Brecha demográfica aumenta entre o leste e o oeste da Europa
Viena, 22 Jun 2018 (AFP) - A brecha demográfica aumenta na Europa desde a queda da Cortina de Ferro. Os países do leste perderam até um quarto de sua população, enquanto no oeste o saldo é positivo, indica um estudo austríaco que destaca o impacto decisivo do fator migratório.
"Embora as taxas de fecundidade no leste europeu já não sejam tão distintas das do oeste, são os movimentos populacionais que dividem o continente em dois", indica o pesquisador Tomás Sobotka, da Academia Austríaca de Ciências (ÖAW), que liderou este estudo.
A população cresceu 12% entre 1990 e 2017 nos 15 países membros mais antigos da União Europeia (UE), Estados ocidentais ricos, enquanto diminuiu 7% em média nos 13 novos Estados membros, que são mais pobres.
Em quase todos os países do Leste Europeu, membros ou não da UE, houve um balanço natural (diferença entre nascimentos e óbitos) negativo no mesmo período.
Mas é o saldo migratório que explica na grande maioria dos casos o declínio da população, que na Letônia atinge 27%, na Lituânia 23%, na Bósnia e Herzegovina 22%, na Bulgária 19%, Romênia 15% e Croácia 13%.
No sentido contrário, a maioria dos países da Europa Ocidental registrou um balanço natural positivo e um fluxo migratório significativo.
Este último factor explica de forma decisiva um aumento da população na Suíça (alta de 26%), na Espanha (20%), na Áustria (15%), na Bélgica (14%), Itália (7%) e Grécia (6%).
No entanto, há dois países que são exceção: a Irlanda e a França, onde o saldo natural, favorecido pela alta fertilidade, contribuiu mais para o crescimento populacional do que a imigração. O aumento da população atingiu um recorde de 36% na Irlanda e 18% na França.
Outro caso atípico na Europa Ocidental é a Alemanha, cuja população aumentou apenas 4% desde 1990. Embora o saldo natural tenha sido negativo, o crescimento migratório permaneceu significativamente menor do que a média de outros países da Europa Ocidental, apesar da chegada de mais de um milhão de requerentes de asilo desde 2015.
Mas no momento em que a Europa constituída por 28 Estados viu sua população aumentar em 8%, mais de 510 milhões de habitantes, a população ativa é de apenas 246 milhões de pessoas e esse número "poderia estagnar ou mesmo cair ao longo dos próximos anos", segundo ÖAW, que aponta para uma "tendência fundamental" de envelhecimento da população no continente.
"Embora as taxas de fecundidade no leste europeu já não sejam tão distintas das do oeste, são os movimentos populacionais que dividem o continente em dois", indica o pesquisador Tomás Sobotka, da Academia Austríaca de Ciências (ÖAW), que liderou este estudo.
A população cresceu 12% entre 1990 e 2017 nos 15 países membros mais antigos da União Europeia (UE), Estados ocidentais ricos, enquanto diminuiu 7% em média nos 13 novos Estados membros, que são mais pobres.
Em quase todos os países do Leste Europeu, membros ou não da UE, houve um balanço natural (diferença entre nascimentos e óbitos) negativo no mesmo período.
Mas é o saldo migratório que explica na grande maioria dos casos o declínio da população, que na Letônia atinge 27%, na Lituânia 23%, na Bósnia e Herzegovina 22%, na Bulgária 19%, Romênia 15% e Croácia 13%.
No sentido contrário, a maioria dos países da Europa Ocidental registrou um balanço natural positivo e um fluxo migratório significativo.
Este último factor explica de forma decisiva um aumento da população na Suíça (alta de 26%), na Espanha (20%), na Áustria (15%), na Bélgica (14%), Itália (7%) e Grécia (6%).
No entanto, há dois países que são exceção: a Irlanda e a França, onde o saldo natural, favorecido pela alta fertilidade, contribuiu mais para o crescimento populacional do que a imigração. O aumento da população atingiu um recorde de 36% na Irlanda e 18% na França.
Outro caso atípico na Europa Ocidental é a Alemanha, cuja população aumentou apenas 4% desde 1990. Embora o saldo natural tenha sido negativo, o crescimento migratório permaneceu significativamente menor do que a média de outros países da Europa Ocidental, apesar da chegada de mais de um milhão de requerentes de asilo desde 2015.
Mas no momento em que a Europa constituída por 28 Estados viu sua população aumentar em 8%, mais de 510 milhões de habitantes, a população ativa é de apenas 246 milhões de pessoas e esse número "poderia estagnar ou mesmo cair ao longo dos próximos anos", segundo ÖAW, que aponta para uma "tendência fundamental" de envelhecimento da população no continente.
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