Explosão durante comício na Etiópia causa 83 feridos
Adis Abeba, 23 Jun 2018 (AFP) - Uma explosão neste sábado (23) durante um comício na presença do primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed, no centro da capital Addis Abeba, causou pânico e ao menos 83 feridos.
Diante de milhares de pessoas reunidas na praça Meskel, Abiy acabava seu discurso e cumprimentava a multidão quando uma explosão de origem indeterminada aconteceu, provocando pânico entre as pessoas, constatou um jornalista da AFP no local.
O primeiro-ministro deixou rapidamente o palanque após a explosão. Seu chefe de gabinete, Fitsum Arega, indicou que 83 pessoas ficaram feridas, incluindo seis gravemente.
Mais cedo, o primeiro-ministro havia evocado vários mortos.
Ele estimou que o incidente havia sido planejado por grupos que procuram desacreditar este encontro e mais amplamente o seu programa de reformas.
"Todas as vítimas são mártires do amor e da paz", declarou Abiy, segundo a rádio-televisão Fana Broadcast Corporate, próxima ao governo.
Arega explicou que a explosão foi provocada por uma granada, lançada por pessoas ainda não identificadas, "cujo coração está cheio de ódio".
Um fotógrafo da AFP constatou a prisão de quatro pessoas no local, dois homens e duas mulheres.
Tratava-se do primeiro discurso público em Addis Abeba de Abiy depois de sua nomeação para o cargo em abril, e tinha um caráter bastante simbólico em sua campanha para explicar suas reformas.
Desde que tomou posse, depois de mais de dois anos de manifestações contra o governo que resultaram na queda de seu antecessor Hailemariam Desalegn, Abiy tem impulsionado grandes mudanças no país, libertando vários opositores presos e iniciando um processo de liberalização econômica.
Este comício começou de forma tranquila. Os espectadores acenavam bandeiras da Frente de Libertação Oromo (OLF), um grupo armado rebelde, e uma versão antiga da bandeira etíope, símbolo dos protestos contra o governo.
A polícia, que no passado prendia qualquer um que estivesse em posse dessas bandeiras, não interferiu desta vez.
Em seu discurso, Abiy, vestindo uma camiseta verde e chapéu, expressou sua gratidão à multidão e elogiou as virtudes do amor, da harmonia e do patriotismo. "A Etiópia voltará ao topo e as fundações serão o amor, a unidade e a união", declarou ele.
Após a explosão, dezenas de pessoas subiram ao palco e começaram a jogar vários objetos contra a polícia, gritando "Abaixo Woyane" ou "Woyane ladrão", referindo-se ao apelido pejorativo usado para descrever o governo, segundo o jornalista da AFP no local.
Alguns espectadores iniciaram brigas e pedras foram jogadas contra os jornalistas, que tiveram que se abrigar. As forças de segurança preferiram não intervir, abstendo-se de conter as pessoas no local.
Após estes incidentes, a calma parecia voltar aos poucos, mas dezenas de milhares de pessoas continuavam a cantar e expressar seu descontentamento com as autoridades, enquanto os organizadores do encontro tentavam recuperar o controle da situação.
cs-cyb/jhd/mr
Diante de milhares de pessoas reunidas na praça Meskel, Abiy acabava seu discurso e cumprimentava a multidão quando uma explosão de origem indeterminada aconteceu, provocando pânico entre as pessoas, constatou um jornalista da AFP no local.
O primeiro-ministro deixou rapidamente o palanque após a explosão. Seu chefe de gabinete, Fitsum Arega, indicou que 83 pessoas ficaram feridas, incluindo seis gravemente.
Mais cedo, o primeiro-ministro havia evocado vários mortos.
Ele estimou que o incidente havia sido planejado por grupos que procuram desacreditar este encontro e mais amplamente o seu programa de reformas.
"Todas as vítimas são mártires do amor e da paz", declarou Abiy, segundo a rádio-televisão Fana Broadcast Corporate, próxima ao governo.
Arega explicou que a explosão foi provocada por uma granada, lançada por pessoas ainda não identificadas, "cujo coração está cheio de ódio".
Um fotógrafo da AFP constatou a prisão de quatro pessoas no local, dois homens e duas mulheres.
Tratava-se do primeiro discurso público em Addis Abeba de Abiy depois de sua nomeação para o cargo em abril, e tinha um caráter bastante simbólico em sua campanha para explicar suas reformas.
Desde que tomou posse, depois de mais de dois anos de manifestações contra o governo que resultaram na queda de seu antecessor Hailemariam Desalegn, Abiy tem impulsionado grandes mudanças no país, libertando vários opositores presos e iniciando um processo de liberalização econômica.
Este comício começou de forma tranquila. Os espectadores acenavam bandeiras da Frente de Libertação Oromo (OLF), um grupo armado rebelde, e uma versão antiga da bandeira etíope, símbolo dos protestos contra o governo.
A polícia, que no passado prendia qualquer um que estivesse em posse dessas bandeiras, não interferiu desta vez.
Em seu discurso, Abiy, vestindo uma camiseta verde e chapéu, expressou sua gratidão à multidão e elogiou as virtudes do amor, da harmonia e do patriotismo. "A Etiópia voltará ao topo e as fundações serão o amor, a unidade e a união", declarou ele.
Após a explosão, dezenas de pessoas subiram ao palco e começaram a jogar vários objetos contra a polícia, gritando "Abaixo Woyane" ou "Woyane ladrão", referindo-se ao apelido pejorativo usado para descrever o governo, segundo o jornalista da AFP no local.
Alguns espectadores iniciaram brigas e pedras foram jogadas contra os jornalistas, que tiveram que se abrigar. As forças de segurança preferiram não intervir, abstendo-se de conter as pessoas no local.
Após estes incidentes, a calma parecia voltar aos poucos, mas dezenas de milhares de pessoas continuavam a cantar e expressar seu descontentamento com as autoridades, enquanto os organizadores do encontro tentavam recuperar o controle da situação.
cs-cyb/jhd/mr
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.