Estrelas, é partidário de uma linha dura.
De acordo com meios de comunicação italianos, Roma considera insuficiente que se debata sobre a proteção das fronteiras europeias sem abordar o delicado tema da redistribuição dos migrantes que estão na Europa.
Conte advertiu na quarta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que a Itália "não está disponível" para debater os chamados "movimentos secundários" (a distribuição de imigrantes nos países da UE) sem que abordem a questão das chegadas à Itália, um fenômeno que encara sozinha.
A Itália acusa seus aliados europeus de não dar um verdadeiro respaldo ante o fenômeno da migração maciça, depois de ter registrado a chegada de 700.000 migrantes a sua costa nos últimos seis anos.
Para o encontro de domingo, com formato de mini-cúpula, estão convidados Espanha, França, Alemanha, Itália, Malta, Grécia, Bulgária (país que tem a presidência rotativa até 1º de julho) e Áustria (que assumirá o cargo). Bélgica e Holanda, também a favor da linha dura, decidiram ir à reunião.
O tema gera fortes tensões entre os europeus e suas diferenças vieram à tona após o recente rechaço da Itália de autorizar a chegada do navio humanitário Aquarius com 630 imigrantes a bordo.
A Itália exige que mudem a atual regra que obriga os países de entrada a ficarem responsáveis pela tramitação das solicitações de refúgio ou pela expulsão dos imigrantes em situação irregular depois de sua identificação e registro.
Uma responsabilidade que se torna excessiva e que, segundo o novo ministro do Interior, o direitista e xenófobo Matteo Salvini, se tornou um rico negócio das máfias de traficantes de pessoas.
bur-kv/jz/mb/cb
"Nos debates sobre imigração será discutida a proposta italiana junto com a de outros países", indicou nesta quinta-feira (21) o chefe de Governo italiano, Giuseppe Conte.
"No domingo não faltaremos", acrescentou o recém-designado chefe de Governo.
"A chanceler alemã, Angela Merkel, esclareceu que houve uma incompreensão sobre um rascunho divulgado na véspera, o qual foi abandonado", acrescentou.
O rascunho com uma declaração final da mini-cúpula de Bruxelas circulou na quarta-feira pela imprensa, o que causou muita "irritação" no Executivo italiano, que ameaçou não participar, segundo o jornal La Repubblica.
Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia anunciaram nesta quinta-feira que não comparecerão à reunião de crise porque consideram que as conclusões já estão adotadas.
Depois de vários dias de intensos rumores sobre a convocação de uma cúpula extraordinária, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou na quarta-feira o encontro com caráter de urgência para desbloquear a reforma do sistema de refúgio europeu.
Trata-se de uma reunião prévia à cúpula com os 28 membros da UE que acontecerá na quinta e sexta-feira em Bruxelas.
A regulamentação dos fluxos migratórios é um tema candente na Europa e o novo governo italiano, liderado por uma coalizão populista formada pela ultradireitista Liga e pelos antissistema do Movimento 5 Estrelas, é partidário de uma linha dura.
De acordo com meios de comunicação italianos, Roma considera insuficiente que se debata sobre a proteção das fronteiras europeias sem abordar o delicado tema da redistribuição dos migrantes que estão na Europa.
Conte advertiu na quarta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que a Itália "não está disponível" para debater os chamados "movimentos secundários" (a distribuição de imigrantes nos países da UE) sem que abordem a questão das chegadas à Itália, um fenômeno que encara sozinha.
A Itália acusa seus aliados europeus de não dar um verdadeiro respaldo ante o fenômeno da migração maciça, depois de ter registrado a chegada de 700.000 migrantes a sua costa nos últimos seis anos.
Para o encontro de domingo, com formato de mini-cúpula, estão convidados Espanha, França, Alemanha, Itália, Malta, Grécia, Bulgária (país que tem a presidência rotativa até 1º de julho) e Áustria (que assumirá o cargo). Bélgica e Holanda, também a favor da linha dura, decidiram ir à reunião.
O tema gera fortes tensões entre os europeus e suas diferenças vieram à tona após o recente rechaço da Itália de autorizar a chegada do navio humanitário Aquarius com 630 imigrantes a bordo.
A Itália exige que mudem a atual regra que obriga os países de entrada a ficarem responsáveis pela tramitação das solicitações de refúgio ou pela expulsão dos imigrantes em situação irregular depois de sua identificação e registro.
Uma responsabilidade que se torna excessiva e que, segundo o novo ministro do Interior, o direitista e xenófobo Matteo Salvini, se tornou um rico negócio das máfias de traficantes de pessoas.
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